sabiásabio
Queria voltar ao início, quando tudo era simples, singelo, puro e inocente. Quando as emoções falavam mais que as razões, quando os pensamentos gritavam mais altos que as regras. Quando o mais profundo era escuro, e quando eu não conhecia ao certo o que era isto. Vivia a espera daquilo que era único. Pois nunca tinha descoberto tais frases repetidas, tais pensamentos desoladores, e nunca havia pensado no fim. Mas, o fim sempre chega, queria eu que este fim tivera um recomeço, porém, não há mais volta. Se perdemos na mais profunda escuridão, habitamos agora, na dúvida da falta, e no gélido suspiro da solidão. Peço-lhe ao menos isto, nunca me esqueças. Nem de mim ou do que fiz. As coisas boas e ruins, peço-lhe que não me esqueças, pois de ti nunca me esquecerei.
Não,
Não foi a suavidade da sua voz
Não foi a sutileza de seus cabelos voando contra o vento do leste.
Claramente...
Mesmo perplexo pela beleza e formosura de seu corpo,
de suas curvas, tão sinuosas e cheias de mistério
Não...
Nem mesmo a luz tão singela e constrangedora que seu sorriso me traz...
Nada disso.
Sua sua voz, haa sua voz,
Novamente falo, pois nunca a esqueci
Por mais bela e melódica que seja, não foi ela.
Foi teu olhar...
Ele me conquistou
Teus olhos azuis como o céu, com traços esverdiados
Eles sim, cortaram minha alma e furtaram meu pobre coração,
Que agora chora desolado
Longe daquela que o viciou naquele olhar, que impetuavelmente não sai do meu pensar.
Que tristeza
Que tristeza
Me falta clareza
Me sobram palavras
Me sobram pensamentos
Me falta paciência
Procuro esperança
Mesmo assim espero
Por teu olhar.
A janela do meu quarto, me traz a imagem do meu sonho
E porque não saio e realizo ?
Nossa...
Não consigo abrir as portas,
as portas são de coragem
Tenho as chaves,
Mais estão cobertas de medo.
Agora vivo na casa da solidão,
Espero por ti...
Porque não abres ?
Tu tens as chaves do amor !
Mais não vens
Logo moro,
Logo morro.
As vezes, ser você mesmo é mais doloroso e destrutivo, que ser a copia do que os outros querem que você seja. Porém, nunca se esqueça, é melhor que sejas de verdade, pois o original é sempre mais valioso.
Sonhei tempestades,
Imaginei a chuva caindo violentamente...
Começaram os relâmpagos,
Clarões me atordoam e,
Tendenciosamente penso o pior...
Lembro da vida que tive,
E recordo que nada foi bom,
Espero que isso passe...
A chuva acalma,
Os trovões se desfalecem...
Os Clarões não mais assustam,
E eu me acalmo.
Agora lembro-me de momentos bons...
Lembro dos meus pais,
De meus irmão,
Lembro dos teus beijos,
Agora,
Somente na bonança percebo,
Sempre tive o que precisava,
E todos os clarões e barulhos
Me mostraram que,
O que eu mais queria sempre esteve comigo.