Ronildo dos Santos
Em minhas veias corre um veneno, muito pior que todos os outros. Que faço eu? Se a minha única cura mora tão longe de mim. Só me resta esperar, e sonhar. Quem sabe um dia te tiro da ficção para a realidade.
Ao fechar os olhos posso imaginar como seria bom do teu lado estar. Como seria bom nos teus olhos olhar, na tua pele tocar e nos teus lábios beijar. Mas que faço eu? Sim me diga espaço se tu me pões tão longe, e tu tempo que te faz tão cruel ao passar, pois com ela vocês não me permitem estar.
Ao cair da noite vejo as estrelas brilharem intensamente, ah! se eu pudesse derrubaria uma delas para você notar que eu estou a pensar em ti. Mas sou apenas um homem, que faço eu? Se pelo menos eu pudesse te olhar por um minuto, sim apenas sessenta segundos, seriam eles os mais felizes de toda uma vida.
Enquanto escrevo lá fora a chuva cai, cada gota uma tristeza, pois simboliza a descrença no amor que é muito freqüente. Que faço eu? Que sou tão apaixonado e que amo me entregar ao amor, mas não tenho sorte nessa ária... Passo a vida a sonhar e a imaginar nós dois de mãos dadas correndo pela praia, quem sabe, ou simplesmente eu e você; motivo de muita alegria para um reles mortal.
Dizem por ai que um gesto vale mais que mil palavras... Que faço eu? Pois um gesto a ti não posso oferecer, se é essa a sentença farei então mil frases com três palavras: Eu te amo.
Já me faltam palavras, as frases poéticas foram-se para longe de mim... Mora longe de mim. Contudo resta-me uma duvida: Que faço eu?