Rafael O. Leme
VIDA PASSAGEIRA
Irreversível é saber que tudo que fiz era certo!
Vivi na crença dos meus ideais...
Gana, persistência e vontade de vencer...
Não é fácil, mas assim que dá gosto de ver.
Nesta fase que eu vivo, bato palma até com pé.
Ando certo, confiante, sem perder a minha fé...
Muita gente no caminho não aguentou e desistiu.
Minha força é combustível, faça chuva ou faça frio...
Nesta vida passageira, já sorri e já chorei.
Conheci algumas coisas que até me arrepiei.
Já perdi alguns amigos, que não estão mais entre nós...
São momentos, são lembranças... pra curtir quando estamos a sós.
Eu não sei por quanto tempo ainda vou respirar...
Mas eu sei que esta vontade esta acessa e não vai se apagar...
Eu adoro a liberdade, os amigos que eu fiz...
Nesta vida passageira tenha fé e viva feliz!!!
Dia das Crianças
O dia das crianças
é um dia especial.
O amor, a alegria
e às vezes o material.
O papai e a mamãe,
sei que trazes alegria.
É por isso que espero
ansioso por este dia.
Para aqueles que me aguardam,
sei que vens com promissão.
Transbordando os lares que passa
com amor no coração.
Mas aqueles pais que trabalham,
quase estando na escravidão
e que passam dias e noites
tentando um ganha-pão,
talvez os seus filhos à noite
te recebam com decepção.
Quando abrirem o pacote e verem
o tamanho da desilusão,
pois o sonho foi desfigurado
por um prato de arroz e feijão.
Esperança, brinquedo e paz.
Feliz Dia das Crianças!
A arte no Brasil me remete a época do descobrimento, as pessoas observam e sentem a mesma coisa que os índios sentiram ao receberem as plumas e os espelhos pela primeira vez, presenteados pelos portugueses vindo das caravelas.
Acreditar é preciso!
Em momentos de dificuldades me recordo de uma máxima: "Acreditar é preciso", porém me atordoa a pergunta a seguir: " Acreditar em quê?
É possível criarmos uma reflexão sobre a fotografia como linguagem e utilizá-la em várias áreas do conhecimento. Todas as linguagens visam a conscientização, o despertar da mente humana através dos olhos.
Registrar as brechas das políticas públicas é fácil, o difícil é o diálogo para a construção das melhorias.
Para que possamos respeitar, devemos conhecer, compreender sua importância e significado. O alicerce da existência é fortificado pelo saber.
Antes de utilizar os olhos e a câmera fotográfica você deve usar o coração e a humildade. Sem estes dois elementos, você irá apenas registrar em imagens a frieza de si próprio.
No escuro todo mundo é colorido.
Na penumbra os gatunos enxergam,
Agem sempre na escuridão,
Para os olhos humanos impossível,
Enxergá-los sem iluminação.
Para as pessoas de alma bem pequena
remoendo pequenos problemas, querendo sempre aquilo que não tem...
Não é preciso muita luz para iluminar uma mini certeza.
Então esperam alguém que caibam em seu sonho.
E aí se sentem perdidos com a demanda em excesso.
Pois aqui tudo é mal feito
Desta forma se torna perfeito!
Os insetos procuram a luz! E a rodeiam...
Por que as pessoas buscam sempre simplificar as coisas? Tudo bem a foto ser entendida como resultado final de alguma coisa, ou mesmo um recorte ou congelamento de um espaço do tempo, mas é só isso?
O ato de fotografar algo não é começo ou fim, mesmo que seja o fim ou o começo. Antes de fotografar é preciso reconhecer os elementos, ter por conta própria um entendimento de vida, de mundo, de espaço. É fácil fotografar com intenção de registrar apenas, fazer-se prova de que esteve como testemunha daquele tempo. Difícil é levar as pessoas a lerem imagens sem saber ler imagens, levá-los por um instante a questionarem algo nem que seja a si mesmo, transformar uma fotografia impressa, algo material, um fim como queiram em sentimento.
Nesse contexto de pensar a fotografia como instrumento de transformação social faz se necessário que as pessoas reconheçam essa responsabilidade.
Diante do entretanto,
Espreito as formas.
Estampada sob sentido,
Percebida da não salvação.
Mais aflige que esmorece,
Afugenta e tudo é vivo.
Na rotineira selvageria,
Isento de predicado.
Onde sempre comparado,
Doravante, derribado.
Insuperável condição a existência,
Nessa escassez de pormenores.
De ignorante espírito espontâneo
Infindável iniquidades sem nomes.
Movendo, sedento,
Desentendido de quê?
De fato, guarnecem,
Lacunas do existir.
Diante do entretanto,
As pupilas são porta d´alma.
Não há luz noutro recanto,
Cotidiano, espanto.
A mover-se pelo pranto,
Descompasso o coração.
Desventura no caminho,
De um filho sem irmão.
Diante do entretanto,
Diante...,
A vida passa sem mágoas,
Diante dos próprios olhos.
Abaixo o volume e olho,
Imagens que movem sem som.
Identifico barulhos, ruídos,
Delicadeza das vozes no ar.
As cores vibrantes me prendem,
E me fazem sentir alegria
Pensando no som que imagino,
Barulho imaginário que crio.
O melhor de viver neste mundo,
É abaixar o volume de tudo
Sendo expectador desta vida,
Assistindo à um cinema mudo.
A fotografia me ajuda a questionar, ou, entendendo que é tudo errado, a frieza do ser humano é desvendada, as coisas passam a não ter graça. Os movimentos não são aceitos ou se são é borrão.
É nítido aquilo que a lente enxerga.
Se, tenho que explicar é porque ninguém entendeu e se ninguém entendeu os culpados são eles.
A sequência muitas vezes é obtida pelo medo de errar, ou pelo excesso de acertos, ou simplesmente por haver espaço sobrando no cartão e uma agilidade ímpar no dedo indicador.
O erro pode ser exposto e quem sabe até mais interessante que o acerto do outro.
Quem não mostra o erro tem vergonha de errar, mas erra.
Num piscar de olhos, apertei o botão,
Da câmera fotográfica que tinha na mão;
Como pode ser isso possível?
Não enxerguei o que fiz ou fiz sem enxergar.
Por isso se olha a foto na máquina,
Conferindo aquilo que os olhos não viram.