Rosangela Cassimiro
A noite venta e ela inventa correr nas armadilhas do pensamento desenfreado.
Ainda perdida dentro do seu caos, olhando pra trás na sugestiva ilusão dourada, aquela que te entorpece no acaso.
Apresenta um comportamento falso, com sorrisos e alegrias, mesmo envolto a tristeza e tortura.
Tenta a liberdade como a ultima companheira de viagem, se desprendendo do convencional, da arrogância de ser feliz a todo custo, de esquecer seus sonhos em grande confusão.
Assisti ao anoitecer como quem foge do dia, e se esconde do sol, pois, não se permite nem por um segundo brilhar, mesmo que sozinha.
Distante de qualquer alegria e satisfeita por não acreditar mais.
Nada mais pode machucar, pois nada mais sente... Sem expectativa de olhar pro alto e se ver no outro, deixou as algemas de fogo que a prendiam e satisfez seu querer.
Poderia por um instante desistir dessa insana loucura de viver por si só, esperando tudo acabar, mas não se permitia alegrar, pois tudo que é bom frustra, se achava verdadeiramente forte em saber perder, sendo que já havia se perdido a si mesmo.
De frente ao espelho, garante que não aja espaço para esperança de se amar, pois nada pode fazer.
Já não aposta em grandes acontecimentos, vive com pé em raízes sem sair do lugar, paralisada pelo medo de avançar, prefere a solidão de si mesmo a multidões de pessoas com seu falso senso de felicidade.
Escolheu ser caos e escuridão, frio e ventania, arco-íris preto e branco, a água que se esvai sem propósito algum.
Sendo o não, parte de suas convicções mais profundas.
Ela desejava sair do mar de lama, quanto mais andava, mais afundava, o tempo está passando sem demora, já não é uma menina, mas gosta de pensar que ainda é.
Sua lembrança de criança, a leva até seu pai com um grande sorriso largo, aquele que mesmo distante sempre esteve perto, seu porto seguro, sua verdadeira luz.
Quanto tempo ainda temos, antes de perdemos o tempo?
Hoje o céu me pareceu mais escuro, como quando se forma uma tempestade, não ví com os olhos, mas minha essência chorava, o coração apertado e a mente trabalhando como um vulcão em erupção.
Como seria viver sem o apoio daquela que sempre esteve comigo?
Não consigo pensar, sem que haja uma tempestade saindo dos meus olhos ,porque deixar ir quem amamos é como perder um membro do corpo, nunca mais seremos os mesmos.
Derrepente o mundo parece ser grande demais pra mim, o ar pesado e os passos maiores do que posso alcançar.
Tomara que seja um mal entendido, porque não se trata do quanto vou aguentar, e sim do quanto amor o mundo perderá com a sua ausência.
Eu vivi momentos de solidão mesmo não estando sozinha, vivi momentos de plena felicidade dependendo apenas do meu próprio sorriso.
Respirei com dificuldade e andei meio sem rumo, mas o caminho voltou a fazer sentido quando parei de me boicotar, me minimizar, me fragmentar.
Ouvi minha força lá de dentro a gritar por uma chance de fazer diferente, e mesmo aterrorizada me fortaleci, me recriei.
Estar na melhor companhia é estar o mais próximo de si mesmo, ouvir seu verdadeiro eu, demonstrar perdão e cordialidade, ser leve.
Seguir andando mesmo que os passos fiquem pesados ou a luz já não seja a mesma, e entender que o mais importante é o que guardamos dentro de nós, nossa essência, nosso aprendizado.
Com o tempo, algumas coisas que antes eram indispensáveis tornam-se dispensáveis, o que parecia grande, se é minimizado.
Orgulho do seu crescimento...
Hoje senti uma leveza na alma, uma vontade de rever o passado e dizer o quanto me fez forte, dar lembranças aquilo que vivi com paz no coração.
O medo da entrega me fazia presa no meu mundo, eu tentei dar o melhor mas não foi o suficiente, amei, sofri do meu jeito.
