Rjevangelista

Encontrados 12 pensamentos de Rjevangelista

Rosa Adry


Tu és para mim uma prece!...
Oro curvado aos teus pés
E rogo-te em nome do Amor
Que embala o nosso viver,
A eterna fidelidade de Amar!...

E nesta amplitude de querer e possuir,
Triste e desesperado,
Ajoelho-me apaixonado,
Clamando o teu corpo - alucinado prazer...
Envolvido no calor da tua boca e desejo.

E neste bailar das nossas vidas,
Aninhado ao teu lindo e alucinante corpo,
Oh doce Nina!... Aninha!... Nininha do céu...
Rosa Adry dos dias meus...
Vem, bela e formosa Menina/Mulher!...

A ti, suplico exaustivamente
O silêncio de minha dor,
E o desespero da minha paixão...
E nesta Tempestade de Amor e Tudo, e Nada,
Desmaio e morro sobre o teu corpo e encanto, minha Doce Amada...

E enquanto tu celebras a tua alegria
Em saudosa sinfonia de Aniversário de Natalício,
Eu, morto e esquecido, vou rasgando um papel
Mofado e amarelado: "um contrato de casamento",
Para construir uma união estável onde possamos Viver e Amar.

Serena, brava, ousada e cheirosa é a minha Menina...
Beijo-te e degluto a saliva para me alimentar...
Desta forma, Minha Nininha, vivemos a transição
De um mundo tortuoso e cheio de indiferença,
Para mergulharmos no oceano de vida, Amor e Amar...

QUANDO SETEMBRO VIER!...


Ah!...

Quando setembro vier!...

As flores em primavera...
Felizes e alegres a bailar farão festas...
E em festas de primaveras...
Embriagado de amores: Ana, Adry, (aninha)...
Torto e coxo de felicidades...
Certamente
Estarei velho...

Ainda assim...
Decrépito e chato...
Sairei correndo envergado
Até a Feira de Santa Ana...
Chegando a Princesa do Sertão...
Gritarei como o trovão o teu Santo Nome...
Oh minha doce e querida Ana!...

Atirar-me-ei em teus braços...
E teus doces pés beijarei
Como ponto de partida...
Para alcançar os teus lábios querida...
Oh Mar de prazer e loucura!...

Banhar-me-ei de suor, amor e vida!...
Amar-te-ei em plena Avenida...
Avenida Maria Quitéria...
E descarrilado lá se me vou trem bala
Neste cenário deserto...
Onde o nosso Amar declamará versos...
Gemendo Doces Sinfonias...

Aninha!...

Meu
Lindo
Amor!..

Inserida por Rjevangelista

Ladeira de Sant'Ana


Todos os dias, ao retornar da escola,
Passo por uma ladeira
Que tem uma igreja,
Que tem uma funerária.

Na igreja - o homem morre,
Na funerária - compram-lhe o esquife...
E nos cemitérios do Brasil enterram-lhe
Para sempre...

Largo da Palma


Tarde de sábado...
O silêncio mistura-se ao passado
Que ainda vive na simplicidade dos casarios
A mais pura e doce harmonia...
A preguiça das ladeiras...
O acanhamento das calçadas...
Tudo são marcas de outrora...
Por essas ladeiras negros subiram e desceram como burros maltratados...
No vai-e-vem de sofrer e cansaço, pisando nessas pedras em pés descalços,
Brotaram calos e mais calos - nos pés e alma. Doce injustiça...
Observe em sua volta. E observe com carinho...
De um lado, Roma ergue-se envergonhada;
D'outro, o Instituto de Letras caindo aos pedaços - entrega-se a velhice em desespero...
Além, lá no alto, lá em baixo, puteiros desmoronam-se em prantos...
É a antítese da vida: humanos abandonados; desamor, luxúrias, encantos, injustiça e desencantos...
Aqui, no barzinho da esquina, tudo se confunde:
Samba, cachaça, Roma, bichas, capitalistas, senhoras e Putas...

Literatura é toda e qualquer forma de sentimento aos vômitos derramada com a finalidade de eternizar o sentimento artístico de quem escreve(evangelista da silva).

