Renato Teixeira
Rio Abaixo
Tem dias que eu acordo meio estranho
As flores brilham quando eu as apanho
E o sol me bate de um jeito novo
Lá fora o mundo é tão perigoso
Depois daquele morro tem um rio
E pelo rio vai seguindo o meu rebanho
Não ia lá, tinha medo, tinha frio
Agora eu entro no riacho e tomo banho
E assim nós vamos indo pouco a pouco
Rio abaixo, a correnteza nos levando
E a vida faz com que eu me sinta meio louco
E eu vou nadando, vou nadando, vou nadando
Rio abaixo, tem que nadar com a multidão
Rio abaixo, olha o ladrão, o cidadão e o figurão
Rio abaixo, alô João, tem que nadar com a multidão
Rio abaixo, pro oceano
O oceano, o oceano, o oceano, o oceano
Rio abaixo é o rio do rebanho
O oceano, o oceano, o oceano.
A amizade sincera é um santo remédio
É um abrigo seguro
É natural da amizade
O abraço, o aperto de mão, o sorriso
Por isso, se for preciso,
Conte comigo, amigo, disponha
Vejo a vida e me espanto
Pois não compreendo
Por que ela correu tanto
Na manhã da vida
De alma ensolarada
Tudo era um querer
De querer tudo
E sem querer não querer nada
"O amor tem muitas maneiras
De parecer que morreu
Mas um amor nunca morre
Finge apenas que esqueceu"