Sâmia Oliveira

Encontrados 16 pensamentos de Sâmia Oliveira

Stop
Pare
Queria que parasse o sonho
O sonho de futuro
Um sonho de nação
Um querer que pode ser acabar em vão
Stop coração.

Parem as máquinas
Parem as prensas
Parem as penas

Ali fora tem uma lua imensa
Lua cheia do Nordesde
Lua cheia do Sertão
Aqui não falta, não falta coração.

Por mil vezes poderia revelar meu amor
Meu desejo de amor
Mas represo, guardo no peito e dói
Box de amor, pessoas e corações...
Não compreendem, mas querem poliamor
Multiamor
Amor em pílulas de rivotril
Amor aos poucos aos pedaços
Amor em comerciais e campanhas promocionais
Em letras de música amor em suas vidas amor e paz
Ao mesmo tempo desacostumaram-se com transbordar amor
Ao mesmo tempo são incapazes de gestos simples de amor
Gentileza também é amor!
Amor vem de dentro para fora....
Amor tem multiformas...
Cabe na tela do celular..
Cabe nas atitudes do dia a dia!

A vida cinza do ambiente de trabalho se contrapõe a luz insanamente forte
E poderosa do lugar
A vida cinza do escritório ganha tons risos e gargalhadas ora azuis ora vermelhas ora amarelas.
O tom cinza da parede em tons pastéis revelam aparente normalidade de estômagos revoltosos.
Maquinalmente nos movemos para resultados maquinais contabilizamos salário, dores e sempre muita fé.
Umas risadas matinais.
Agrada-me mais pequenas conversas sobre o colorido dos peixes,
sobre as luzes da cidade,
Sobre girassóis
E sobre as serras de Minas Gerais.

Guardar papéis
Este já li e quero ter comigo
Este vou ler.....
Em 10 anos e ainda não li
Vou consultar sempre....
cadê quando preciso...
Este aqui, ah! É uma carta de amor...
Que acabou
Hum este aqui me lembra quem fui...
O que fiz o que senti
Este me lembra as poesias que perdi
Aquele me lembra que tenho que estudar...
Isto aqui estava procurando...
Este não preciso mais....
Após ler....
Não, este fica cá.

O artista
Vaga triste
Artista sem arte
Dói-lhe a alma
Esse vagar
Pouca prática
Na arte de sonhar
Vai de tempos em tempos
Sentir a brisa do rosto
O arrepio na alma
Vai de tempos em tempos admirar o mar
Não sabe escrever, não sabe expressar
É apenas um querer uma vontade de mostrar
Uma beleza que vê tenta desenhar
Uma revolta que tem não sabe extravasar
Uma dor no peito uma vontade de cantar
Coração sangrando e com medo de amar
Feridas que não se fecham
Reza baixinho para os males afastar...

O Jornalista
Bateria, pilha, carregador...
Árduo trabalho.
Carregando extensões além do cérebro no computador.
Enlatando o coração.
Anda pelas ruas esburacadas.
Uma pauta na mão
Uma melhor angulação...
O nome do ofício:
Informar o cidadão;

Inserida por samia_lopes

Quer florir em mim um novo sentimento.
Vejo o céu nublado lindo.
A chuva fecunda os sonhos.
A brisa de Janeiro passa na janela
Aquarela vida!! Aquarela.

Inserida por samia_lopes

Na calçada fria, sucumbia a dor.
Quem via desviava o caminho.
Era mais um viciado.
Barba crescida, roupas velhas.
Marginalizado.
Era autista, dobrador e sozinho.
Demitido da oficina de artes onde trabalhava triste
Perdeu seu grande amor.
Morador de rua foi picado pelo mosquito da dengue.
Pegou Zica.

Inserida por samia_lopes

Pintando nuvens cumulares em pedacinhos azuis de papel Meninin desenhava o que via pela janela.
Eram pássaros, sóis, jardins.
Pintava cores de uma manhã de domingo.
No instante em que desenhava, no horizonte, surgiu
o que marcaria sua memória por toda sua vida.
Cores flutuando no céu.
Meninin inclinou - se admirado e da janela sorveu e saboreou o balão!

Inserida por samia_lopes

Porque este incomodo?!
Porque o tormento?!
Repuxa daqui e de lá
A pele não cabe mais na pele
Tentar ajustar?
Viver uma verdade inventada?
Capaz....

Inserida por samia_lopes

Porque este incomodo?!
Porque o tormento?!
Repuxa daqui e de lá
A pele não cabe mais na pele
Tentar ajustar?
Viver uma verdade inventada?
Capaz....

Inserida por samia_lopes

Nas ruas encolhia-se
Do frio escondia-se
Ao vê-lo. Comoção.
Banho, comida, toalhas...
A cada dormida seus olhos sumiam
Sua pele rajada em tons de preto e marrom
A cara feia da morte
Mas, eu, só via um filhote
Esperança estupida em ajudar;
Ele que estava a própria sorte;
Há terra por cima
E em volta dele
Sua dor o sufocou
Mal viveu, mal nasceu...
No fim recebeu amor;

Inserida por samia_lopes

Duas
Duas são dois laços que se unem

Duas são dois pecados

Duas maçãs mordidas

Duas vaidades
sensibilidade

Duas bocas macias, vermelhas

Duas almas

Alegria

Faz uma declaração pra mim?
Me entrega teu amor?!
Te quero tanto ...
Sei que te encanto

Te dou prazer
Te entrego meu ser
Revelo-me aos poucos...
Escondo meu canto
Debaixo dos teus cabelos encontro afago
Uma dor quando te espanto
Minha loucura até desiste
Meu amor te quero tanto...

Inserida por samia_lopes

Brilha o sol lá fora
Brilham os mármores e os edifícios
Queima o sol lá fora
Queima a pele do bicho morto no asfalto
Ferve o sol lá fora
Fervilham os miolos dos trabalhadores
O suor escorre na face dos desvalidos
O suor escorre na face dos estudantes
Escorrem sonhos e escorres as horas
E o sol lá fora.

Inserida por samia_lopes

Café não é mais café
Leite não é mais leite
Azeite!?! Ah! As Oliveiras
Suco de caixa com disfarce vira integral
E se lhe perguntarem por que?
Diz - lhe:
Foi a industria nacional.