Rebeca Denise

Parece loucura,
mas
eu sei quem sou
e eu não me rendo
não rendo a mim mesmo
nem mesmo por amor
porque se você se perdeu
então quem ficou?
não pode existir nada
além do que sou.

Queria te ter
até amanhecer
e ver o entardecer
todo dia com você
dormir entrelaçados
com beijos ofegantes
e
um abraço apertado.
carne com carne
pele na pele
osso sobre osso

conjuga-me com teus lábios
e reuna meus pedaços

quero morar no teu abraço

Intensa
vivo transbordando
me perco procurando
algo que não consigo achar
mas me pego sempre buscando
esperando
algo que parece nunca chegar
será que desejo a mim mesma encontrar?

A rotina do dia
anda atrapalhando minha poesia
me esqueço de sentir
o amor que sinto por ti
mas continuo...
ando procurando a arte por onde vou
como uma partícula quântica
eu sou
aleatoriamente estou,
a procura do que parece ser o amor
quem sou eu:
imprevisível
inconstante
transgressora
banal
sou vênus
contrariando a norma astral
dizem que o ser humano precisa de caos
...
me parece raciona

Ontem eu era poesia
Hoje já não sou
Mas te quero todo dia
Até sufocar de amor
Quando estamos juntos
Já não sei quem sou
Uma só carne nos tornarmos?
Morrerei de amor
Quero.
Me.
Despedir.
Desse nosso lance
Cansei de esperar
Estou em transe
Apavorada por não
Poder
Querer
Viver sem você
Assinei minha sentença
Já posso morrer

Aqui; sozinha comigo...
Dias de terapia, me re-descobrindo
Ampliando conceitos e caminhos
Meu desejo é que minha mente flua como o álbum que tô ouvindo
Petricor me faz flutuar poesia
Emcontro sentido enquanto sinto
Sou mar, então vou fluindo
A arte me alivia, acalma a tempestade dos dias
Desligo a mente na tua melodia
Sensações tem supremacia

Meu amor me dilacera
Te venera
Suga minha energia e traz a melancolia da espera
Vem, me desperta
Desculpa flor, nosso amor é sequela
Sentimemto nunca foi suficiente
As circunstâncias é o que guia a gente
Nada conspira a nosso favor
São trinta dias de dor e dois de amor
Mas sempre me curo com o teu calor
Se te seguro, pulo no escuro
Tu tem o poder de me dar ar puro
Agora. Nesse instante. Respiro a dor.
Abnegar de você é
Desesperador

Sufoco

Esse amor sufocante
Me traga a todo instante
Idealização
Desejo
Meu único sonho na vida é achar a companhia que mereço
Carne com carne, somos um
Sem ti não respiro, me sinto só
Se te amo, te quero aqui
Em mim
O entrelace que me mantém não te detém
Por isso somos incompatíveis até o fim

Viver é não ter
Apreciar o nada
Mergulhar na loucura de não ser
É não entender
Se contradizer
É amar e odiar
É destruir quando se quer mantêr
Na vasta imensidão de sentimentos
Não tem um que mantenha o sustento
Pés no chão pode causar tormento
De vez em quando voar se torna o entorpecimento

Insatisfeita

Não existe pessoa capaz de me dar o que preciso
Peço demais, apesar de não compreender o motivo
Na minha percepção, presença nem deveria ser um conflito e sim um instinto, é requisito
Relação é feito de no mínimo dois
Viver só é pra quem não encontrou teu calor
Quando amo, sou oceanos
Cheio, vasto e em prantos
Só me diz, por que preciso de tanto?

Não me possua
Me carregue e suporte minha densidade
Tudo que sou, que não sou, que serei
Compartilhar o peso de existir
Sempre sentir
Relacionamento não é sobre o que uso para vestir
Se meu corpo não é socialmente ideal
Não te importa, porque nosso contato é carnal, não meramente visual
É sobre conhecimento
Poros abertos - diálogo entre peles
Comunicação sensorial
Essa merda é sensacional
Você tem que querer se afogar
Na superficie eu não consigo estar

Tu me confundes tantosl
Suas reações me causam espanto
Não sei se fico ou se vais
Não sei se ainda me queres
Ou se já não me ama mais
Detalhes que passam despercebido
Causam um caos desmedido
Não nego que houve um erro cometido
Mas suplico que retorne com teu sorriso
Com você os dias são sempre floridos

Eu sou toda errada

Eu só queria te dar amor, mas também sou dor
Milhões de reflexões por segundo
Criam meu caos profundo
Com consciência de cada pensamento
Confesso minha podridão e me rendo
O que me falta é sustento
Para estar na solidão do momento

O que eu espero de você, tu não pode prever
Muito menos prover
Sempre insuficiente, teus dias são quentes
O amargo da mente me sufoca e ressente
Lágrimas são quase transparentes
Lágrimas que me são recentes
O choro daquela que sempre sente
Na alma a falta do que não preenche

Gosto do cheiro que sai dos teus poros, por isso te devoro
Viajo nos teus olhos, perco-me se a ti olho
Sua presença me embaraça os sentidos
Nas minhas entranhas sinto um gemido
É desejo que me cerca
Rendo-me e te entrego minha matéria/pérola

Amor é dor
Calafrios nas mãos
Insônia com razão
Peito apertado
sensação de aflição

Vem, muda meus dias
Minha rotinha
Minha vida
E depois me deixa na esquina
Nua e sem qualquer quantia
Sou mendiga
Pleiteiando minha saída
Tento enxergar beleza nos dias
Aqueles que não vejo sua retina

Vivo o luto de sua despedida
Temendo aceitar sua partida
Ansiosa pelo fim desses dias
Na esperança que o sol ilumine meus dias

Amo e por isso sinto dor
Vc me conjuga com o verbo rancor
Penso em vc e perco o sono
La se vai uma noite sem dizer: te amo