Obrigada por ter feito parte de mim, obrigada pela nossa história, hoje não tem mais lugar para mágoa ou rancor, somente gratidão pelos momentos incríveis, por mais que ainda pense que não fui verdadeira, eu sei que fui.
Mas a vida nos levou a outros lugares, novas experiências, espero que tenha tanto amor quanto merece e que seja feliz pra sempre.
Mais uma noite de olhos abertos...
Aquele sonho não me deixa dormir, acordo assustada, me debatendo de um lado para o outro e nada...
A Insônia veio mais um dia me visitar, essa minha companheira de longas noites não quer me largar.
Se fosse somente manter-me acordada estaria no lucro, mas pensamentos vagueiam e atormentam minha sanidade.
Ela disse que me faria bem escrever, talvez me aliviaria dos pesos diários.
Então aqui estou, tentando mais uma noite, tentando só por mais um dia, como um pé a frente do outro, até que a minha história faça sentido ou não.
Acredito que o sentimento maior que podemos ter, é a gratidão, pois a partir desse, os outros virão.
Não existe data específica para ser grato, temos tanto a agradecer e quando entendemos isso, o ciclo da gratidão nunca se fecha, quanto mais agradecemos mais agraciados somos.
Respira fundo!
Sentiu o ar entrando nos pulmões?
Graça!
O nosso organismo funciona lindamente como uma sinfonia orquestrada pelo nosso grandioso Pai.
Aquele que nos deu a vida e o sentido de viver, nos fez seres pensantes e capazes de discernir o bem do mal.
Nos deu o livre arbítrio, sendo seu amor incondicional, independente das nossas escolhas.
Tenho estado distraída numa caminhada que não era minha, mas Ele me chama a voltar, e sinto como se todo o meu ser corresse desesperado ao seu encontro, pois nada nem ninguém poderá nos separar.
A muito tempo tentei preencher o enorme vazio com coisas dessa terra, e tudo se tornou cada vez mais um nada gigantesco, sem propósito não há destino, somente passos que não chegam a lugar algum.
Reconheço minha total dependência do Cristo libertador, daquele que nunca permitiu que eu me perdesse totalmente, aquele que me ama independente do que eu faça e não há nada que eu possa fazer para que Ele possa me amar ainda mais.
A prova disso foi a cruz, incontestável forma de amor e do valor que eu tenho para Ele.
Isso é um divisor de águas!
Ouvi hoje que as vezes temos a necessidade de comandar nossos passos, mas erroneamente o fazemos, pois nossa visão é tão pequena e restrita a esse mundo.
Como explicar a existência de Deus?
Eu não sei!
Mas sei que não posso viver nem mais um segundo sem Ele.
Ele me mostra outra forma de ver o mundo, de amar até mesmo aquele que não é próximo, de agradecer por um dia nem tão bom assim, pelo simples fato de tê-lo do meu lado me chamando de filha e cuidando daqueles que amo.
Ele é o mesmo ontem, hoje e sempre, Deus forte, poderoso, Príncipe da paz.
E eu só posso agradecer por ter sua presença todos os dias da minha vida e até a eternidade.
Respirando..
Haverá um dia em que vai ficar mais fácil respirar, o reflexo no espelho será menos doloroso, onde a luz irá exterminar de vez à escuridão.
Naquele lugar onde guardei o melhor pra mim, onde passei despercebido, quando mais nada fazia sentido.
Ela me disse que estava preocupada quando me olhei no espelho, que eu precisava reagir e sair dali.
Talvez eu tente algo novo.. E pare de me sabotar, talvez o que eu precise seja de mim, carência de me amar, me ouvir, me acompanhar.
Aprender me olhar com carinho e me tratar com a mesma responsabilidade que trataria outra pessoa.
Talvez o maior erro tenha sido escolher aos outros ao invés de mim, ou talvez uma fuga para não deixar ninguém chegar perto, talvez eu ache que não mereço, ou que já tive chances e desperdicei.
Só sei que o que eu realmente preciso agora, é de mim, é isso é incontestável.
Sentir dor é uma certeza, culpar o outro é o mesmo que dizer que somos imunes ao erro.
