Sandra Almeida
Não Sou Cecília
Não sou Cecília,
mas caminho,
absorta na multidão,
Solitária.
Desenho meus descaminhos,
e busco,
felicidade!
Escrevo pra provocar.
qualquer
acontecimento.
De repente,
surreal.
Que me surpreenda.
e que ninguém,
se arrependa!
pedaços de mim
sou amor...
sorriso e alma.
num grito abafado
que nunca se acalma.
sou sangue...
que sangra ansioso
nos versos ardentes,
desse amor!
sou alma...
num passado teimoso.
na trilha marcada,
na força eloqüente
...da poesia!
sou o hoje...
luz da verdade
que o tempo mostrou.
num prazeroso
...silêncio!
sou o amanhã...
como o fiel da balança
... equilíbrio!
visto o avesso de mim,
... vôo e estarei no ninho.
Única bagagem
... o amor!
deprê
vejo as ruas escuras
e na pele, vento gelado
me faz temer amanhã.
sombras e passos
marcam esse momento
nostálgico.
Hoje parece ser ontem,
ontem parece ser distante,
não chego e entristeço.
no túnel interior,vejo futuro,
sinto medo,fujo de tudo
e não me acho!