Rainara R
Fico tão confusa às vezes, e digo pra mim mesma que está errado, que não é assim, que não é afastando os outros que vou encontrar. Encontrar o quê? De que estou à procura? Não me pergunte, não sei do quê, nem pra quê. Só sei que estou. E sei também que essa procura me cansa, e em dias de chuva uma dor lateja louca dentro do peito.
Fico tão confusa às vezes, e digo pra mim mesma que está errado, que não é assim, que não é afastando os outros que vou encontrar. Encontrar o quê? De que estou à procura? Não me pergunte, não sei do quê, nem pra quê. Só sei que estou. E sei também que essa procura me cansa, e em dias de chuva uma dor lateja louca dentro do peito. Fico tão confusa às vezes, e digo pra mim mesma que está errado, que não é assim, que não é afastando os outros que vou encontrar. Encontrar o quê? De que estou à procura? Não me pergunte, não sei do quê, nem pra quê. Só sei que estou. E sei também que essa procura me cansa, e em dias de chuva uma dor lateja louca dentro do peito.
Que a verdade doi e por diversas vezes mentimos para não encontra-lá, porque a verdade esmaga, a verdade machuca, a verdade te aprisiona em quatro paredes da qual você só pode sair depois de aceita-la. A verdade é dura, magoa, e é por isso que a gente mente.
É claro que não viver em vida é tolice. Mas, quantos de nós não são tolos? E afinal, como se sabe que se está vivendo? Como se deixa históra?
Disseram-me uma vez que não havia verdade. Que existe somente o que é melhor pra você. Uma verdade pra cada habitante desse mundo. Nunca acreditei nisso. A verdade existe sim. Mas, só pra quem sabe ver.
E dos montes de coisas das quais me desliguei com o tempo, não voltam. Mais se desligar assim, das coisas menores, é benéfico para a alma. É preciso ficar só de vez enquanto e não ser menos feliz por isso.