Assim penso eu, na minha pequena insignificância.
Apontar e julgar os outros é mais fácil do que reconhecer sua parcela na dívida.
Já fiz muito isso, hoje paro, respiro, respiro de novo bem fundo e vejo onde está minha porcentagem mesmo que pequena, é pedir perdão não é retroceder, é ir adiante.
Vamos lá, pergunte, responda, escreva, gesticule e argumenta seu ponto de vista e esteja atento aodo outro, que não necessariamente estará errado, as vezes só diferente.
Ainda bem que podemos voltar atrás, ainda bem que não somos árvores, ainda bem que nem tudo o que pedimos recebemos.
Por fim, agradecida estou.
Respira fundo e vai...
Vai sem olhar para trás, vai sem ter medo, vai e sorri mesmo que seja de propósito, vai onde a esperança alcançar, onde a voz ecoar ou o canto te chamar.
Se a sensação voltar, escreva, abre o coração sem direção, até que o vento sopre por onde for, levando consigo a dor e o amor.
Vai sem pressa, mesmo que a chuva caia, continue a andar, pois a água lava a alma e leva consigo as incertezas da vida.
Volte a respirar, garota.
Volte a sentir.
Sorria e volte a sonhar, mesmo que caia da cama, volte a sonhar...
A depressão tem sido discutida por especialistas renomados.
Antes o que era tabu, hoje levado a sério.
Sempre fui uma apaixonada pela mente humana, mesmo não sendo graduada nesse sentido, sempre quis entender como funcionamos, agimos e reagimos a determinada dor.
São incontáveis as formas de sentir.
O sentir de um depressivo é quase que insuportável, tudo é em grande escala, mas sempre existe um gatilho, aquilo que nos desgoverna a ponto de perder a consciência do que é verdade do que foi criado pelo desespero.
É tudo tão intenso... A falta de ar, os movimentos involuntários do corpo, a dor física, o desespero emocional, a taquicardia, as lágrimas que regam todo rosto, é um inferno próprio, que muitas vezes temos vergonha de compartilhar.
Mas nesse momento, ao sentir a respiração ofegante, tudo o que não podemos é ficar só. As vezes perdemos o sentido do que é real, daí respirar fundo e lentamente vai ajudar.
Direcionar os pensamentos às boas lembranças também irá nos resgatar do fundo do poço, saber que não estamos sozinhos e que chegamos até aqui, irá nos motivar a continuar.
Descobrir o que nos faz sorrir.
Enterder que o perdão é uma chave poderosa, mesmo quando devemos isso a nós mesmos, pois esse ao meu ver é o jeito mais difícil de perdoar.
Nos encarar na frente do espelho e nos apaixonar por toda força que tivemos até aqui, caindo, parando e continuando, reconhecer que nem sempre fizemos o certo, mas erramos tentando acertar.
Cada um temos uma história, respeite-a.
Como se não bastasse a depressão que acorrenta e transborda a alma, existe ele... o tal do transtorno de ansiedade, que vem de brinde as vezes.
O transtorno de ansiedade é achar que temos o controle do incontrolável.
É como se tivéssemos um punhado de areia nas mãos e saltássemos num mergulho acreditando que a areia continuaria intacta nas mãos fechadas, praticamente impossível.
Para essa prática, costumo falar com Deus, ler, ouvir minhas músicas favoritas, assistir um filme, fazer planos mas não me prender lá, como se minha vida dependesse de dar certo ou não.
Nos frustramos quando colocamos todas as expectativas em algo no futuro.
Eu diria que viver um dia por vez, tem sido minha melhor escolha.
Perguntaram a ela como se sentia, ela disse não ter resposta.
Perguntaram quais seus planos, ela não soube dizer, pois já havia perdido alguns dos seus sonhos.
Ela parecia presa no seu mundo, apática, nenhum estimulo a fazia sair dali.
Já não se sentia confortável perto das pessoas, cansou de falar como se sentia, cansou de se fazer entender, cansou de conviver com pessoas, cansou e cansou.
