Sebastian Levati
Deve aprender a buscar seus ideais, outras possibilidades e não somente aquelas que lhe são impostas. Muito daquilo que você vê ou aprende agora, já não existirá quando for adulto e outras novidades virão. Esteja aberto para elas. Tenha em mente que o universo a nossa volta está em constante renovação.
Amor! Não importa quão nublada é a vivência desse sentimento. Aflora do meio da bruma, da mente mais perturbada e, com força desmedida, rompe os vagalhões tempestuosos, ancorando de mansinho nos corações jubilosos que se abrem para recebê-lo e oferecer um seguro porto.
Que poderes mágicos tem o amor! Por mais que esteja adormecido, escondido nas reentrâncias mais obscuras, dentro da caixinha de sentimentos do ser humano, de repente, num átimo, o vemos reaparecer. Sai do meio do nevoeiro, elimina o fumo negro da desesperança e flui, com colorida transparência, difícil de disfarçar e impossível de esconder.
Seduzir é provocar arrebatamento; e não é só o corpo que arrebata. É o comportamento... As palavras inteligentes e bem colocadas... A forma de fazer as coisas... As surpresas agradáveis... O modo de ser; e até, a forma encantadora de dormir!
Não há nada melhor para amenizar os suplícios, dosar o equilíbrio e, exteriorizar os sentimentos nobres do que um abraço forte, sincero, sem malícia ou hipocrisia. As nossas forças se multiplicam e se polarizam. A fraqueza se transforma em coragem; a desonra, em decência e, o que antes nos repugnava, de repente, já nos atrai.
Se o caminho para a sua realização passa por mim... Se depende de mim; atropela-me, passa por cima! Quem sou eu para interrompê-la?
Crescemos acreditando que, tudo o que nos acontece, é por influência dos entes divinos e não, por nossa condição primária. A de que, somos seres, somos pessoas, somos indivíduos, e que, devemos respeitar e amar ao próximo, simplesmente, por ser nosso semelhante... Por usufruirmos os mesmos recursos e, por habitarmos a mesma casa.
Ensinemos nossos filhos a amar, mas porque amar é bom! A respeitar a natureza porque dependemos dela; a ajudar sempre porque só assim encontramos paz.
Muito se falam na desertificação da terra... Efeito estufa... Degelo... Mas o que mais afeta a humanidade hoje é a aridez de bons sentimentos... A desertificação da alma. As pessoas estão se pondo estéreis quanto ao amor, à compreensão e a harmonia entre o “eu” e os outros.
Por que o homem tem tantos compromissos? Quantas atitudes boas se perdem por causa dessas prioridades inadiáveis que talvez não o leve a nada? Há aqueles que priorizam o ato de ganhar dinheiro. Abstêm-se de sentimentos que, num curto prazo, os fariam bem mais felizes e realiza-dos do que essa busca frenética pelo supérfluo. Os piores sentimentos, aqueles que a humanidade prega como ruins, vêm de toda essa ganância. O orgulho, a cobiça, a inveja e outros sentimentos mais baixos que os acompanham, estão sempre juntos porque, eles se completam e gostam de morar sempre na mesma casa... A daqueles que acumulam bens materiais e se esquecem dos sentimentos mais nobres.
Têm pessoas que não possuem ternura e amor suficientes para criar filhos e então, usam disfarces de pais.
A lealdade é muito mais gratificante que qualquer falsa honraria. Não delatem o seu companheiro. A sordidez do inquiridor não lhe permite diferenciar se há ou não justiça no ato cometido.
À frente de uma criança, devemos aplacar o vento, aparar os raios, afastar a névoa, eliminar os espinhos e possibilitar que os seus sonhos sejam limpos e sempre se realizem.
Quando tocamos um instrumento ele fica feliz... Muito feliz. Fica encaixado, todo dengoso, dentro do nosso abraço. Quem é que não gosta de um abraço?
Como é que você carrega todos os dogmas e conceitos que lhe foram impostos? Simplesmente, você os aceitou! Com eles, lhe deram alguns paradigmas e símbolos... e pronto! Associaram as ideias com alguns signos e passamos a aceitá-las ou a temê-las. A bandeira lembra a pátria; a cruz, religião; a pombinha branca é paz; e assim por diante.
A nossa incapacidade de mudar, de fazer alguma coisa definitiva; nos faz desejar imaginários purgatórios. Eu prefiro imaginar, um imenso crematório. Afinal, dizem que, “matar o mal, é asséptico!”
Não existe o livre arbítrio! Quando crianças nos dão as fadas, os dragões, os anjos, os bichos-papões, Papai-Noel e outras coisas. Ao crescermos, fundimos todos esses entes numa só entidade e passamos a reverenciá-la por toda a vida.
Todas as viciosidades nos têm acompanhado ao longo da evolução humana e, cada um, quer morder a maçã, para saber que gosto tem. A grande hipocrisia está em proibir de comer a fruta por conter veneno e, quando os fiéis famintos voltam as costas, o eterno guardião das maçãs, se empanturra com elas.
Um Deus verdadeiramente poderoso e benevolente não curaria as pessoas; Ele não as deixaria ficar doentes.
Esse deus que colocaram para nós tem exigências ridículas e extravagantes, ou, alguém está mentindo. Pode também ter sido a natureza que criou o homem... O homem não compreendeu seus mistérios, ficou com medo dela e criou os deuses para defendê-lo. Alguns homens até se fizeram deuses e ainda hoje, enganam muita gente e tiram proveito disso.
Quase sempre, eleger políticos, neste país, é o mesmo que dizer “Abre-te Sésamo” às portas do dinheiro público.
Existem sim, alguns melhores entre os piores governantes. O que não existe, é um Estado bem governado.