As grandes fortunas submetem às NAÇÕES à DESGRAÇA. Não importando raça, cor, ou religião. O ser "humano" é a execração da vida terrena!!!(evangelista da silva)

Sinto a madrugada arriar-se pesadamente sobre meus ombros e corpo, o seu cobertor pesado e umedecido de sangue... do meu sangue que jorra no leito
da noite deserta e órfã... Enquanto tudo transcorre agonizantemente... Ela...
serena como uma criança morre... dorme... suavemente em seu leito virgem
esquecida que o mundo para mim se abre em pedaços de tristeza e solidão .
E Ela... ainda acordada tivesse... que se dane o mundo mesmo por que Ela...
não sou eu. Eu sou de mim a tristeza; em meu próprio mundo morro vigilante
a tudo... enquanto Ela... dorme profundamente... C'est la vie mon amour...

(evangelista da silva)

É carnaval. O grande circo está empilhado de BICHOS, e os PALHAÇOS desempenham as suas tarefas, - cada uma mais bizarra que a outra. Uns gargalham a humilhar em suas piadas; outros, gemem em gargalhadas e gritos, e prantos, e dor. Mas haverá sempre uma quarta feira de cinzas para apagar as chamas de uma Fogueira Santa da esperteza, ilusão e sofrimento.
(evangelista da silva)

Inserida por Rjevangelista

O amor é uma fonte inesgotável de onde brotam as grandes paixões.(evangelista da silva)

Coração - Bomba Atômica da Vida


O coração, este falso sentimental ditador,
Dá ordens a quem pensa, e controla a vida de quem ama.

O coração pulsa a vida afirmando a morte.

E tudo começa pelo coração...
Ainda que o cérebro sinalize a não aceitação da vida,

É nele, no coração, que existe o comando do passo e compasso.

O cérebro desistindo, o coração insiste;
O coração desistindo, o cérebro diz adeus - não!...
E, neste presente momento, é que os anjos se encontram -

No afago da vida, após a sentenciada
Desistência do corpo físico de viver,

O coração, amigo, nada sente; todavia,
Impõe ao cérebro o seu capricho.
A existência depende não de quem sente,
Mas, infelizmente, de quem manda sentir.

É a vida!...

(evangelista da silva)

Desaba a madrugada nos ombros da minha existência. E nesta hora de tanto pavor e solidão, só a morte me consola em saber que sou imortal porque vivo. Ah que desgraça de ilusão é viver e morrer na realidade inconsciente de quem teme a dor e desfalecimento em agonia. Será morrer uma outra ilusão?... Sei não. Qual sábio explicar-me-ia com tamanha ironia não saber?... A filosofia poderia... A psicanálise, não. Não!... Nada explica tamanha covardia de viver. E você, que pensa de sua morte, e vida, e tudo, e nada?... Sei. Viver é um estado de euforia que vai de uma infinitude de graça, a um zero de tristeza e agonia. Mas viver vale a pena porque iludir-se é a maior realidade de quem vive. Aliás, viver é a maior das confusas realidades. Amar e ver o sol se nos basta. (evangelista da silva)

J. Rubens!...


Se foi!...
um amigo,
quando amigo
já não se há!...
eis que chega ela,
a infame e sacana desonra!...
a morte...
esta inimiga inseparável
tragou o meu único e terno amigo...
e ele sumiu no vão do infinito
sem ao menos dizer-me adeus!...
inexplicavelmente não houve tempo...
soube depois...
e neste vazio que se nos separa à vida
ele sumiu eternamente...
e como o éter diluiu-se no ar!...
que desgraça é a morte!...
sabe de uma coisa?...
sinto sede de ser ateu...
mas como se me explicar tudo, - Deus!...
se ao menos sei lá quem sou?...
é morrer no esquecimento dos meus desenganos!...
Ah, morrer...
é a pior das sinfonias...
ouço Beethoven a 9ª
e ela se me desperta para a Valsa do Adeus!...
e no barco da morte viajo no tempo
perdido nesta triste agonia...
é Zé...
Santo Antônio de Jesus não há mais...
você partiu daqui à senda do infinito...
que irônica é a vida...
sem tempo de se nos despedir!...
quem sabe, um dia, talvez
encontrar-nos-emos para sorver
quem sabe...
a última cerveja!...
meu amigo...
Adeus!...

(evangelista da silva)