Ricardo Ferraz
Eu sempre acredito que, em algum canto, alguém quando fecha os olhos faz a minha vida caber inteirinha em seu pensamento. Isso me dá a certeza de que as pessoas vagam por ai, e se aninham, umas nos corações das outras.
Ricardo F.
(...) Eu ainda te guardo na esperança, num cantinho do meu coração que insiste em não desistir de nós, nem dos nós que nos entrelaçam.
Ricardo F.
É incrível essa sensação que tenho de me apaixonar por você todos os dias, a cada vez que te vejo, como se fosse sempre tudo pela primeira vez.
Ricardo F.
Me encanta pessoas que não desistem, mesmo sabendo elas que podem ir quando quiser. Pessoas assim me têm por inteiro, porque não existe nenhuma prova de amor maior que aquela que insistir com aquilo que o mundo desistiu faz tempo.
Ricardo F
(...) E de repente, você dispensa respostas porque elas deixam de fazer sentido. Você simplesmente descobre que o verdadeiro sentido de tudo sempre esteve contigo, do seu lado, no lado mais bonito e precioso que existe no ser humano, o lado de dentro. É lá, onde juntamos todos os nossos maiores valores, que entendermos que o amor que guardamos por alguém já é resultado de todas as nossas dúvidas. Dar amor é uma dádiva. Feliz é aquele que ama. Abençoado é quem sabe ser amado. De sorte é aquele que colhe amor em troca.
Ricardo F
Só passando pra te lembrar que você vai morrer um dia, tomara que sua vida seja longa, assim como espero a minha, mas um dia a gente vai, e pode ser hoje mesmo antes do fim do dia. Portanto, viva bem o que te foi dado, não guarde rancor, mágoas, não deixe que as palavras apaguem sua luz, mas também não apague a luz de ninguém, deixe que cada um conduza a sua vida como achar certo conduzir, apenas faça a sua parte.Tenha mais paciência, mais solidariedade, mais empatia, disposição em ajudar, estamos todos no mesmo barco, e ninguém sabe da carga emocional que o outro carrega. Tenha mais interesse por si próprio, sorria mais, esqueça um pouco os problemas de trabalho, as dificuldades do relacionamento, se agarre mais à você, deixe que as pessoas te vejam como você é, não se maquie tanto nas redes sociais nem na vida, não faça de sua existência uma mentira, porque você é a única pessoa que pode te julgar, a sua consciência é Deus te dizendo até que ponto você está certo ou errado. Não subestime você mesmo. Você tem a força necessária pra ser quem você quiser ser, como também é responsável por tudo aquilo que cria, por isso não se vista de coisas que você sabe que não é, a vida é rápida demais para a desperdiçamos com tantas futilidades que nos são oferecidas, com tantas ilusões prometidas e julgamentos sem sentido. Perca o medo de dizer quem é, a que veio, o que quer encontrar, e se ainda não encontrou, se ainda não descobriu, uma hora ou outra as coisas se viram à seu favor, e tudo se ajeita. Viva, faça o hoje valer a pena, mas jamais engula suas raízes, não se esqueça nunca dos seus pés descalços, de seus calçados divididos, de seus cabelos desgrenhados, das roupas emprestadas. Seja sempre a mesma pessoa, e, se acaso sua vida estiver em outro nível, em outro patamar, seja feliz e agradecido, mas jamais se esqueça que outros ainda não chegaram ou não chegarão até onde você está, portanto, é você quem precisa entender que não pode se esquecer de quem já foi um dia. Você não é responsável pelo que as pessoas são, mas deve ser consciente de quem você é, ou de quem um dia já foi. Então, gratidão é a palavra do dia, e que a humildade te faça companhia enquanto você existir.
Ricardo F.
Porque se você olhar direito, verá que sempre se reflete dentro dos meus olhos. Não é aquela coisa boba, primeiro amor, coisa de adolescente, é algo diferente, algo que marca muito mais do que coisas que nos esquecemos com o passar do tempo. Podemos viver histórias incríveis por nossa vida afora, ou podemos simplesmente estacionar no tempo, e deixar que essas histórias nos viva. Somo todos, minha querida, parte de algo muito maior que nenhuma razão conhece, somos corações dilacerados, mas que aprenderam a se encontrar naquilo que nos faz bem, e é por isso que a gente não tem vontade de ir embora, é por isso que a cada dia arrumamos um pretexto pra demorarmos mais um pouquinho. A gente gosta de se aventurar, de correr riscos, de conhecer o mundo, mas não há nada melhor do que o dia que a gente se encontra com o coração em paz com alguém.