Ela tentou arduamente buscar dentro de si seus melhores momentos, tentou mesmo sair debaixo da lama, mas nem seus maiores amores conseguem tira-la dali, ela sente muito pelo desapontamento, por ser causadora das lágrimas das melhores pessoas de sua vida.
Suas últimas palavras consciente foram que não tentaria morrer de novo, porém no fundo da sua alma algo já havia morrido, nada a fazia levantar mais, ela só esperava o momento em que deixaria de existir.
Por fim, estamos aqui de passagem, para alguns existir já é um presente, para outros uma questão de deixar a vida passar vivendo aleatoriamente, outros fazem valer a pena...
Para ela viver foi um presente que ela não gostaria de ter ganhado.
Mais uma vez, correndo para meus pensamentos aleatórios.
Mais uma vez tentado descrever em palavras o vazio que aqui está.
O que teria acontecido se caminhos diferentes fossem traçados?!
Podíamos ter uma prévia para saber qual caminho tomar, as vezes agir pela razão nos tira a sensibilidade, e por muitas vezes agir pela emoção nos embaraça o verdadeiro propósito.
Sinto saudade de algo que não vivi, de caminhos que não andei, de palavras que não ouvi...
Somos um conjunto do que vivemos com o caminho que escolhemos e a saudade que deixamos e sentimos.
Viajar é como deixar para trás nossa vida, nossas escolhas. Às vezes viver em comunidade é mais difícil do que possam imaginar. Silenciar a mente, o coração e estar longe, é como recarregar as baterias da vida, porém quando voltarmos a realidade, uma enxurrada de lembranças tomam conta... Como seria bom estar num mundo alternativo, paralelo, onde os recomeços teriam sua vez. Alguns dizem que o quê nos faz mal deve ser cortado e lançado fora... Como se fosse fácil descartar nossa vivência, separar o bom do ruim. Você não sabe do que é capaz até que esteja no auge da aflição. No silêncio e no escuro do meu quarto, sinto o aconchego de uma vida exausta, sinto paz na solidão. Sem explicar o porquê do silêncio e a tristeza no olhar, sem precisar ser quem eu não sou, sem me preocupar se estou preocupando ou entristecendo alguém... Aqui somos eu e meu travesseiro, onde sou o que nasci pra ser, sem a restrição e o aval das pessoas.
É estranho ouvir planos e não se sentir parte deles.
Sentir que todos acreditam em você, quando já desistiu.
Até já desisti de dizer sobre minha completa exaustão, as pessoas não querem a verdade, se contentam em ficar com os olhos fechados.
Hoje me perguntaram se eu acreditava em anjos... Respondi que sim, mas acredito que eles não interfiram nas nossas escolhas.
Miguel hoje não me deixou, me acompanhou de um lado para outro da casa, talvez ele sinta o peso da vida sendo esquecida através de mim.
E agora... Por onde começamos quando não sabemos para onde ir?
Buscar o melhor momento, a propósito o que te lembra um bom momento?
Ah o que me tira do chão... A terra molhada, a fruta tirada do pé, o sorriso despercebido do meu pai, aquele vento que trás o cheiro de café, das flores do jardim ou do bolo recém saído do forno.
Uma boa conversa na beira do lago, ou apenas o silêncio enquanto pescamos.
A família reunida numa oração, a saudade gostosa daquele café da manhã com vista para o mundo.
Esses momentos eternizados me trazem de volta, esse breve lampejo de amor.
Escrevi, li, apaguei...
Procurei respostas, porquê?
Achei o que não queria, li o que me magoaria, tive paz.
Não temos o controle de nada, engana-se quem acha que o controle é seu.
O que temos é a ilusão de acharmos que temos alguma coisa, pois aqui chegamos e vamos sem demora.
Hoje vejo que a liberdade não tem preço, ir e vir a qualquer hora, a qualquer lugar.
Mochila nas costas e espírito livre, meu presente a mim.
Minhas mãos dadas, respiração lenta e coração leve.
Legado pra vida, seja aqui ou lá.
A gente sente quando já não é nosso lugar, e se não for agora passará da hora, e o trem irá embora.
