Ronaldo Schmidt Tupinambá
Minha cabeça inflama...
è um vulcão pronto para a erupção.
Não sei se ela agüenta tanta coisa junta.
No meu rosto está marcado,
A mentira de um sorriso.
No meu íntimo...
A lágrima de um fracasso.
Minha cabeça arde...
Com tantas coisas acumuladas:
Importantes, sem importância...
Reles inutilidades.
E minhas amarguras,
Pressionando meu sentimento,
A ponto de levá-lo para longe do amor.
Minha cabeça lotada
De amores mofados, insensíveis.
E o meu coração cego, surdo, mudo,
Apreensivo, esperando a sua vez.
E a solidão acompanhando meus passos
Enquanto as lágrimas procuram meus sonhos.
Minha cabeça amassada...
Carrega o peso de toda minha frustração.
De tudo o que não fui, mas que ainda
Desisti de ser.
Debaixo de pesos de verdades falsas
Que nunca deram felicidade
Nem para quem foi o criador.
De que modo posso seguir em frente
Se eu não sei o caminho?
De que modo posso seguir essa estrada
Se eu não sei para onde ir?
De que modo eu posso seguir adiante
Se eu não tenho certeza de nada?
De que modo eu posso sentir alguma coisa
Se eu não sei como sentir?
De que modo eu posso ter sentimentos
Se eu não sei o que é isso?
De que modo eu posso ter compaixão
Se os meus sentimentos quase sempre foram desprezados?
A vida as vezes é bela ou cruel
Mas nós temos que ser fortes,
Pois o mundo é tão duro e violento
Que as vezes me sinto farto.
De que modo posso te dar amor
Se eu não sei o que estou dando?
De que modo posso expressar afeição
Se nem ao menos sei como fazer?
De que modo eu posso amar alguém
Se eu não sei o que significa o AMOR?
Mê de apenas uma noite,
Eu te farei sorrir,
Eu te farei gelar.
Sem tanto a ensaiar,
Eu te farei sentir.
O amor de um sonho,
Um sonho antigo.
Eu te farei amar,
Sem tanto a falar,
Somente se abrir.
Me dê apenas um dia,
Eu te farei delirar,
Eu te farei me abraçar.
Sem nada a calar,
Você me devolver.
O amor de um sonho,
Um amor amigo.
Eu te farei dançar,
Sem mesmo ensaiar,
A música do AMOR.