Sayonara T.
E tudo o que eu sei sobre amor eu aprendi em livros, filmes e letras de música.
E ainda assim eu teimo em ignorar a licença poética.
Pela primeira vez eu queria que o mês de agosto não acabasse nunca.
Mas me conformei a dizer adeus há muito tempo pra me demorar com despedidas.
É o meu nome.
Vai nessa.
A boa notícia é que eu tô me acostumando com o fato de estar levando pedradas na cabeça.
A má noticia é que eu continuo levando pedradas na cabeça.
Tem coisas que eu nem tenho coragem de escrever aqui.Tem coisas que eu não tenho coragem de escrever em lugar algum, evito até falar em voz alta.
Pagaria o valor que fosse, venderia a alma, sei lá, pra sentir menos as coisas, pra não ter imaginação nenhuma e pra querer nada da vida.
Às vezes parece que eu vou morrer de algum tipo de vazio.
Do mesmo modo como buracos negros funcionam, sabe?
Se consome.
E você quer esquecer, e você quer que vá embora, e você quer redenção, mas você deita na cama e espera amanhecer.
Eu sou sempre a que levanto a asa das pessoas e tento me encaixar lá embaixo, e na maioria das vezes, acabo na ponta, meio descoberta, passando frio mas com medo de reclamar e perceberem que eu não pertenço ali.
Isso não é choro, é só água caindo; gravidade.
Eu não sinto mais nada.
Deus do céu.
Eu não sinto mais nada.