Samia Lourena

Encontrados 8 pensamentos de Samia Lourena

⁠Ela quebrou as amarras, um dia,
E sentiu o vento a lhe beijar a face.
Antes presa em correntes frias,
Agora livre, sem medo ou disfarce.
Caminhou por caminhos tortuosos,
Fez da dor, força, da lágrima, flor.
Transformou grilhões em sonhos gloriosos,
E no peito acendeu o seu próprio amor.
Sua voz antes calada, ecoa forte,
No peito a coragem, no olhar a luz.
Ela molda o destino, não teme a sorte,
Pois seu voo é livre, seu espírito conduz.
Mulher que um dia viveu aprisionada,
Hoje dança ao som do seu próprio querer.
Quebrou as amarras, é dona de nada,
Senão de si mesma, de todo o poder.

Inserida por samia_lourena

⁠Nasceu entre espinhos, sem direito a flor,
A infância marcada por sombras de dor.
Silêncios forçados, medo sem cor,
Crescia calada, sem mostrar o clamor.
O mundo era duro, as feridas sem fim,
Mas ela aprendeu a lutar por si.
Nos olhos, guardava o que não pôde dizer,
E na alma, um desejo imenso de viver.
Passou por abismos, cruzou vendavais,
Superou o peso de antigos ais.
Transformou o escuro em lição, não em cruz,
Fez da dor cicatriz, não um cárcere sem luz.
Hoje caminha de cabeça erguida,
Com passos de força, é dona da vida.
A vitória é dela, a honra também,
Sem buscar lamentos, sem olhar além.
Não há mais correntes, não há mais prisão,
Ela escreve sua história com o próprio coração.
E em cada vitória, um sorriso a brilhar,
Uma mulher que soube, enfim, se libertar.

Inserida por samia_lourena

Só eu e o tempo
⁠É só silêncio ao redor, um vazio sem fim,
O mundo caminha, mas não me leva a mim.
Sinto a distância entre mim e o lugar,
Como se não houvesse onde repousar.
Família é palavra que soa distante,
Um laço invisível, mas nunca constante.
Olho ao redor, não encontro ninguém,
Sou sombra de mim, perdida em alguém.
Os rostos que passam não sabem quem sou,
Vago entre os dias, sem porto, sem flor.
A casa não é casa, o chão não é meu,
E o que eu procuro? Nunca apareceu.
No fundo, eu sei, é só eu e eu,
Sem laços que prendam, sem mão que acolheu.
A vida é um ciclo que segue, sem par,
E no fim das contas, sou eu a cuidar.
É a angústia de ser sem nunca pertencer,
De existir no espaço e, ao mesmo tempo, perder.
Mas há uma certeza que aprendi a aceitar:
No final da estrada, sou só eu a me abraçar.

Inserida por samia_lourena

“Sobrinhos”
Pequenas almas de nossas almas,
Que carregam risos e toda calma.
São luz que brilha em cada olhar,
Vida que faz o mundo girar.
Meus sobrinhos, pedaços de mim,
Com pedidos que chegam sem ter fim.
Birras que vêm sem razão ou porquê,
Mas um só sorriso me faz ceder.
São presentes da vida, pura alegria,
Brincadeiras que enchem de fantasia.
Cada toque é amor, um afago sutil,
Que aquece o coração, num gesto infantil.
Por eles, eu daria a alma sem pensar,
Pois são meu tudo, meu lugar de amar.
Pequenas estrelas que brilham sem fim,
Parte de mim, tão perto de mim.
E no calor de seus braços pequenos,
Encontro sentido, amor sereno.
Porque, no fundo, é isso que são:
A chama que aquece o meu coração.

