Samuel Beckett
Samuel Beckett (1906-1989) foi um dramaturgo, romancista e poeta irlandês, foi considerado um dos representantes do “teatro do absurdo”.
Samuel Barclay Beckett nasceu em Foxrock, próximo a Dublin, na Irlanda, no dia 13 de abril de 1906. Formou-se em Literatura Moderna no Trinity College de Dublin. Viajou para Paris, onde permaneceu entre 1928 e 1930. Nessa época, frequentando os círculos literários tornou-se amigo do escritor irlandês James Joyce. De volta à Dublin, passou a lecionar no Trinity College. Residiu em Londres entre 1933 e 1935. Em 1937 radicou-se definitivamente em Paris.
Sua produção literária começou com os ensaios “Dante... Bruno. Vico... Joyce”. (1929) e “Proust” (1931). Em 1934 publicou seus primeiros contos “Mais Pontadas do Que Patadas”. Seus primeiros romances foram “Murphy” (1938) e “Watt” (1944). São indagações sobre temas mais tarde desenvolvidos em suas peças: a procura do eu em um universo inexplicável.
Em 1953, Beckett estreou sua primeira peça no Theatre de Babylone, “Esperando Godot” (1952), considerada uma parábola geral da condição humana causou reações contraditórias na plateia. A segunda peça, “Jogo Final” (1958) repete os mesmos jogos de palavras, um diálogo inconsequente entre dois personagens. Suas peças conduzem o tema do absurdo às últimas consequências. E a desvinculação com qualquer espécie de realismo. O paradoxo e o humor negro são frequentes em suas obras, sendo chamado de “comediante do impasse”.
Com seu estilo irreverente, ao lado de Eugene Isidoro, Arthur Adamov e outros, Beckett foi considerado um dos representantes da corrente conhecida como “teatro do absurdo”. Dentro do mesmo estilo apresenta a peça “Dias Felizes” (1961), quando coloca em cena o monólogo grotesco de uma mulher que se enterra progressivamente em um monte de areia, enquanto recorda um passado feliz. Realiza ainda outras experiências, como “Jogo” (1964) em que o segundo ato repete exatamente o primeiro. Faleceu em Paris, França, no dia 22 de dezembro de 1989.