Raayrs Brandão

O sol se apavorou com o embrulho que o amor o implorou, pra o mais singelo de tudo que acalentou.

Tudo de bom que houver na vida, eu quero pra te dar.

E tudo que passou, não passou. Ficou, estacionou, acalentou, pra sempre verdadeiro amor.

Nada maior que o amor que se foi construído. Nada maior que a saudade que se foi instruída. Instruída pra fazer valer cada lembrança como parte de um futuro outrora inconstante, outrora pulsante.

Que amor incompreensível. Que amor irresistível. Amor avassalador, amor destruidor. De tanto se julgar, de tanto se evitar, se afogou, no mar tão denso que, ainda sem bom senso, encontrou o seu dengo pra viver de alento nesse mundo que hoje enfrento.

Porque nunca entender esse amor?
A certeza que pode ter é que dele nunca se aproveitou. Só te amou, te acalentou, te desejou, mas também te esnobou. E esse amor agora diz: Sem mais rumo eu vou. E voou, voou levando tudo que ele proporcionou.
Mas meu bem, saiba bem que este amor só não deu valor porque muito já chorou e muito já lamentou.