Eu não insisti em andar pelos campos da saudade
O nosso amor já deixou de estar em compasso
nos meus desenhos agora é só mais um traço.
escrever é a força do poeta
a estrada é longa
mas se fosse fácil
qualquer um faria
E o teu doce hálito de cereja
quando nos beijamos debaixo das macieiras
como se escrevesse numa página do livro da minha vida
“nunca me esqueça”
Assim como o sol tem a lua
eu tenho a poesia
eu e você
nos veremos algum dia
E quando eu virar a página
quero que seu rosto desenhado
fique para trás
Amor, para mim,
tem nome de gente
endereço, telefone
e um “retorne ao remetente”
Se todas minhas lágrimas virassem estrelas
então ao menos eu deixaria o céu mais bonito
Fico pensando em nós
em nós
em nós
em nós
até um dia nascer
a nossa nogueira.
ficou vendo as oportunidades irem embora
como libélulas em uma tarde de verão
viver e amar é uma guerra
Vejo as linhas do horizonte
parece que saem de mim
qual o tamanho de um sonho?
foi feito para não ter fim
Tudo que deixei de dizer
virou ouro
mas onde eu enterrei
meu tesouro?
queria que minhas palavras
fossem girassóis para você
me apego às fotografias
porque são a única coisa que restou
se apenas minhas palavras fossem
rosas e cravos caindo na neve macia
do seu coração
lembre que as folhas que caem no outono
se tornam flores na primavera
E que no meu coração
seja sempre primavera
Ainda neva
em meu coração
Quando vejo o céu estrelado
sei que não vivo mais só
estou mais seguro agora
agora que penso em nós
Você é uma constante
em um mar de variáveis
tanta fúria e eletricidade sem direção
não são mais do que as batidas do meu coração
A sós é quando
as duas solidões
podem se encontrar