Sérgio Pereira
“Felizmente que não se pode quantificar ou medir em termos percentuais a felicidade individual de cada ser humano, se isso fosse possível acontecer com uma margem mínima de erro, a esta hora e como se não bastasse competir por profissões, por negócios, ou até por amizades, passaríamos todos a competir para ver qual é o mais rico em termos de felicidade, já que esta é sem dúvida a melhor de todas as riquezas."
Tenho a perfeita noção de que te ajudei a crescer!
Quanto mais cedo enfrentares certas e determinadas adversidades da vida, mais cedo atingirás a tão necessária maturidade e sabedoria, essa sim vai-te ajudar a ser feliz, a separar o trigo do "joio", a seguir com mais determinação e confiança.
Um dia vais entender, um dia vais olhar para trás e vais rir."
Sou o resultado final da correlação existente entre este mundo de demência contemporâneo, ao qual e que aos olhos dos outros poderei estar incluso, e a maior ou menor sensibilidade por mim experimentada, na mais original e autêntica forma de o interpretar.
"Uma árvore, tal como a vida é composta por troncos baixos, troncos médios e troncos altos para que possa manter o seu equilíbrio, todos tem a sua função, todos tem que "viver" de acordo com a função que lhes foi destinada, as dificuldades existem para todos os troncos, apresentam-se apenas de maneiras diferentes, uns recebem mais luz outros menos luz.
A forma como encaramos o tronco que nos foi atribuído, determina o maior ou menor grau de felicidade que pretendemos para nós próprios. Afinal a natureza está ao alcance de todos e é uma boa fonte de felicidade."
Engraçado, este foi o meu pensamento de hoje, e porque prezo muito viver de forma realista, não poderia deixar de partilhar este meu estado de espírito.
Busco incessantemente a realidade em tudo o que faço no meu dia a dia, é como que viver com a matemática a comandar ou a orientar toda e qualquer acção, pensamento, conversa, atitude, etc.....
No fundo, para qualquer relação humana que me ocorra diariamente, tento colocar-me no lugar de outrem e agir assim em conformidade com aquilo que "vejo" do outro lado.
"É interessante ouvir alguém abordar o tema "lutador" (esta mulher é uma lutadora, este homem é um lutador, este é um País de gente lutadora). É importante salientar que lutadores somos todos nós, de uma maneira ou de outra, em cada individuo, o viver exige por si só uma certa e determinada capacidade de luta, física, mental ou espiritual."
"Aprendi a conseguir ver para lá do que se apresenta aos meus olhos. Aprender a separar o que te faz bem do que te faz mal, o que te dá prazer e o que te dá angústia e não vacilar ao tomar quaisquer destas atitudes, eis a solução para melhorar a tua felicidade."
"Não ter nada nos dias de hoje significa o ter tudo, ter cultura e conhecimento representa o ser tudo."
O ser humano, enquanto ser vivo e na plenitude de uso de suas capacidades motoras e intelectuais, possui a infinita capacidade de adaptação a todas as circunstâncias possíveis e imaginárias.
Não é a morte que me aflige, o que realmente me aflige é o estado pós morte....
Conseguem imaginar autópsias, carros funerários, cangalheiros, flores, lágrimas, fatos, gravatas, pessoas tristes, missas, caixões, família?
Ao morrer o ser humano deveria apenas e só ser mais uma estrela no céu.... click, click....
"Quando penso, penso no bonito e tolerante que é o ser humano ser imperfeito, quando não penso e o imperfeito do ser humano me é revelado, crio uma condição interna de intolerância, por vezes até de arrogância, digamos, um certo desvaire na alma."
"Fui um curioso desmedido em relação à vida (não havia manual de instruções), dos muitos vícios que tive na vida o que mais gostei de eliminar foi o da ostentação, era um poço sem fundo, estão porventura outros em marcha, no entanto, o da ostentação é sem dúvida o que mais prazer me está a dar, não só pela liberdade que se adquire como pelo valor que passo a dar à existência, passamos a valorizá-la, coisa que não acontecia anteriormente porque se estava embebido no "produzir de dia para gastar à noite."
“ Tempo, sim isto a que chamamos tempo, não passas por nós sem que nós passemos primeiro por ti, inevitavelmente não é o tempo que passa por nós, somos nós que passamos pelo tempo. Porquê? Porque o tempo quer seja num futuro próximo quer seja num futuro longínquo já existe, nós humanos não temos (ainda) essa certeza..”
"Não é o passado que me preocupa, o que me preocupa é o futuro, o jeito que se dá ás coisas, a ausência da verdadeira alma que só incita e alimenta a incoerência."
Em conversa com a minha mãe em 12-05-2015:
A propósito do meu tempo de descontos para a Segurança Social até esta altura;
Eu- Mãe, descontei desde 1991 tenho 21 anos de descontos. Olhe aparece neste extracto quanto ganhei anualmente.
