Roberto Freire
Roberto Freire nasceu em São Paulo, em 1927. Formou-se em Medicina no Rio de Janeiro e especializou-se em psicanálise.
É considerado como um dos grandes divulgadores das teorias de Wilhelm Reich no Brasil e deixou pesquisas importantes sobre o corpo no ambiente psi. Também desenvolveu práticas que abordavam a interface da psicologia com a política.
Foi o criador da SOMA, um tipo de terapia, que se baseia nas idéias de Wilhelm Reich e nas técnicas do Jogo de Capoeira Angola.
Roberto abandonou a psicanálise no início da década de 60 e passou a se dedicar ao teatro e ao jornalismo. Voltou às atividades terapêuticas alguns anos depois, para descobrir um método literário que pudesse servir as pessoas com problemas emocionais, de qualquer nível social e econômico.
Ainda na década de 60, durante a ditadura militar, Roberto Freire participou ativamente de atividades políticas e culturais. Por isso, foi preso e torturado, de 1963 a 1979. Foi durante esse período que perdeu a visão do olho direito.
Escreveu romances que renderam vários jovens fãs ao psicanalista e escritor, como “Cléo e Daniel”, de 1965, “Coiote”, de 1988 e “Os Cúmplices”, de 1996. Também teve êxito ao escrever na área da psicologia e política, com os “Ame e Dê Vexame”, “Utopia e Paixão” e “Tesudos de Todo Mundo, Uni-vos!”.
Além disso, Roberto Freire realizou diversas conferências por todo o país, para debater sobre suas obras e levou um grande número de jovens para esses debates.
Roberto Freire também foi um dos editores da revista Caros Amigos, redator de programas de televisão como “Malu, Mulher”, “A grande família” e “Obrigado, Doutor”.
Roberto Freire morreu em 2008, aos 81 anos.