Ricardo F.
Já não sei mais se o amor me faz bem ou mal. Porque o amor tem essa coisa de céu e inferno, salgado e doce, felicidade e solidão. Amor é o extremo de nossa loucura. Aquilo que nos mata com o nascer do sol, e nos faz renascer antes do fim do dia.
Ricardo F.
Há alguns dias atrás, eu estava sentado numa dessas lanchonetes com mesinhas de madeira pela calçada larga, tomando uma cerveja, enquanto aguardava um sanduíche ficar pronto pra eu levar pra casa, quando de repente, avistei um casal com um carrinho de bebê vindo na minha direção. De longe, a moça que segurava um paninho amarrado à uma chupeta não me era estranha, e realmente me lembrei dela com muita facilidade quando se aproximou da mesa onde eu estava. Estava um pouco diferente, mais velha, com os cabelos um pouco mais claros que antigamente, mas continuava muito bonita, e automaticamente a reconheci. Ela sorriu pra mim, e tenho certeza que para ela também veio aquela conexão com o passado. Eu me levantei, a gente se abraçou, e sim, claro, aquela velha frase começou a conversa: "Nossa, quanto tempo!". Me apresentou ao marido, que empurrava o carrinho, um cara de um sorriso simpático e tranquilo, boa praça. Me disse que estava morando em Londres há não sei quantos anos, nos falamos um pouco, me mostrou o filho Lucas de 10 meses, e eles foram embora. Eu me sentei novamente e me pus a pensar e lembrar de alguns fatos passados. Me lembrei de um amigo que há muitos anos também não ouço falar. Me lembrei do Jhonny, lá da minha adolescência nos anos oitenta ainda. Jhonny na verdade era João, mas todo mundo chamava ele de Jhonny por se parecer tanto com o Steve Perry do "Journey", e sei lá, ele usava sempre a mesma jaqueta surrada de couro, alguma coisa remetia ele ao rock, punk, acho que todo mundo achava mais underground chamá-lo assim. Jhonny foi colega meu de escola, e amigo nas horas vagas. A gente sempre se encontrava, e ele era apaixonado por Elisa, a moça do carinho de bebê. É impossível voltar nos meus tempos de adolescência e juventude, e não me lembrar de quantas serenatas fizemos para "Lis", de quantas rosas roubamos nos quintais e deixamos na janela para ela, quantos bilhetinhos ajudei Jhony a escrever e ainda desenhava meus corações tortos, quantos planos os dois me contavam sobre ter filhos, comprar aquele som 3x1, aquela viagem pra Ubatuba que nunca aconteceu. Quantas vezes tanto Jhony quanto Elisa choraram um pelo outro no meu ombro e eu tinha de dizer: vai ficar tudo bem, quando na verdade, com o tempo, mal podia acreditar que jamais ficaria bem. Sabe, fiquei pensando sobre tantas coisas, tantos sonhos, tantas loucuras que fazemos em determinado momento nas nossas vidas, e que no fim, no outro dia, muda-se tudo. A vida segue, flui, os objetivos diversificam, as pessoas mudam, nós mudamos também, algumas vezes nos perdemos delas, mas sempre nos reencontramos em outras. No fundo, tudo se ajeita, tudo se encaixa dentro daquilo que mais precisamos no momento. Não sei por onde anda Jhonny, mas sei que pelo que sempre o conheci, ele está bem. Com certeza tem uma vida tão boa quanto Elisa, e de certa forma, me fez bem pensar assim. Me levantei, peguei meu sanduíche, paguei, saí de lá, parei na esquina, fechei os olhos por um milésimo de segundo e disse pro nada: Jhonny, segue firme ai velho, a Lis tá bem!
