Raphael Melo
Cuidado com novas soluções e métodos de evangelismo, baseados na sabedoria secular, que se apresentam como tendências inovadoras do momento, enquanto sugerem que os métodos das Escrituras deixaram de ser eficazes e que Cristo deixou de ser suficiente para atrair os pecadores.
Deus é contrário ao orgulho e a autossuficiência, mas se alegra da humildade e da singeleza de coração. Como é triste constatar que, começando pelas lideranças, a maioria dos cristãos professos está muito mais perto das práticas que Deus rejeita do que das que Ele se agrada.
Nestes dias, em que as pessoas do mundo ocidental exigem seus direitos, e que sejam atendidas suas opiniões, escolhas e preferências, não podemos deixar de viver o testemunho de Jesus, que vai na direção contrária. Que demos sempre prioridade ao próximo e não a nós mesmos.
É triste que a maioria nas igrejas não saiba o básico sobre sua fé. Perguntas simples ficam sem resposta. O que é salvação? Fomos salvos de quê? O que é o Evangelho? Que má notícia precede as boas novas? O que é justificação? Redenção? Propiciação? Santificação? E por aí vai...
O cristão está em guerra constante, contra o pecado e contra as trevas. Portanto, embora deva ter a Glória de Deus como seu principal alvo diário, não pode viver como se as batalhas não estivessem sempre acontecendo.
Se as Escrituras não são o primeiro lugar ao qual você vai, na busca por ser santo e sábio em suas escolhas diárias, você não está considerando Deus como quem deva ter a Palavra final, para você, sobre todo e qualquer assunto dessa vida e da vindoura.
Se o que tentamos conservar e ganhar durante a existência na terra não estiver entregue a Deus e for conforme sua vontade, não há dúvidas de que vamos perder tais coisas. Que tal refletirmos sobre o que temos tentado adquirir e conservar, sob a luz dessa verdade?
Não esqueça que as promessas do Salmo 91 são para os que se apegam a Deus com amor, isto é, que O amam. Todavia, não basta alguém dizer que O ama. Segundo Jesus, quem tem os seus mandamentos e os guarda (busca com afinco viver segundo as Escrituras, pelo Espírito), é quem O ama.
A maior arma da igreja no anúncio do Evangelho e consequente avanço do Reino de Deus é o amor. É claro que a Palavra, que é espada, e a oração constante, com santificação, são bases indispensáveis. Contudo, só o amor pode fazer com que o mundo seja impactado pela Palavra da Cruz.
Enquanto não transferirmos todas as perspectivas centralizadas em nós para propósitos focalizados em Deus, jamais seremos felizes, posto que só se pode encontrar satisfação plena e verdadeira quando temos prazer nEle e em sua Glória, sem interesses próprios como prioridade.
A luz de Jesus penetra até nas menores frestas de obscuridade. Por isso, quem quer continuar vivendo na imundície de trevas e pecados não a suporta e persegue os que, por meio do Evangelho, a anunciam. Para quem escolhe viver e ter prazer na escuridão, o brilho de Cristo incomoda
Atualmente somos os reis de nossas escolhas no mundo, consumindo o que nos agrada. Mas isso não pode entrar na igreja, pois é oposto a servir. Muitos acham que precisam ser agradados na igreja. Não suportam só servir em sua vocação, pois se acostumaram a ser servidos e bajulados.
Não basta combater todas as heresias, com base na sã doutrina das Escrituras, para que sejamos conforme Deus deseja. Apontar os erros não nos faz automaticamente certos. Por isso, toda teologia que não gera um coração em chamas no Espírito, pode virar só letra que mata.
É triste ver multidões em igrejas claramente orientadas por humanismo (satisfação de desejos egoístas), existencialismo (sentimentos como cerne da vida) e materialismo (benefício material baseado em humanismo e existencialismo), e não pelo Evangelho, onde Deus é o centro de tudo.
É importante refletirmos, sempre que vamos à congregação, sobre nossa real motivação ao fazê-lo. Pretendemos dar a Deus a melhor adoração e receber dEle o que O possa glorificar em nós, ou vamos apenas na busca de que Ele nos dê satisfação pessoal e atenda os nossos interesses?
Não procure uma igreja onde se sinta bem, pois o risco é altíssimo de acabar em um lugar que só prega o que você quer ouvir. Procure uma congregação que pregue e viva (como possível, é claro, pois perfeição você não encontrará) o verdadeiro Evangelho, que vai lhe confrontar.
Temos de Deus uma ordem, um trabalho a fazer, contínua e intensamente, que é pregar o Evangelho. Ficar inertes, acreditando em nossas próprias desculpas, é ignorar deliberadamente a vontade de Deus para nós, bem como ser insensíveis diante da situação desesperadora dos perdidos.
Medicamentos e terapias podem tratar depressão e ansiedade, mas não conseguem dar prazer, alegria e serenidade. A Paz e a alegria, que todo ser humano procura, só podem vir de Jesus Cristo, que nos convida a ir a Ele e encontrar descanso para nossas almas.
O cristão que apenas se compadecer do próximo, perdoar todos e amar até os inimigos, já será perseguido e ridicularizado pela sociedade caída em que estamos. O problema é que temos milhões de cristãos professos, mas muito poucos que apresentam tais frutos em suas vidas.
O cristão é chamado a proclamar as Boas Novas a tempo e fora de tempo, a confessar Cristo com sua boca, falando sobre Ele e seu Evangelho a todos quanto puder, sempre que tiver chance. Não fazer isso é ser sal insípido e lâmpada escondida debaixo da cama.
A luz da igreja brilha para glorificar a Deus pelo poder do Evangelho. Os períodos históricos de maiores avivamentos foram quando os cristãos mais se voltaram para a santidade pessoal e para o anúncio do Evangelho. Dependemos do Poder de Deus e não de estratégias humanas.
Jesus demonstrou coragem extrema ao enfrentar seu injusto martírio, sem usar seu poder infinito e reagir. Ele foi obediente até o fim. E nós? Será que pequenas oposições nos fazem relativizar o chamado do Pai e nos acovardarmos, criando desculpas para não cumprir nossa vocação?
Uma decisão tomada em meio a técnicas manipuladoras, que ousam preterir do poder do Evangelho e humanizar conversões, é uma coisa. Novo nascimento real, operado por Deus, no poder do Evangelho, é outra.
A vida diária do cristão depende do ministério do Espírito Santo. De sua presença e influência direta. É impossível que alguém seja discípulo verdadeiro de Jesus, sem que Deus habite-lhe o coração, na pessoa do Espírito Santo.
As Escrituras são nossa fonte principal de conhecimento de Deus, da vida, de nós mesmos, enfim, de tudo. Mas com relação a nossa fé, ela é a ÚNICA fonte de autoridade.