Aqueles a quem amamos têm todos os direitos sobre nós, até o de deixarem de nos amar.
Todo o homem que é um homem a sério tem de aprender a ficar sozinho no meio de todos, a pensar sozinho por todos – e, se necessário, contra todos.
O verdadeiro herói é aquele que faz o que pode. Os outros não o fazem.
Não há mal que não possa ser útil a alguém.
A verdade é procurar sempre a verdade.
Se é preciso na paz preparar a guerra, como diz a sabedoria das nações, indispensável também se torna na guerra preparar a paz.
Aquilo que de todos faz um único homem é o inimigo.
A fatalidade não é senão aquilo que nós queremos.
É belo ser-se justo. Mas a verdadeira justiça não permanece sentada diante da sua balança, a ver os pratos a oscilar. Ela julga e executa a sentença.
Pouco nos importa o êxito. Trata-se de sermos grandes e não de o parecermos.
Ele tinha a força perante a qual os outros se dobravam: a calma.
Nada há de humilhante - desde que se seja honesto - em ganharmos a vida trabalhando.
Se um sacrifício é uma tristeza para ti, e não uma alegria, então não o faças, não és digno dele.
Ao querermos, enganamo-nos muitas vezes. Mas quando nunca queremos, enganamo-nos sempre.
Nada está feito enquanto resta alguma coisa para fazer.
A razão é um sol impiedoso; ela ilumina, mas cega.
O acaso encontra sempre quem saiba aproveitar-se dele.
Os homens inventaram o destino para lhe atribuir as desordens do universo, que têm por dever governar.
A vida não é triste. Tem horas tristes.
Todas as decepções do pensamento e da esperança são secundárias. O único mal irreparável é a morte daqueles que amamos.
Romain Rolland
Pierre Jean Jouve, Romain Rolland vivant: 1914-1919 - Página 259
Quando a ordem é injusta, a desordem é já um princípio de justiça.
Não se faz o que se quer. Quer-se e vive-se: e lá vão dois.