Raymundo Cortizo Perez
Tinha sabedoria e ela resplandecia,
ele, porém, se escondia
dentro da sua própria humildade,
ela brilhava e iluminava corações.
Era mestre, maestro e menestrel do amor,
viva Chico Xavier,
salve, salve ChicoAmorXavier
Manda-me um pouco de ti,
eu gosto de lembranças...
Saudade é coisa boa,
é algo que nos fez feliz...
Há tempos não tenho notícias...
manda-me um pouco de ti,
manda o que está lendo,
se está rindo ou chorando,
conta-me sobre qualquer lugar,
fala-me de qualquer coisa, qualquer uma...
Diga-me que lê pensamentos
e que lê os meus...
E, quem sabe, talvez...
Diga-me que não me esqueceu
e que espera que eu não te esqueci.
Quando uma pessoa fica em silêncio,
olhando a outra, sem que ela perceba,
é como se só ela existisse no mundo.
É algo que não se explica,
só quem olhou sabe o que significa,
Eu não tenho mais nada,
nem alegria e nem risada.
A poesia está abafada,
foi adiada pela danada,
mas peço-te ó amada:
não faça-me rodeios
que quero beijar-te os seios.
Eu, eu não quero ficar sem ti,
quero viver agarrado, grudado,
feito carne e unha,
quero ser o seu batom
e a lingerie que te enfeita,
a água do seu banho,
mas o que eu quero mesmo,
é tirar a sua roupa,
sentir o gosto que o seu sabor tem.
A vida é cheia do famoso cai e levanta,
momentos lindos, outros nem tanto,
alguns muito tristes,
é um caminho que se caminha
entre flores e espinhos,
cada um faz à sua maneira,
o sol que brilha sobre alguns,
não é o mesmo que brilha para todos.
Afora isto, a vida é um poema,
cada dia é um verso que escrevemos,
ou que é escrito em nós.
A poesia é a voz do amor e a sua voz,
é o canto do tempo, é o rio da saudade.
Nada somos sem a ternura da poesia,
sem a palavra que enfeita a vida
Porque não dizer-te agora que te amo,
e se te amo e este amor está em algum lugar
do universo perdido em versos no infinito
do seu olhar.
Primeiro roubou-me um olhar,
depois um sorriso,
mas o coração não,
o coração eu dei,
por lei,
lei da alma que sorriu
porque encantou-se e cantou
de paixão,
apaixonei-me.
E, embora não éramos nada,
de vez em quando fomos poesia.
Daí minha alma sentia
necessidade inseparável dela.