Ruana Lins
Que vontade de chorar, gritar teu nome, correr atras de tudo o que um dia foi meu. Vontade de dizer o quanto eu ainda te amo e o quanto você me faz feliz. Mas se eu ficar sentada aqui TALVEZ esta vontade louca passe, apenas talvez...
E aquele dia foi o melhor da minha vida. Seus olhos sorriam para mim, da mesma forma que os meus ansiavam pelos seus. Ficamos observando um ao outro com a pergunta que não queria calar: 'Me beija?' E segundos depois de nossa caixa de emoções ter entendido a mensagem estávamos presos nos braços um do outro e na boca a sensação que o meu coração esperou por tanto tempo.
Talvez por ser forçada a uma convivência diária minha caixa de memórias e pensamentos aprendeu a enganar meu coração de uma forma que ninguém ousaria mexer ou muito menos brincar.
Sempre fui a garota do ‘felizes para sempre’. Hoje, apenas uma menina que não sabe o que escrever e muito menos quais sentimentos deveria fazer parte das esquinas de sua mente. A tristeza e meu coração já cansados de tentar achar respostas vagam sozinhos entre as avenidas e ruas sombrias e sem nomes que um dia já fizeram parte de mim.
Rostos estão perdidos no meio da escuridão, talvez seja as várias mentes vazias e solitárias que passaram por mim ou talvez pessoas que fizeram meu mundo valer a pena e que no fim levaram pedaços do meu coração. Mas ao termino do dia, todos estamos bem e quando a chuva começa a cair tudo o que esperamos, eu, meu coração e minha caixa de emoções é um abraço forte, quente e revelador.