Raphael Torres
Essa louca vontade de ser amado que se esconde dentro de meu ser. Esse péssimo hábito de conquistar pessoas, se envolver e depois voluntariamente esquecer o ocorrido. O meu único argumento é a privação da não vivida afeição que nos impele para o objeto dos nossos desejos.
Mudanças
Tem momentos na vida que você se depara com um “fim”. Um fim de uma vontade, de um sonho, de um amor, de uma carreira, de um amigo e ate mesmo da vida. Você não acha mais tanta graça no dia a dia e muito menos em si. As pessoas já não têm aquele dialogo que lhe atrai, o lugar onde vivenciamos se tornou preto e branco. Para isso é necessária a mudança: mudança de hábito, fim da rotina, da monotonia, das amizades antigas e ate de diversões ultrapassadas. Ir para uma festa de 15 anos ultimamente se tornou clichê, ida ao shopping todo domingo é como uma dor de cabeça sem aquela aspirina e se conectar a internet é mais tedioso do que resolver equações de álgebras. Por tanto parei de esperar que algo aconteça, desisti de me obrigar a me apaixonar por alguém, só deixo de ler um bom livro se o motivo for de fins lucrativos e interessantes, showzinho só se for com músicas antigas e MPB, festa só se tive como tema “a única regra é que não há regras” e a única rotina que sigo de hoje em diante é a da felicidade.
Se você parar para pensar a maioria das pessoas que escrevem falam sobre o amor perdido, sobre a ilusão vivida, da tristeza exercida e seus afins. Mas “cá” entre nós a sua carência peculiar deve esta falando mais alto do que sua razão, pois este amor talvez nunca tenha existido e tenha sido apenas uma afeição pela beleza que se expôs diante dos seus olhos e da sua alma carente de tudo.
Para fala a verdade eu me enchi de pessoas que vivem pedindo conselhos sobre o que fazer diante do fim de um relacionamento daquilo que a própria afirmava ser “o amor da vida dela” a principio não existe amor para vida toda; nem você se ama tanto assim. Nunca me vi em um relacionamento e detesto quando algum individuo diz “mas um dia você vai ver” isso é ridiculamente contra os meus princípios e atitudes.
Costumo dizer o que penso e quando não digo eu escrevo. As pessoas dizem que minha sinceridade magoa por isso eu digo “se não quer ouvir a verdade não me pergunte” eu não tenho o costume de rir da sua piada só para não te deixar sem graça, não faço “jus” a minha fama de arrogante e eu ate respeito sua opinião, mas jamais concordo com ela.
Afinal opinião é algo que só deve ser apresentado quando pedido.
Estou em uma roda de amigos sorrindo, estou dançando e este é o único momento que esqueço, estou conectado a internet e tentando afagar este sentimento, aperto a tecla “delete” da minha mente, mas em nada da. Já tentei enganar o coração e a minha própria mente inocente, entretanto sem nenhum resultado satisfatório.
O que há em uma pessoa que tem o prazer de aflorar o amor de um ser humano, dizer “te amo”, fazer plano - se não tem em parte algum interesse em realmente amá-lo?
As pessoas devem aprender que a partir do momento em que ela diz “eu te amo” esta despertando todo um sentimento de felicidade para aqueles que os ouve e chega a ser cruel quando esta mentira se torna perfeita; fazendo com que aquele indefeso coração crie expectativas sobre o que assumiu o compromisso de um sentimento, afinal as palavras pesam diante dos que humano é.
O primeiro beijo pode até ser difícil, mas o ultimo é fatal para aqueles que não brincam de amar.
Hoje eu tenho a alma de um ser que errou tanto, mas persistiu no erro. Tenho a alma de um sonho interrompido dando espaço para novos sonhos. Tenho a alma também de um jovem que por mais jovem que seja tem um coração de um senhor com 80 anos que no auge da velhice reclama de tudo o que poderia ter feito quando novo. Possuo sentimentos congelados em um freezer no Alaska e planos que se esvaíram com tamanhas decepções. Tenho receio da vida assim como o medo que uma criança tem de dar o primeiro passo. Mais vale a dor carnal do que a dor de uma alma, quem fere uma alma não conhece dor.