Sérgio Magalhães
Espaço e tempo, loucura doce, enigma da compreensão, tardio, incólume, foge para não macular o encontro, sem decifrar piramidal, apenas um fortuito querer de almas e frutos.
Tudo guardamos, uma sinestesia de páginas em branco surge, nevoeiro mental se forma, só aí vemos o colorido da senda.
Ah! Vontade silenciosa, obsessão que mantem e preserva a direção que quero seguir, nela está todo o sabor da minha intenção.
Ajusto-me, há o que me faz sorrir, trago alado. Envolvo-me com a paz da ousada simplicidade, aceito-me e encontro a beleza de ser eu mesmo, e persigo o suave perfume da bela flor do orbe.
...Já não guardo às sextas, nem me entedio às segundas, é apenas um tempo fugidio. Nada de se deter com
críticas e relógios...
Tempos líquidos, há pressa na intenção, com ações frágeis, mas tudo pode ser mudado com vontade quente.
Na face traços, como fendas na rocha, tufão a revolver lembranças, tudo lição, alento, para intento e laço que torna fecundo os passos.
E levamos numa existência, sabores, versos e perfumes de lembranças, e seguimos rumo ao coração das coisas, para acalmar intensões e incendiar as rimas das vontades.