Sigmund Freud
Sigmund Freud nasceu em Freiberg, na Moravia, que na época fazia parte da Áustria, no dia 6 de maio de 1856. Filho de judeus com quatro anos mudou-se para Viena, onde seu pai tinha melhores perspectivas de trabalho. Em 1873 ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de Viena. Interessado em fisiologia, de 1876 a 1882 trabalhou no laboratório dirigido por E. W. Von Brucke. Em seguida trabalhou no Instituto de Anatomia sob a orientação de H. Maynert. Em 1881 concluiu o curso de medicina e resolveu tornar-se um clínico especializado em neurologia. Durante vários anos trabalhou numa clínica neurológica para crianças.
Em 1884, o médico Josef Breuer narrou a Freud os resultados de suas experiências, nas quais havia conseguido curar sintomas graves de histeria através do sono hipnótico. As experiências de Breuer, conhecidas como “método catártico”, foram o ponto de partida para o desenvolvimento posterior da psicanálise. Freud se tornava cada vez mais um psicólogo e cada vez menos um neurologista. Em 1895 publicou “Estudos sobre a Histeria”.
Pouco tempo depois, Freud abandonou a hipnose e adotou o método das livres associações, um passo decisivo para o desenvolvimento da psicanálise. Passou a dispor de um instrumento para penetrar nas regiões mais obscuras do inconsciente, o que constitui o objetivo fundamental da chamada psicologia de profundidade, onde o paciente começa a falar tudo que lhe vem à mente revelando memórias reprimidas causadoras das neuroses.
Durante dez anos Freud trabalhou sozinho no desenvolvimento da psicanálise. As ideias de Freud procuraram explicar os vários comportamentos do psiquismo humano, entre eles, o consciente e o inconsciente, o recalque e a sublimação, o sentido dos sonhos, a evolução sexual, o complexo de Édipo, o complexo de Electra, o complexo de castração, a histeria, a neurose etc.
Durante vários anos, Freud foi vítima de hostilidades dos próprios cientistas que agarrados a velhas teorias, não reconheciam as novas ideias que eram consideradas imorais e anticientíficas. Seus últimos anos de vida coincidiram com a expansão do nazismo na Europa. Filho de judeus foi perseguido, teve seu passaporte confiscado e só liberado após o pagamento de elevado resgate. Doente, submetido a tratamento radioativo, mudou-se para a Inglaterra vindo a falecer um ano depois, em 23 de setembro de 1939.