Rudy Rafael
As pessoas reconhecem defeitos em si, continuam a ter e viver estes defeitos e vivem pedindo desculpas pelas condutas resultantes destes mesmos defeitos, sendo que na primeira vez que identificassem esses defeitos deveriam tratar de transmutá-los para que não existissem mais e assim não mais gerassem as condutas resultantes destes defeitos. Ficar o tempo todo choramingando que errou por ter determinado defeito tornou-se bonito, não deplorável. É mais fácil (e exige menos) choramingar.
Os legados culturais de Maurício de Souza, Ziraldo e Monteiro Lobato são jogados pra escanteio e pessoas que chutam bolas entre linhas são proclamadas como deuses no Brasil e assim são exportadas.
As pessoas têm medo de que você faça para elas aquilo que elas mesmas sabem que são capazes de fazer.
As pessoas escolhem o que acreditar o tempo todo e começam a repetir para os outros somente aquilo que leram e ouviram mas que nunca tiveram qualquer experiência prática no assunto.
As pessoas escolhem o que acreditar o tempo todo e começam a repetir para os outros somente aquilo que leram e ouviram mas que nunca tiveram qualquer experiência prática no assunto. Nunca comprovaram o que leram mas repetem. Assim surge o eterno ciclo vicioso de repetição de máximas onde todo mundo sabe tudo de tudo mas ninguém tem experiência prática de nada; pois se tivessem não iriam ficar repetindo como papagaios aquilo como verdade.
Os problemas não existem para serem vividos e cultivados mas para serem superados e enquanto não forem superados continuarão ali, como fantasmas assombrando cada um e como demônios que não sendo exorcizados continuarão na vida de cada pessoa até que faça o que tem que ser feito e até que cada um adquira a sabedoria necessária à lição pela experiência e isso seja impregnado em sua consciência para que possa então viver um novo desafio para adquirir uma nova sabedoria.
Não tenho horas vagas. As horas que você tem vagas são as horas que você não está vivendo pois não está produzindo nem criando nada. Porém, não quer dizer que você deva passar a vida inteira carregando tijolos nas costas também. O que importa é você estar fazendo algo de útil, o tempo todo, até quando dorme.
Existem várias formas de saber que o fogo queima. Você pode colocar a mão no fogo e assim saber que queima, você pode ver alguém se queimar e saber que aquilo queima ou você pode estudar e saber que se queimará se colocar a mão no fogo.
Se algo não pode ser provado, tampouco provado negativamente, deveria ao menos haver o interesse na busca pela comprovação, mas não há.
O ser humano é grão-mestre do escapismo e da fuga e sempre tenta jogar sobre os outros e sobre fatores externos a responsabilidade de seus atos. Seja o deus que levou sobre si os pecados do mundo, as obsessões, o meio, a criação, a presença ou a ausência dos pais, a culpa, a falta de oportunidades ou a maldade do mundo, justificativas não faltam para as pessoas se lambuzarem como porcos em seus erros e defeitos.
Através do iluminismo vilipendiado surgiu a burlescada de usar a cultura como nivelamento social, como se uma pessoa fosse melhor que outra pelo que gosta.
O ser humano é assim: se receber um pão francês é capaz de endurecê-lo para utilizá-lo como arma e atirá-lo na cabeça de outra pessoa para feri-la. De tudo que o homem recebe ele consegue fazer mau uso. Deturpa e macula tudo que toca e assim desenvolve o toque de Midas ao contrário. Por variadas formas e diversos meios recebe conhecimentos e mecanismos que geram oportunidades de construir coisas positivas para melhorar a sua vida e o seu mundo, mas acaba sempre utilizando tudo da pior forma possível.
Nascendo no fim do mundo, ao invés de aproveitarem esta vida que têm no fim do mundo ficam achando que ainda vivem em outros continentes tidos como mais bacanas. Trancam-se no quarto, fantasiam paisagens e adotam posturas de quem vive em outros países, ao invés de explorarem o local onde nasceram e adquirirem novas experiências.
Independentemente do que qualquer um faça, toda função é necessária à sociedade e por isso ninguém precisa envergonhar-se do que faz.
A pessoa que não se ama, que não ama o seu nome, seu corpo, seu trabalho, sua terra, o que tem, o que é e que não ama a sua vida não conseguirá amar mais ninguém e conhecimento algum adiantará se não souber amar.
O homem nasce e vive para querer. O querer move o mundo. O homem quer aquilo que sabe que quer e até mesmo aquilo que não sabe se quer.
A pessoa está feliz com sua religião, com sua filosofia de vida, resolveu o seu problema com Deus e consigo mesma, está bem, mas a outra pessoa não vê isso, só enxerga a sua verdade e acha que esta pessoa precisa urgentemente disto, então ela compra qualquer material de doutrina para esta pessoa, mesmo que esta doutrina seja repudiada pelo que esta pessoa segue ou acredita.
É preciso ser fiel ao que se sente. Se uma pessoa não gostou do presente que recebeu não deve martirizar-se e sentir-se a pior pessoa na face da Terra por isso. Além do que, ninguém é obrigado a usar o presente horrível que ganhou. Isto de que presente dado não se desfaz é mera moral. Se a pessoa não gosta do presente que recebeu é melhor dar a alguém, que goste e use, do que guardar em casa só de enfeite.
Quando for dar algo a alguém não pense no que você sentiria se recebesse aquilo, mas no que ela sentiria. O presente é para ela, não para você.
O ser humano que aprende por repetição, que absorve como verdade aquilo que lê e ouve cria o seu mundo muito mais pela forma com que este mundo a ele se apresenta e é apresentado, e assim interpreta, do que como realmente é. Coisas que o homem apenas repete sem ponderar e recebe e repassa como verdade. O mundo que nasce pronto e que precisa ser apenas copiado; pensamentos dos outros e emoções dos outros. O homem vive por aquilo que veio dos outros e por aquilo que lhe deram como verdade.
Devemos nos concentrar em nós e não nos outros. Se cada um pensar em mudar a si mesmo, na soma de várias mudanças, no conjunto, isto fará o mundo mudar.
Uma pessoa não poderia desenvolver o perdão se não ocorresse algo para que fosse impelido a perdoar, como ocorre com as pessoas que odeiam as que fazem coisas que elas consideram ruins, quando muitas vezes isto ocorre para que elas aprendam a perdoar, mas seu Ego cego em sua individualidade só vê o que o outro fez de ruim e não a sua incapacidade de perdoar.
Nascemos em um mundo já pensado onde toda a nossa vida já está pré-ordenada e estipulada. Não é preciso fazer nada além de viver conforme o que está pronto: 1/3 da vida você dorme, 1/3 da vida você trabalha e 1/3 da vida você se diverte com toda forma de entretenimento que lhe é fornecido, lê algo, assiste um filme, sai com amigos, faz um curso, estuda e etc..