Rodrigo Malan Loureiro Lima
Em seus braços Gaia me pegou e em seu colo voltei a ser menino. No balançar da água me senti protegido como criança perdida após pular nos braços da Mãe. Protegido e amado você me ensina como ser bom e livre.
Obrigado, te deverei eternamente.
Ela já estava lá quando cheguei filho. Filho gerado, carregado, parido, amamentado e muito amado. Cresci mais um pouco e foram muitas risadas, momentos felizes de aprendizado e novidades, como acontece com crianças quando descobrem que existe um mundo gigante, ou não tão gigante, para ser descoberto, mas ela sempre lá. Ensinando, orientando, brigando e dando aqueles empurrõezinhos de vez em quando. Cresci mais um pouco e nesse momento eu descobri que o mundo era muito maior do que ela tinha dito que era. Me afastei, briguei, sumi, me isolei, mas ela sempre lá. Que noites longas, horas infinitas, o relógio de mãe tem muitas mais horas que o normal ou ele apenas passa mais devagar quando o filho está longe? Não sei. Cai, chorei e ela estava lá. Apenhei e ela estava lá. Que luta, mas ela sempre estava lá. Não sabia dizer se na frente, ao lado ou atrás, mas sei que estava. Amadureci e aí notei, ainda bem que não tardiamente, que pessoa genial ela é. Mãe, amiga e colega de trabalho. Intenso!
Quando achava que não poderia ser arrebatado pelo maior dos amores, virei pai. Virei pai, pois a tão amada esposa virou mãe. Uma mãe dupla: gerou um filho e um pai. Revivi uma história linda, de amor, dedicação, ensinamento. Vocês têm noção do que é viver duas vezes a mesma emoção? Ser amado como filho, por minha mãe, e ver o que mais amo na vida ser amado pela mãe dele. Vivi para sentir isso. Que lindo.
Obrigado mãe por ter me parido gente.
Obrigado mãe do meu filho por ter me parido pai.