Raphael Draccon
Se um dia tiver uma real oportunidade, e achar que aquela é a única de sua vida, agarre-a com unhas e dentes.
Porque metade da vida de um ser humano envolve sobreviver ao mundo. A outra metade envolve descobrir um significado para sua existência. Para o primeiro, existe o trabalho, o instinto e a evolução natural. Para o segundo, existe o amor, a fé. E o sonho.
Quantas guerras serão necessárias para que tenhamos um pouco de paz? Uma. No final das contas, será preciso apenas uma. Em longas trincheiras rodeadas por egos humanos. Dentro de cada um dos nossos mais diferentes corações.
Todos possuímos algo que escondemos. Todos gostaríamos de ser outra pessoa de vez em quando. Todos guardamos o melhor e o pior do mundo dentro de nós.
A morte é uma exigência para todo ser humano. A glória é um prêmio de reconhecimento por uma vida dedicada à inspiração.
Existe algo de poético e mórbido na vida de homens que se dedicam à violência. Mais ainda na daqueles que se isolam nela. Porque é preciso muita energia para um homem querer ser ruim o tempo inteiro; e dedicar a existência a isso. Porque a raiva corrói e o ódio cansa a mente inquieta; e, se um homem dedica seu tempo para ser um servo do caos de si próprio, é porque procurou respostas de enigmas pessoais dentro de si e se desesperou quando não as encontrou.
Existe algo de fantástico em cada pulsação que gera vida. Existe algo de grandioso em cada ato em prol de significados além do material. Um sonhador não é apenas capaz de dar vida a novos mundos. Ele é capaz de transformar o mundo em um mundo melhor. E próximo do mundo que sonha. Porque na jornada por esse sonho ele amadurece. E no amadurecimento dessa concretização ele se modifica. E modifica a si. E modifica ao outro. Porque se torna um exemplo de modificação. Um exemplo que reverbera pelo éter. E o transforma em senhor de sua própria existência. E é isso, apenas isso. É apenas isso que separa homens de legítimos deuses.