raíla santos
Senti que era amor na primeira vez em que te vi, quando os nossos olhares se encontraram pela primeira vez, senti todo o meu estômago revirar, o nervosismo, um medo, era uma mistura de sensações que eu nunca havia sentido, meio estranho, mas ao mesmo tempo tão incrível e bom. Senti que era amor quando meus olhos brilhavam só de ouvir alguém falar teu nome, quando era em você que eu pensava todas as noites antes de pegar no sono, e quando me deparei que você estava em todos os meus planos para o futuro. Você é o que estava faltando para tornar os meus dias mais felizes, eu te amo.
A vida é um mar de aventuras, mas somos nós quem decidimos se vamos embarcar no navio da felicidade ou não. Caso você deseje embarcar nesse navio, vá. Não tenha medo de ser feliz, não pense que vai ser perca de tempo, apenas vá. Vá para depois não dizer "eu quase fui" mas não fui porquê tive medo, insegurança ou até mesmo porquê achei que aquilo não iria dar em nada, só iria me fazer perder tempo. Se está em dúvida, basta pensar nas oportunidades que já escaparam por entre os nossos dedos, nas chances que já tivemos e perdemos por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pois, ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. O quase me incomoda, me entristece, me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase foi ficou, quem quase ganhou ainda joga, quem quase morreu ainda está vivo e quem quase amou não amou de verdade.
Às vezes eu me pergunto, o que nos leva a escolher uma vida morna e sem graça? A resposta é simples, ela está na distância, distância e frieza de sorrisos, de abraços. Sabe quando você vê uma pessoa que você gosta e que não vê há algum tempo, corre e dá uma abraço nela e mesmo você tão pertinho dela você sente ainda muito distante? Então, é disso que estou falando. Quando isso acontece sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão enlouquece, o amor desgasta, o desejo trai. Talvez esse fosse um bom motivo para decidir que entre a alegria e a dor, o melhor seria não sentir nada, mas na verdade não. Se fosse assim, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados todos os dias, o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige e nem acalma. Ele só amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode. Desconfie do destino e acredite em você. Acredite nos seus sonhos, e não deixe que o medo te impeça de tentar e nem fazer algo que te deixe feliz.