Rui Effe

Encontrados 7 pensamentos de Rui Effe


A desejo tem duas portadasque abrem para o lado de dentro como duas laminas que obrigam àconfissão.
Quem me dera.

⁠⁠Os desenhos são coisa do diabo.
Ambos piam histórias esdrúxulas
cheias de artimanhas.

⁠Momentos há que
Sacadas
E namoradeiras gelam cochas.
Tempo tormenta
em braços,
baba e beirais.

Assim se fazem agora as janelas,
Por piedades que
Adoçam o espaço e fantasias.
E ali, num mesquinho purgatório,
Posiciona-se o inquieto,
Detrás das cortinas
De delírios e do faz de conta.

⁠Somos naturalmente rebeldes
divididos em coisas pequenas, sem conta,
soldados insubmissos em regimento
solto ao vento das barras das saias.
Dançamos em pares sobre pedras,
em risos, em calos e
bulimos com quietos nadas.
Nisto, fazemos ao destino a vontade,
porque a história não se fez quieta,
tão pouco sozinha.

⁠Tenho particular gosto por Gente de Quintal,
Enquanto que, ao Quintal de Gente,
Não entendo, nem bocejo tolero.
Às 17horas e 15 minutos,
A National Geographic fala de animais,
Tontos.

Sarronca,
Sanfona,
E a tua boca,
Em muitas horas
Na minha.
Sarronca,
Sanfona,
E todos as músicas,
Todos os natais e luas,
Até que me definhe
Em grito rouco,
Até que o silêncio,
Me enrole no teu colo.

⁠⁠Baiuca de Domingo.
Balcão,
Ternura,
Golos de vinho.
Trincam-se as portas e as caras aos amantes,
E ali,
Tudo, porque têm o bom costume de beijar com a boca,
Humedece o mundo e as virilhas.