Robson Gomes
De ano em ano vemos a dança das cadeiras,
Vida em movimento
Mas algo sempre permanece
Aquilo que sempre foi o que foi
Uma rocha nunca sera pluma
Parasitas podem se apoderar de arvores,
Podem ate mata-la, mas nunca serão arvores
Meu coração é pedra e só o terá quem
For capaz de derrete-lo."
As pessoas se esvaziam de amor, como aquele mar que penetra nas areias. Talvez exista criaturas capazes de rosquear os pontos vazantes do mar, mas só Deus pra evitar que as pessoas não se esvaziem de amor.
Eu não quero passar despercebido, eu quero deixar o meu cheiro por tudo o caminho, mas talvez tal fragrância não agrade a todos.
Os poetas nada mais são, que hospedeiros, usados pela divindade, para expressar sentimentos que não conseguimos ver.
Olhas para o céu, vês ali ? Aquele elegante branco flutuando como algodão.
Se vê apenas nuvens, é porquê sua visão poética não funciona.
Nada de fora pra dentro é tão belo quanto de dentro pra fora. Embora os olhos se alimentassem primeiro que a boca.
O passarinho se despede do ninho,
Em busca do seu caminho,
Abre as asas para voar.
Se encontra com um mundo repleto de vaidade,
Meio a tanta maldade,
Nao pode ficar em um só lugar,
Migra no desconhecido,
Entre caçadas e perigo,
Ate a alimentação encontrar.
Fugindo de armadilhas, quase se entregou a isca,
Livre do aprisionar,
Mesmo sabendo da história da gaiolas, sem predador e comida na hora,
só para assobiar.
Já cansado de tanto perigo,
Quem sabe essa gaiola faz sentido, e lá vou poder descansar,
Armadilha acionada, comida na caixa.
E só um buraco para respirar.
Novidades para a vida, aprendeu uma língua e começar falar.
Hoje sem liberdade vendo o horizonte da grade.
Nao posso escolher a música a assobiar.
Ainda não é o problema, tem o dilema depois de anos fecham as janelas, abrem a gaiola e com as asas cortadas querem me forçar a dentro de casa voar.
Robson Gomes
@Gomes. rbs