Inserida por samia_lourena

“Meu amor calmo”
Amar você é navegar em águas serenas,
Um mar de calmaria, sem pressa, sem cenas.
Seu amor é pacato, tranquilo, sensato,
Um porto seguro, onde descanso de fato.
Você é cheio de sonhos, visão de futuro,
Fluente em palavras, inglês tão seguro.
Carinhoso e atento, me faz sorrir,
Mas quando é manhoso, só quer me atrair.
Briga com deboche, me tira do sério,
E ainda assim, você é o meu mistério.
Marcas do passado te deixam parado,
Preso em memórias, num tempo guardado.
Mas o seu amor é descanso e rotina,
Com você, a vida é simples, fina.
Uma massagem certa, a comida servida,
E vez ou outra, o cigarro na vida.
Com você, tudo é leve, tudo é paz,
Sem grandes loucuras, mas amor que me traz
A certeza tranquila de ser e estar,
Na calma dos dias, a gente a amar.

Inserida por samia_lourena

“Amiga de Infância”
(Um poema para minha amiga Sandreanny)
⁠Amiga de uma vida, minha Sandreanny,
Crescemos juntas na inocência do brincar,
Entre risos e segredos, correndo pela infância,
Filha da amiga da minha mãe, e minha irmã a se tornar.
Tão meiga, com palavras que curam,
Sempre pronta a dar o conselho certo,
Empresta não só o cartão, mas o coração,
E, quando preciso, me dá aquele abraço quieto.
Guerreira e forte, tua vida é inspiração,
Trabalhadora, sábia, de alma tão leve,
Com você, até as broncas são singelas,
E, se o coração pesa, você sempre chora junto.
Nossa amizade floresceu em brincadeiras,
Mas é na vida adulta que vejo tua grandeza brilhar,
Sandreanny, com coração bom e sorriso que aquece,
Ser tua amiga é ter o melhor da vida pra compartilhar.

Inserida por samia_lourena

- ⁠Um amor no sitio encantado

Num chalé sereno, um jovem casal,
Sob a luz da noite, o amor inicial.
Sentados no banquinho de madeira,
Fizeram juras, promessas, à vida inteira.
Olhos que brilhavam, corações em festa,
No primeiro olhar, a alma se manifesta.
Sonhos entrelaçados, risos a ecoar,
No sítio encantado, onde o tempo vai parar.
“Vamos envelhecer juntos”, prometeram,
Na brisa suave, seus planos teceram.
Caminhar por trilhas, dançar sob a lua, muitos CNPJ’s, e vida flui. 
Cada momento, uma história que flutua.
E assim, os anos passaram, com ternura,
Construindo um lar, vivendo a aventura.
A vida ensinou, mas o amor persistiu,
Em cada desafio, a fé nunca se esvaiu.
Ao chegar aos 75, voltaram ao lugar,
Sentaram no banquinho, prontos a recordar.
Um cigarro aceso, um riso compartilhado,
Relembrando a juventude, o amor eternizado.
Com mãos entrelaçadas, seus olhos se encontraram,
As promessas de outrora, na memória, brilharam.
Na simplicidade do ser, a grandeza do amar,
No banquinho de madeira, a vida juntos a celebrar.

Inserida por samia_lourena

⁠Entre a insegurança e o amor

Na penumbra da casa, ela espera em vão, Ligações não atendidas, mensagens não respondidas.
Olhos no celular, coração em aflição.
Ele, caçador de emoções, perdido na rua,
Aventuras e sombras, sua mente insensata vagueia.
O amor é profundo, mas a dúvida corrói,
Ciúmes que crescem, como ervas daninhas,
Enquanto ele busca, a adrenalina o atrai,
Ela se pergunta: "Vale a pena essa traição dos sonhos que eu tenho pra nós?"
Nos sussurros da noite, ecos de incerteza,
O tédio que chama, sua cruel natureza.
Ela se sente presa, entre o querer e o medo,
Um coração apaixonado, mas em constante enredo.
Ele volta, sempre com promessas vazias,
Olhares furtivos, repletos de agonias.
Ela sonha com um lar, onde a confiança é real,
Mas a imaturidade dele transforma tudo em carnaval.
Amor não é só chama; é também proteção,
E no labirinto das dúvidas, ela busca uma direção.
Se ao menos ele visse, que a verdadeira aventura,
É ficar, é amar, e enfrentar a vida com ternura.
Mas ele é vento, que não se pode segurar,
E ela, um porto, que não pode esperar.
Entre insegurança e paixão, um dilema triste,
Um amor que se perde, onde a certeza não existe.