Ross
Uma das grandes tragédias humanas consiste em descobrimos que por trás de atitudes admiráveis, imperam interesses pessoais.
Quando mostram meus defeitos, escorpianamente refuto. Mas lá no recôndito das minhas defesas, tento esmiuçar, uma a uma, as pedrinhas que machucam a mim e ao outro.
Até virarem pó.
E deixo a ventania levar...
Outras são muito resistentes: É a minha batalha.
Não preciso mais dizer para onde vou, porque não preciso.
Sempre refém dos passos em falso, ignorei o caminho e sofri.
Quero agora, aproveitar a beleza do trajeto sem, contudo, esquecer-me que chegarei a algum lugar.
Se ideal ou não; o tempo dirá.
O que quero mesmo é sentir que, caminhando, sinto-me bem e feliz!
Sem ansiedade pelo fim...
Não gosto de todas as pessoas que gostam de mim.
É que algumas vêem além do que é real. Fazem frágeis análises como convém suas leituras. Adentram em um jardim com poucas flores e já o transformam em deserto. Hiperbolizam atitudes para encobrir seus fracassos.
Por isso que não gosto de todas as pessoas que gostam de mim.
É que algumas possuem um gostar diferente do tipo que não suporta alegrias.
Devo gostar de gente sempre; porém, não gosto de todas as pessoas que gostam de mim porque...
me ferem.
Luta em favor da transparência.
Que caiam todas as máscaras.
Batalha em prol de mais visibilidade nas pessoas, já!
...
Por um mundo menos medíocre.
Queria, desmedidamente, acreditar que "quem canta, seus males espanta"; mas há canções que melhor seria, fossem guardadas em baús bem lacrados no cantinho mais difícil da casa.
Porque há músicas que de tão belas e mágicas transformam alegrias passadas em tormentos insuportáveis.
E a dor que quase passara, ressurge.
Arrancaram a cabeça de uma mãe, mulher, trabalhadora e, como adorno da rua, a prenderam friamente em uma estaca. Silêncio total da família e dos transeuntes.
Só isso. Nada mais.
Atiraram em uma personalidade artística. Correeeee! Mídia, passeata, discursos comoventes, repúdio, cobranças, justiças e injustiças, banners, gritos, pavor, compartilhamentos virtuais e muito mais.
E isso. Tudo isso.
Nos Direitos Humanos, está a vida?
Que a defendamos sem excludência.
E que pela vida de TODOS, seja isso; TUDO isso!
Esquecer histórias e afeições é o primeiro sinal de insanidade emocional.
Negar alegrias futuras, requer sério acompanhamento.
Fechar-se ao amor: Unidade de Tratamento Intensivo.
Vem comigo, vem
guardar passados,
esperar futuros,
sorrir da vida,
brincar ao sofrer.
Vem comigo, vem
amar de verdade,
doar com vontade,
cuidar por prazer,
transformar vidas.
Vem comigo, vem
intelectualizar bobagens
rir de nós mesmos
deixar os alheios de lado
ditar nossas regras.
Vem comigo, vem... Vem não?
Já vou.
Perpetuo, em minha história, a convicção de que sempre agi com boas intenções. Mesmo sendo estas... boas só para mim!
Negar o egoísmo é negar a própria condição de ser humano.
Amamos demais porque nos traz felicidade, por vezes até incompreensivelmente.
Odiamos algo por nos fazer mal.
Estamos sempre gerenciando as porções de egoísmo e de altruísmo que determinam nosso caráter.
Equilíbrio sempre!
Caso contrário...
Que nunca convidemos amores; roubaremos alegrias!
Amores que vêm do nada, por favor, voltem para suas origens.
Não há amor sem construção, sem convívio, sem enlaces e desenlaces.
Para amar de verdade, tem que querer, odiar querendo e depois perceber que tem que querer sempre sem odiar.
É uma adição de atos e falas que alicerçam o eu te amo.
Pele e beleza não garantem o amar.
Este sentimento requer o cuidar. Um cuidado que independe de grilhões. É por pura opção!
Todos temos um lado perverso. É uma obscuridade oculta sob espessa pele.
Impossível sua retirada.
Quando menos se espera, este lado emerge e, agressivamente, sai destruindo cuidados, doações e carinhos sinceros.
Pelo seu poder destrutivo, mede-se nosso nível de maturidade.
