S, S, F.
Tudo que sinto é com muita força, não sei guardar para mim o que sinto pelos outros. Dói se dar por inteira e ser recebida pela metade, uma sensação de rejeição, vontade de nunca mais sentir, mas se eu não sentir eu paro de viver.
Eu me permito, sou livre para falar aqui fora o que vivo e sinto por dentro.
Os meus amores são declarados, demonstro quando eu amo, e falo quando eu sinto, falo tudo porque na vida das pessoas sou breve, breve até demais. A intensidade me consome rapidamente e eu, acabo de viver.
Têm dias que tudo doerão, tem dia que nada vai parecer nos afetar. Não é porque ficamos forte ou a dor sumiu, mas é que de tanto sentir aprendemos a conviver, dói ficar onde tudo desabou e dói andar desabando, mas seguir em frente faz com que os nossos olhos enxerguem além do caos de agora.
Levantei a cabeça e seguir, foi difícil, mas foi a melhor coisa que fiz, foi a melhor forma de me encontrar, corri por mim, vivi por mim, lutei por mim, então conseguir ser eu, a minha vida começou no caos, me encontrei sozinha e tive que superar, superei. Gosto de me ser, isso é o suficiente para mim, me faz plena.
Sou grata até mesmo pelos abandonos, tem estradas que só cabe eu...outras pessoas dificultaria o trajeto...então a vida se encarregou de afasta-las.
Parecia escura aquela noite, mas o meu coração era luz, uma luz de esperança, acordei rindo alto, cantando alto e decidir não chorar mais por aquele mesmo motivo. No decidir tudo começou, até as flores sorriam para mim, dancei no ritmo do vento e nos passos da dança fui me afastando de muitas coisas, quando me dei por conta percebi que fui ao lugar certo: fui para longe de tudo que já não acrescentava.
Precisei sentir a dor da minha tristeza com forças e alma, para que eu pudesse me compreender quem sou eu nesse momento: sou cacos espalhados abraçando os meus pedaços e estou quase inteira, dessa vez disse adeus para mim de antes, para ser de agora.
Não daremos conta de tudo, somos apenas peças de um quebra cabeça e ajeitar tudo as vezes depende da outra peça, (do outro).
Ando vivendo a minha vontade, se eu morresse hoje eu seria eterna, vivi por mim, isso não cabe nos anos, tenho a sensação de ter vivido muito.Fui o meu não, fui o meu sim, não me permito mais ser talvez. A morte não me assusta, vivo aos beijos com o meu tempo, na minha hora tenho que ir, quanto ao agora quero que minha vida seja mais longa que os anos.
Estou cansada: "da muita gente" "de conversa chata" "oi, tudo bem sem graça? " "abraços vazios" etc... essas coisas não faziam parte da minha essência, e corresponde-las também não deveriam, mas eu acabei correspondendo e estou de saco cheio com isso. Chega, a essência nunca precisou de muitos, mas é o suficiente. Eu tenho nojo do mundo lá fora.
Você não precisa seguir os passos dos outros, você tem seu próprio caminho. Você é diferente e caminhos iguais não servem para você!
Tem dias que me jogo no chão para chorar. O chão faz o meu choro ser mais desesperado, mais triste e mais frio.
As pessoas que sofrem muito deveriam morrer primeiro, mas todos sofrem. Que morram todos. Um após o outro. Todos estão na fila.
Arrancou um pedaço do meu coração quando me deu um adeus que parecia um tchau, só parecia um tchau. Era um adeus para sempre, era morte. O adeus da vida é parcelado em até mais, eu não entendia, mas agora sei: antes de dizer adeus, dizem tchau, e com o tempo até nunca mais. Breve vida aqui. O adeus não é dito, é um fato.
Às vezes o que a gente precisa é abraçar os cacos que nos tornamos e abraçar os próprios cacos dói, as vezes corta, porém é a única forma de tentar ser inteira outra vez. Respira fundo e tenta de novo.
Fascinada pelas voltas que a vida dar. Quando alguém tenta me pisar eu respiro fundo e respondo mentalmente: sementes crescem, e o tempo muda tudo.
Você tem o direito de sentir seus sentimentos com força e intensidade, as vezes a gente se sente malzona, e isso é normal, o outro nos diz: "para parar com isso" "não se sinta assim" "isso não é verdade" "isso passa" "deixa de besteira" mas às vezes precisamos parar para sentir a nós mesmo e com isso respeitar o nosso próprio sentimento, por mais que não seja assim, por mais que seja diferente, mesmo que um dia passe eu aprendi que a vida é como a gente sente e não como o outro tenta nos mostrar. Precisamos ter intimidade com a nossa dor, não podemos acreditar apenas no otimismo do outro, a alma grita o corpo ouça atentamente. A dor é do tamanho que você sente, e fora de você tudo é como o outro ver, mas dentro é você quem manda.