Rafaela Baracat

Se engana quem pensa que o amor está nas atitudes exageradas, nas coisas que todos podem ver e admirar. Se engana porque o amor é algo simples, algo que deve sim ser explícito, mas deve ser algo reservado. Deve ser explícito para quem ele se direciona.
Há amores que duram anos, e nunca ninguém viu uma faixa estampada no céu, com uma loucura de amor. Porém o que estava estampado no sorriso um do outro, era um amor perceptível. Não precisava de explicações, o olhar explicava, um simples abraço confirmava.
Há amores que duraram pouco, mas foram intensos; aqueles difíceis de esquecer, amores que às vezes me faz pensar: "O que foi aquilo? Foi amor? Se foi, acabou por quê?"
Não precisa durar pra provar que foi amor, precisa acontecer, precisa ser sentido, precisa ser vivido. Durou pouco? Durou, mas eu senti. Durou pouco? Sim, durou, eu já disse, mas eu vivi. São sentimentos que, às vezes, dá vontade de voltar atrás e sentir novamente. Alguns trazem dor e decepção, mas qual relacionamento não tem isso? Até os que duram "até que a morte...". E o que seria de nós sem essas decepções? Teríamos crescido? Teríamos amadurecido? Teríamos procurado melhorar? Sei que isso nos acrescentou muitas coisas.
Por fim, o amor não é homem bonito com mulher bonita, não é rico com rica, não é branco com branca, negro com negra. O amor é uma mistura de tudo isso, uma mistura de indiferenças, indiferenças que tornam as coisas perfeitas e atraentes.
Se engana quem pensa que o amor é perfeito, ele não é. Mas podemos torná-lo perfeito algumas vezes.
A perfeição está na simplicidade, em um simples bilhete, em um beijo inesperado.
Eu aprendi que, amar é estar com quem me faz bem, com quem me acrescenta coisas boas e me faz querer mais e mais de tudo issoo

Deixe de lado pensamentos sobre beleza, sobre aparência, volte-se para a essência, para aquilo que não muda.