Rachrs
Há dois anos passados – conheci um mundo aonde era o meu mundo, minhas pessoas, meus momentos.. Cheguei ao meu auge sem limites e sou grata a mim por ter me permitido provar dessa liberdade roubada, valeu a pena.. E de certa forma ciente dos meus erros cumpri as consequências sem arrependimentos das minhas escolhas.
eu gostava disso e era gostoso de ver como aquele canalha tinha manias tão intrigantes que me deixavam pasma, era gostoso e eu gostava .
um dia ele veio e sem eu perceber me fez sentir algo que não sentia antes, engraçado, eu nem me lembrar disso, são só palavras, palavras ao vento, hm. bom, sinto que isso me faz ou fez um dia flutuar de prazer mas como posso saber se faz muito tempo e ainda não confio nas minhas lembranças?! que aborrecedor esse instante de desejo .
que clichê seu cabelo anos 60 e sua saia rodada . não era clichê mas acho que é relativo, as palavras, elas fazem sentido, talvez . ela me atraia, tinha uma fita no cabelo e nenhuma tatuagem pelo corpo, era velha socialmente, digo de acordo com esse mundo moderno que viamos a algum tempo . ela me despertava prazer de estar junto, de sentir seu perfume, percebia suas mãos delicadas e com um leve toque de feminilidade, era divertido, ela me fazia rir . gostava disso .
Eu sempre dizia que o amava demais, e ele sempre falava que o amor dele era maior que o meu. Eu acreditei. Um dia ele se foi, e pensei. Como ele me amava mais do que eu ó amava?! Ele se foi e eu fiquei, cheia de dores e ilusões desmotivadas. Ele nem uma lágrima derramara e eu amargurada fiquei, talvez mais ou não. Mas se o que ele sentia por mim era maior, então o que eu sentia por ele não era nada. Se o que ele sentia era algo, ingenuamente falando.
Sinto falta daquela que costumava ser.. Era menos realista, e se preocupava tão menos com as outras pessoas, sempre tava nem ai pra tudo, não se importava se um maço ia afetar o planeta ou em pisar na grama, sempre fugia sem pensar duas vezes e sem ao menos saber se ia dar tudo certo, aquela que sempre sabia ligar o foda-se na hora certa, inconsequente, indolente, e sem saúde.
não entendo essa coisa sem nexo de conversar sobre a suposta pessoa com que se fala, na terceira pessoa .
Ele dizia: - Sua vaca, cadê minha janta? Eu o encarava bravamente e dizia: - Toma! Seu vagabundo solitário. Ele não era tão solitário, pois estava comigo.
ele se sentia bem, porém sabia que ela nunca mais iria voltar para seus braços e isso o deixava mal .