Mãe- Filho ganhas-te tão bom dinheiro e agora não tens nada..... (eu um sorriso amarelo, com cara de enjoado) :D
Eu- Pois mãe, não me arrependo nada, do que vivi já ninguém me tira, o que conheci também não me tiram, o conhecimento adquirido também já ninguém me tira. Vamos almoçar? Você não está a dizer nada com jeito.... :D
Mãe- Ah não estou a dizer nada com jeito, deixa lá, eu não ambicionei nada demais.
Eu- E eu não me arrependo de nada! (E não).
A propósito de riqueza
Demorei muito tempo a entender que ser rico não é só ter bens materiais, poder viver uma vida de ostentação, poder almoçar e jantar todos os dias fora, poder adquirir o último modelo automóvel de uma marca de luxo, não quero com isto dizer que o facto de se possuir ou ter acesso a estes bens, tal não possa ser considerado riqueza, claro que é, para qualquer ser minimamente racional é. Não posso no entanto deixar de salientar e porque a vida é quem nos ensina, existem coisas, as mais simples por sinal, as que nos deixam viver de uma forma tranquila, observadora, paciente, admirável, inclusive aquelas que sonhamos aliadas a um factor chamado "tempo", são de facto as mais admiráveis e as que transmitem mais paz, serenidade e consequente felicidade ao ser humano. Aos meus 42 anos não só tento aprender a valorizar o que tenho, saúde, estabilidade emocional, tempo, a ausência completa de stress (por vezes algum crio-o, é também uma necessidade mas controlada), o aprendizado com os meus próprios erros, o tentar aprender com os erros dos outros, e de uma forma libertadora olhar para tudo com a maior das naturalidades. Digo sinceramente, hoje agradeço por tudo o que passei, existiram coisas que foram necessidades porque as criei que hoje passo bem sem elas, aliás há coisas pelas quais lutei que hoje seria incapaz de usufruir das mesmas. Ao mesmo tempo tenho pena que haja pessoas que jamais conseguirão ver este estado da mente, no fundo é a minha aproximação o mais possível a tudo o que é natural, respeitável em termos sociais, ao equilíbrio. Não me quero tornar arrogante nem tenho esse direito mas há pessoas tão cegas e orientadas para a destruição deles próprios, que o verdadeiro sabor da vida nunca ou muito tarde o saberão apreciar.
"Muitos buscam riqueza material, eu busco riqueza espiritual, agradeço à natureza da vida a orientação que esta me deu."
Cada vez mais me convenço de que poder estar sentado em frente de um computador sem limites de tempo, com liberdade para que todos os pensamentos que me ocorrem proporcionem um movimento quase simultâneo de busca de informação como resultado lógico do que estou a pensar é, sem dúvida, uma das minhas maiores riquezas.
"Não vivo nesta vida para competir com alguém, competir com o conhecimento, ás vezes, me dá algumas dores de cabeça."
Não estou nesta vida para competir com alguém, bem que me basta, muitas vezes, ter que competir comigo mesmo. Quem quiser competir comigo, ganha sempre! Para mim, a verdadeira competição é entre mim e o conhecimento, sempre com a verdadeira noção de que o conhecimento, começou a exercer a sua vitória sobre mim logo após o meu nascimento.
A vida pode ser tão simples e fácil quanto isto:
Ter comida na mesa, ter sabão azul, e ter uma curiosidade incrível em aprender mais ainda em imaginar.
Pensamento do dia:
Imagina-te com a idade de 50 anos, imagina-te um preso político, imagina que foste condenado a passar 20 anos enclausurado numa cela completamente fechada com quatro metros quadrados, a mesma possui apenas 3 buracos, um para te servirem as refeições e 2 para colocares os braços de fora e seres algemado enquanto és alimentado, pela noite, poderás solicitar ainda, ficar de pé junto dos 3 buracos (para que possas usufruir de ar fresco junto ao buraco por onde te alimentas) durante as horas que pretenderes, para isso no entanto terás que ser algemado pelo lado de fora. Face a esta situação quais são as tuas probabilidades de seres feliz? Aparentemente são nulas, aos olhos do comum dos mortais certo? Pois é, nestes momentos o ser humano desenvolve habilidades que nunca pensou que estivessem ao seu alcance parecendo ao mesmo tempo tão distantes mas que na realidade estão ali tão perto, ou seja, na sua própria mente. Efectivamente, as soluções na maior parte das vezes encontram-se dentro de nós. Perante uma sentença deste género e perante a injustiça de seres condenado por total ausência de liberdade e pelo facto de defenderes a tua ideologia política, está na tua mente optares por ser feliz com o que o destino te traçou, ou, por outro lado viveres na lamentação para o resto da tua vida. O exemplo que pretendo demonstrar vai um pouco ao encontro da velha máxima, "Existem homens presos em liberdade e existem homens em liberdade que estão presos". Nelson Mandela, terá com certeza e com recurso à sua própria mente utilizado este estratagema para enfrentar com mais amor o período caracterizado pela sua detenção.