Nem o silêncio o impede de se manifestar.
Sábio é quem o controla e bloqueia seus dardos tão nocivos!
Incondicionalmente, "até que a morte nos separe"... ou
a tua intolerância;
o teu mal humor;
o teu egoísmo;
a tua inconstância;
o teu ato infiel;
a tua mãe;
tuas atitudes infantis;
tua falta de estilo;
tua ânsia de consumo;
teu ciúme;
tua desorganização,
tua ignorância intelectual;
teu toque sem graça;
E todos os teus que são também meus.
Já não se fazem mais casamentos como antigamente.
Dó.
E pensei que para ser feliz bastava fazer os outros felizes.
Enganei-me.
Há outros que só querem ser felizes e pronto!
Certas palavras já não cabem mais quando há um ponto no final. Trocas são desnecessárias e o silêncio bem vindo.
Extrapolar este limite é divagar entre o prudente e o inconsciente.
E quando se perde o entendimento da emoção, a razão passa a ser uma repulsa.
Compreender que é findo é também saber que as coisas vem, que as coisas vão e que podem nunca haver existido!
Mais nova, acreditei que ensinando, se aprendia.
Adiante percebi que ensinando, pode-se aprender ou não.
Hoje, sei que o aprender não é uma questão de querer, mas sim de poder.
E o PODER dita as regras do processo.
Beijo de amor não pode ser de qualquer jeito...
Tem que ter o cheiro de natureza, a suavidade da pelúcia, um toque de criança, a força de um vendaval, a sintonia de um coro angelical e um encantamento surreal.
Beijo de amor? Não pode ser de qualquer jeito...
Tem que mexer com a mente, com o coração e com a alma. Tem que esquentar a pele e acender a cintilância dos olhos. Tem que embaçar os sentidos e nos fazer flutuar. Tem que ter charme; ser gostoso.
O beijo de amor não , não, não pode ser de qualquer jeito.
Faz-nos esquecer planos e iniciar outros. Faz-nos sorrir e falarmos sozinhos. Faz-nos bem.
Um beijo de amor pode durar alguns segundos e marcar toda uma existência; toda a nossa história! É imortal.
Entre o santo e o profano, fervilham nossas vontades.
O certo e o errado são irmãos presentes a todo momento. São, por vezes, cruéis.
Querer e não ter ou ter e não poder... mexem com o nosso estar no mundo.
Que o profano seja santo como bem determinar a consciência que é mais poderosa detentora da paz.
Atitudes incompreensíveis absolvidas !
Buscamos, achamos algo, procuramos mais, encontramos errado, continuam as buscas, não sabemos buscar, enfadamo-nos de tudo menos de vasculhar.
É uma busca alucinante com direito a doses de frustração no caminho.
Vozes gélidas dificultam as buscas...
Ainda pulsas, Coração?
Que prevaleça, então, a esperança de encontrar!
Somos submetidos a testes constantemente.
Sobre o ciúme;
sobre a doação;
sobre o companheirismo;
sobre nosso egoísmo;
sobre a inteligência emocional;
o intelectual;
nosso lado família;
se somos certinhos;
sobre o espiritual;
nosso nível de amizade.
Testam até nossa paciência!
O que não podem testar é nosso real ser.
Ele é tão acanhado que não o reconhecemos quando vem à tona sua verdadeira face.
Se não tivermos cuidado, os "ismos" da religião estraçalham a nossa fé.
Há muita mistura entre os que amam ao próximo como a eles mesmos: lobos, cordeiros, gatunos,gambás, vacas ,bodes, camaleões e outros sem nome ainda.
E quanto aos que afirmam serem os "únicos" ? Prepotência ao extremo.
E, desapercebidamente, ligados a tolices, e hipócritas atitudes, vamos nos afastando do Grande Eu Sou.
Tem piedade de nós, mortais, Senhor!
Busco, essencialmente, a beleza e a segurança dos verdadeiros sentimentos. Estes não nos envolvem em teias letais; mas nos agraciam com nuances de paz!
É fácil encontrar na criança que lhe estende os braços;
na imponência elegante das ondas dos mares;
no balançar das árvores no outono;
nas canções de ninar;
numa aula de encantamento poético.
E quem os encontra no coração de um humano, cessa a busca por grande tesouro. Já o encontrou!
Como defender o companheirismo se o que é meu é teu; e o que é teu é só teu ?
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