Rubis
Quando der tudo errado, olhe para trás e veja que muitas vezes deu errado também.
Lembre-se, sempre dará errado, você vive para fracassar. Quando conhecer o sucesso e ser um vencedor, será o mesmo que esta morto.
A Carta do Descartado
Me disseram que haveria luz e que haveria escuridão. Mas estavam enganados... afirmaram que eu seguiria por um túnel repleto de lembranças. Não. Todos estavam errados.
Não havia divisão do bem e do mal como tanto mencionavam com uma certeza notável; nada disso.
Eu estava em uma sala neutra, não havia cor. Meus olhos enxergavam somente o que minha cabeça transmitia. As risadas, os choros e os gritos eram verdadeiros, uma sala, onde eu era o espetáculo. Onde eu era a plateia, aplaudia todas as minhas conquistas e apedrejava minhas falhas. Era imperdoável. A plateia não aceitava uma falha se quer, as conquistas eram tratadas com repetência. Meus esforços eram ignorados, mas minhas falhas se destacavam.
As pessoas criavam suas certezas e incertezas, enquanto eu era enganado. E agora, sofro as consequências de uma eternidade imaculada. Meus olhos apavorados encaram a solidão com coragem, minhas mãos são covardes e traidoras, minha boca luta incansavelmente com meus olhos, enquanto minha cabeça vira um mero peão nesse conflito.
Deixo essa carta para todos que estão se iludindo com promessas de paz e harmonia, pois aqui, não há companhia.
Não há sofrimento e não há paz. Apenas o descanso eterno. Tolo é aquele que afirma descanso e paz serem irmãos, descanso é somente a paz para o cansaço.
A água não é a vida.
Uma cantiga... pode demonstrar os sentimentos mais profundos de um sujeito que lhe pronuncia incansavelmente a melodia em língua, e a sequência em mente.
Eu desisto da sua alma
pois em ocasiões profundas
seu rosto me causa trauma.
Uma pequena gota que caí no solo, se fragmenta ate não existir.
Eu não existo sem Deus
mas.... deus não existe sem mim
Então, virou-se para trás, sua vida passou em relance. Uma conclusão lhe segurou pelos cabelos e o fez olhar em seus olhos.
Eu sem deus, não sou nada.
Mas deus sem mim, é tudo.
A existência de água promove a vida. Água é a base da vida, sem água. Não há vida... quem somos nós ...
A água ou deus?
A compaixão e seus deveres.
Lá estava ela, sozinha, oprimida e afastada no canto da sala. A Felicidade e o Realismo pareciam conversar pacificamente, aliás, apesar de todos sempre colocarem um contra o outro; sempre foram bons amigos.
A Tristeza se lamentava melancolicamente com a Raiva, que a todo momento lançava olhares maliciosos para a Ira.
A compaixão - apesar de ser proclamada constantemente - sempre esteve sozinha. Ate mesmo a solidão que lhe prometia companhia, estava desabando-se com o amor.
" Eles não precisam de mim " Então, a compaixão se levantou, e saiu pela porta da frente.
Na ausência da compaixão, precisavam de mais um membro para preencher o seu cargo. Através de um teste seletivo, o Egoísmo se saiu muito bem e na frente de todos, ele conseguiu o que queria.
O Egoísmo adentrou com um olhar desafiador, e todos o olharam com admiração. Egoísmo foi recebido muito bem!
Lá na janela próximo a saída, estava a Compaixão, com as malas em mãos e triste. Por que? Talvez, pelo fato de que quando ela chegou, a única pessoa que a recebeu... foi a Morte.
A Morte não estava em seu local de trabalho, ela não devia estar ali. Mas mesmo assim, ela visitava a Compaixão, dizendo: " Eu levarei a todos, mas eu não levarei você." E nesse momento, Compaixão abalou-se e arregalou os olhos bem confusa e perguntou rapidamente " Por que não me levarás, Morte? é seu trabalho!" Nesse momento, Morte riu francamente como se Compaixão fosse uma ingênua que não havia percebido algo. Morte calou-se e levantou a voz, mas se Compaixão soubesse que seria a ultima conversa das duas.... ela teria agradecido.
" Compaixão, não entende? Você já esta morta a muito tempo."
Eu prefiro viver pensando e relatando minhas ideias do que morrer sem ser reconhecido... morrer como um nada.
O Teatro Mundial
O mundo é um teatro, onde somos atores eplatéia.
Somos péssimos atores, entretanto;uma platéia exigente.
- O Homem Azul que odiava o Mar -
Como uma nuvem cinzentano meio de todo aquele azul -o céu -mas a diferença é que esta nuvem, apesar de branca como as outras, se comportava como uma cinza.
Este lugar é como eu, azul. Em meu sangue, corre essa cor fria; indigna e impura.
Eu tenho a marca celeste representando minha ligação com esse ambiente,
Entretanto;eu o odeio.
Este azul dentro de mim é incapaz de estabelecer harmonia para com meus desejos.
Há uma ambição que me queima por dentro, porém, é apagada por esta cor fria.
Uma cor fria que reina nos oceanos gelados, a cor que faz seguir ao mesmo rumo à estética.
Mesmo que ambos desfrutem do mesma iguaria, a diferença das substâncias ainda influenciam.
A Sedução do Anjo da Morte
A noite me acolhecomo uma mãeacolhendo seu filho que lhe suplica amor.
Deitar é a única escolha, sonhar é a única liberdade.
Temos a sensação de sermos livres, mas livre é aquele que vive.
Não vivemos, existimos, não há alegria, há liberdade.
Alegria é um conceito pós-liberdade, onde sentiremos esse luxo,
Somente depois de sermos livres.
Achas que não pode ser livres por insuficiência de coragem?
Faça o que eu digo, pois há momento, em que somos livres.
A liberdade esta em suas mãos, imagine... sem dor, sem sofrimento,
Sem pressão;háesclarecimento.
A covardia lhe atiça impulso,
Se mate e será incluso;
Quanto tempo ainda deixará que outras pessoas sejam líderes de seu destino?
A façanha humanoide, essa dor e essa ansiedade podem sim ser destruídas, tudo depende de você.
Irei te acolher, irei estabelecer a harmônia virtuosa.