Sérgio Luiz Silveira de Andrade
RETRATO DE UMA FLOR- Valéria
Nessas idas e vindas já vi muitas flores
E como doce do mel, provei o amargo fel
Mas jamais vislumbrei tão rara flor
Na sua beleza e variação de cor
O verde da mata num efeito cascata
Renova o meu ser nesta grande data
O vermelho sanguíneo num tom retilíneo
O branco da paz tão raro e fugaz
O azul como o céu despontando ao léu
E o amarelo sorrindo de domingo a domingo
Incandescente e perene reluz como o ouro
Pois você minha flor é o meu lindo tesouro
Jéssica Valéria
Minha filha, você é a coisa mais bonita,
Mais preciosa e mais rica
Que Papai do céu me deu
Eu queria ter você sempre ao meu lado
E não ficar desamparado
Pela ausência desse amor
Minha flor, fruto desse amor, afoito, inusitado,
Quase louco, que um dia desabrochou
Quero ter você agora, todo dia, toda hora
No café jantar, escola
Nos meus sonhos não demora
Que mocinha vai ficar
Indefesa, toda pura,
Tropeçou em meu caminho,
Minha rosa sem espinhos
Toda feita pra se amar
UMA FLOR DE MÃE
Tu és não somente a mais bela
Retratada nesta reluzente aquarela
Despontando imponente entre milhares delas
Irradia alegria, fidelidade, candura
E ao longe percebe-se, tu és a mais pura
Até tu triste artificial
Feita por impuras mãos comuns
Envolvida e aquecida com a sua ternura
Absorve dela a levedura
Desenvolve e exala um aroma especial
Como se fosse também, pura e natural
Esmeraldas, diamantes, ouros, pérolas e rubis
Molduram esta aquarela como um par de querubins
Viste a grandeza de tão nobre flor?
Amar por amar, amor por amor
Obrigado mamãe pois teu nome é amor
Para Irene Silveira