Perde-se o direito de revolta, depois que se vai.
Acostume-se a não ter satisfação, a não ter notícias ou ouvir a voz.
As gargalhadas que outrora haviam, com chocolate derretido pelo rosto não será mais possível.
Nem os bolos no fim de tarde ou lanchinhos na madrugada.
Agora somos eu e meu caminho.
Acostume-se a não falar até altas horas, até que o sono venha ou que esteja tranquilo o coração.
De acordar sem bom dia e dormir sem boa noite.
Acostume-se com a cama gelada e os pés frios.
Acostume-se com o silêncio na multidão barulhenta.
A sentir-se só mesmo acompanhado, a estar triste mesmo sorrindo.
Acostume... Essa é sua jornada até a luz, você fez o que podia e enquanto pode.
Você tentou por anos... Quiz mais que tudo que desse certo, mas deu até certo momento.
Agora nada mais tem a fazer a não ser acostumar-se com a partida, com o caminho que escolheu.
Prece
Obrigada por estar ao meu lado e me amar a pesar de...
Obrigada por me manter em pé a pesar de...
Obrigada por me fazer lembrar o que vale a pena a pesar de...
Me mantém de pé, olhando no espelho e não me deixe me perder, suplico...
Obrigada por me confortar na noite solitária onde meus pensamentos me torturam, ou quando acordo depois de um pesadelo...
Graças te dou por me dar os meus, sendo de sangue ou não, aqueles que sempre estiveram aqui, de perto ou longe.
Obrigada pelo tempo de qualidade e os poucos sorrisos liberados.
Por fim... Agradeço por mais um dia respirando.
Uma corrida contra o tempo, para se ter mais tempo.
Precisamos de tempo para realizar o que ainda não foi feito e falar ainda o que não foi dito.
Me dá um tempo...
Tempo de me encontrar, de viver, de amar e correr.
Preciso de mais tempo, mas o relógio não pára, as horas avançam e eu travo sem saber se elo que eu queria fazer era o que eu deveria fazer ou se deveria mudar o rumo do meu tempo.
Quem acha que me conhece diz que estou sempre com a mochila nas costas, mas não sabe de verdade o caos de errar de novo e de novo.
Eu nunca quero ir embora, mas o receio de estar fazendo errado me impulsiona a correr, e às vezes nem sei do que estou correndo, só sinto que preciso me proteger, me bloquear e me armar.
E agora, o que faço se não tiver mais tempo???
É difícil dizer adeus quando tivemos por anos impregnados, é difícil desfazer laços quando a ligação foi tão apertada que mais parecia nó.
É difícil e doloroso se despedir.
Porém, a dor seria insuportável se desse um passo para trás, a destruição seria iminente.
Alguns dizem que para você conhecer quem está ao seu lado é só separar-se dele.
Nesse período, angústia e dor, tanto que respirar era uma tarefa difícil, textos, vídeos, palavras e atitudes que feriram mais que ácido na pele.
Pedi perdão, mesmo sabendo que a dor que me causou foi sem precedentes, a cicatriz pra sempre estará aqui para me mostrar que jamais deveria olhar para trás.
As atitudes foram destruidoras, impossível de recomeçar de onde se parou.
Traição de alma, de respeito e caráter.
Não, eu não posso me anular, perdoei com certeza, mas é um lugar para o qual jamais poderia voltar.
Então, adeus definitivo é o que eu tenho, e perdão é o que eu dou.
Espaço para o novo
E derrepente tudo mudou, decisões foram tomadas, direções foram mudadas.
Talvez uma forma de fazer algo nunca antes feito, derrepente a alma grita por uma chance de fazer o que sempre quiz, e ao mesmo tempo a razão tem medo do novo, porque a felicidade parece não ser merecida.
Cada dia um passo, cada passo mais próxima do caminho.
Tenho feito algo diferente, ao contrário do pessimismo, tenho focado na solução, tenho tido vários encontros comigo e me convidado a sair, tenho sido gentil e agradável, afinal, o que vale é quem eu sou na verdade, e isso eu sei bem.