Ricardo F
Quem habita dentro de alguém, não percebe; mas mora também nas horas, nas melodias, nos poemas, no sorriso, no mais curto espaço de tempo entre uma batida e outra do coração. Mora na esperança, vive desde quando o sol nasce até o fechar dos olhos. Quem habita dentro de alguém, também mora nos sonhos, quando dormimos ou quando sonhamos acordados.
Ricardo F.
Eu sabia que não era assim, mas gostava de imaginar que as pessoas não magoavam as outras, mesmo que sem querer. Eu gostava do tempo em que tinha que me preocupar apenas quando meu brinquedo se quebrava, ou quando ficava em apuros se meus pés não alcançassem o chão toda vez que subia em árvores. Tempo em que o corpo apenas sentia os cortes, e o coração absorvia e perdoava um simples “tô de mal.”
Ricardo F.
Acho que todos nós chegamos num momento da vida da gente que a gente desisti, e não é por falta de vontade de continuar lutando, é que a gente cansa de brigar pelo que que não existe.
Ricardo F.
Que eu não me permita jamais deixar de amar. Nem que isto me custe o meu coração e o meu orgulho. Só ama quem primeiro se ama, portanto; o que é que me custa doar a alguém o que já sobra em mim, excessos do meu amor próprio?
Ricardo F.
A gente se encanta mesmo é pelos detalhes, traços bonitos até são bonitos de se ver. Mas não há traço mais lindo do que aquele que fica desenhado com amor no coração da gente.
Ricardo F.
Eu amo, com todas as forças das palavras que saem da minha boca, em todo silêncio que por vezes eu faço. Com toda insistência do meu coração, e em cada desistência que por vezes em mim enxerga. Com todas as falhas em minhas atitudes, com todo erro tentado acertar. Com toda fraqueza que às vezes demonstro, com toda força que luto para escondê-las. Com todos os meus defeitos, e com tudo aquilo que tenho de melhor. Eu amo, pelo simples gesto de poder te olhar, de poder te ouvir, de poder saber que simplesmente em ti eu existo. Eu amo, por saber que muitas vezes te quero melhor que a mim mesmo. Por toda dedicação que vejo em suas atitudes. Por todo amor que respinga de teus olhos toda vez que me olhas. Eu amo pela sua presença, eu amo pela falta que faz quando não está perto. Eu amo por saber que onde quer que esteja eu ainda estou junto, eu ainda estou dentro. Eu amo em todas as línguas, em todas as letras, em todos os poemas, em todas as canções, eu amo. Eu amo, simplesmente amo, e se duvidar de mim, eu a amo de novo.
Ricardo F.
Somos donos de nossas escolhas, mas não daquilo que guardamos no coração. Fazemos o que achamos certo de se fazer, o que convém para nossa vida, para as pessoas que nos amam e que precisam de nós. Aceitamos a nossa sina, tentando ser feliz dentro daquilo que nos cabe ser. “Ver sempre algo de bom em tudo que fazemos”; talvez essa seja a melhor frase pra continuar com um sorriso na cara, mesmo que o coração esteja tão de longe. Somos muitas vezes cruéis, matamos emoções, sepultamos sentimentos, respiramos fundo e seguimos em frente, porque com o tempo, a gente entende que nem tudo que nos é verdadeiro, verdadeiramente é para ser para nós. Ninguém escolhe o que o coração acolhe, e mesmo que o coração escolhesse quem fosse por pra dentro, ainda assim, alguém entraria sem bater.
Ricardo F.
(...) Sabe, às vezes a gente sonha e entende que sonhos são imprevistos que acontecem, pra nos dar um gostinho, nem que seja dormindo, de tudo aquilo que sonhamos acordados.
Ricardo F.
(...) sou de todas essas canções que falam de amor, como sou também parte de toda escrita não concluída. Às vezes tenho metade do que posso ter, e outras, sou excesso naquilo que não posso ser. Sou vento, tempestade, sol e calmaria, tudo junto ao mesmo tempo, tudo isso num só dia. Sou tão simples que qualquer um consegue me ler, e ao mesmo tempo tão difícil que nem eu consigo me entender.
Ricardo F.
Pois pode ser que onde quer que esteja, aquela música toque, e quando ela tocar, você vai sentir que nada mudou, acho que até o cheiro de nossas conversas passadas lhe virão na memória, te lembrando sempre que eu sempre estarei do seu lado. Distâncias são apenas medidas que separam corpos, mas não sentimentos. Vai te dar aquela vontade louca de pegar o celular e dar nem que seja um oi, mas quando enfiar a mão na bolsa, você vai sorrir e deixá-lo no mesmo lugar. Alguma coisa no seu coração vai lhe dizer que não precisa nada disso, porque eu sempre estive com você, em você.
Ricardo F.
Às vezes eu sinto falta dela, sim, eu sinto falta dela. A gente se falava, a gente se curtia, a gente ria, não havia medo nas palavras, porque a gente se entendia. Sempre dávamos um jeito, sempre caçava aquele jeitinho, e no final, tudo dava certo. Gostava de ouvir sua voz, suas músicas, suas histórias, mesmo que elas algumas vezes me ferissem sem ela perceber. Eu sinto falta do cheiro dela, de olhar nos olhos, sinto falta do jeito que ela me olhava, do tempo em que o tempo pra nós não existia, a gente o fazia. Sinto falta das ligações fora de hora, das fotos dos pratos, falta das nossas conversas completas, sem rodeios, onde a gente começava uma história e terminava a mesma, no mesmo dia. Sinto falta do tempo que ela tirava pra mim, pra poder me ouvir. Eu sei que a vida mudou, que os planos mudaram, e talvez ela nunca tenha percebido a falta que faz pra mim, a falta daquilo que era tão nosso, mas se perdeu com o tempo. O amor, bem, talvez o amor não tenha mudado, mas as coisas mudaram, os ciclos se fecharam, as fases passaram, as páginas viraram, o amadurecimento chegou, e com isso, os caminhos se tornaram outros. Eu sinto falta dela, é muito complicado ter algo tão perto, tão dentro, mas ao mesmo tão longe, e cada vez indo para mais longe. Não sei o que vai ser amanhã, e mesmo que ela nunca perceba, eu sinto falta dela, hoje.
Ricardo F.
Eu amo você, sabe? Tá, eu não queria logo de cara te dar um susto destes, mas a verdade mesmo é essa, eu amo você e pronto! Eu não te amo como quem acaba de encontrar a chave do paraíso, com vaidade ou deslumbramento, não, eu amo com uma certa prudência necessária de quem já se desencantou muitas vezes na vida, mas hoje ama o mais puro do amor, o amor com elegância e confiança total no que sente e no que diz. Talvez, isso possa ser classificado como um amor maduro, embora que, quem pode dizer ao certo que é preciso maturidade pra se amar de verdade assim? Ninguém né. Então, de repente, a gente se pega sonhando, imaginando, respirando do mesmo ar, suspirando pela mesma pessoa, e é nessas horas que encontramos aquilo que tanto procuramos por nossa vida toda, e que, muitas vezes, desenhamos como algo tão impossível. Nós descobrimos que chega a ser tão simples que até assusta. Penso que amor não tem hora, não tem lugar, e que ele, o amor, pode vir até no vento, no cheiro daquelas coisas que ficaram guardadas na nossa memória, cheiro de sonhos antigos que de repente se exalam na nossa frente e nós os reconhecemos. Então, eu não quero te assustar, mas às vezes ele acontece sim, e assim, deste jeito mesmo, no susto.
Ricardo F.
[...] e Deus sempre dá um jeitinho de por um pouco de tempero em vidas que se acham sem graça.
Ricardo F.
(...) Eu acredito sim, que é possível se apaixonar várias vezes pela mesma pessoa, pois toda vez que quis fugir deste amor, eu, mais uma vez, me apaixonei por você.
Ricardo F.
[...] todos temos segredos, e alguns deles a gente faz questão de deixá-los lá, guardadinhos, no fundinho da nossa alma, como uma lembrança de que muitas vezes a nossa felicidade independe de mãos para nos tocar, ou de braços para nos abraçar. Felicidade vive no amor que a gente carrega no coração, e o coração vai ser sempre uma caixa inviolável de muitos segredos.
Ricardo F.