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Sei que eu não deveria perder meu tempo com essas pessoas inúteis, mas elas incomodam diretamente e diariamente. Pregam, induzem, doutrinam, a todos os ventos, a igualdade, a irmandade, a fraternidade, a compaixão, mas são todos uns grandessíssimos... Estou cansada dessas pessoas inúteis, ignorantes, hipócritas e covardes que se utilizam de palavras “santas” para que seus pecados diários sejam amenizados num paraíso inexistente. Eu juro que eu tento, eu juro, ser tolerante (minha tentativa de uma pequena parcela no paraíso, rs, espero em vida...), mas o que vejo que a coisa é perigosa e peçonhenta. Esses que pregam ‘suas verdades’ num ritmo ridículo, enlouquecido e destruidor, na tentativa de absolvição e na aquisição de maiores adeptos, sempre frustrados, são os que ontem, hoje ou futuramente cometem as maiores atrocidades, creiam! Os pequenos cordeiros de Deus são café pequeno, mas os grandes e poderosos, ahhh, esses metem medo. Não atribuam a ‘eles’ qualquer sabedoria. A única sabedoria que ‘eles’ dominam é de provocar a cegueira em quem se deixa seduzir. Tenho medo, medo de que ‘eles’ não fracassem e que tomem conta significativamente de tudo (já estão...). Que todos ‘eles’ vão de retro!
Minha memória é um rio de lava,
Onde, às vezes, vejo-a endurecida, encrustada de mim,
É um caminho de resgate, de redenção (ou aprisionamento),
De retorno às sensações...
Vejo cenas, rostos, mãos e bocas...
Escuto as vozes, os sons, os risos...
E está tudo no papel, engraçado isso!
No papel que, antes branco, a caneta da menina de 12 anos já deslizava,
As poucas palavras que o peito guardava,
Talvez buscando a materialização do pensamento capturado,
O pensamento em lava quente que depois se tornará enrijecido,
O calor das palavras,
O desvio de alguns pensamentos,
O trocar de um destino (se assim pudesse...),
Até desaguar num mar sem fim e endurecer novamente.
Eu escolho alguns dias sem ponteiros pra reviver,
Aqueles que me fazem sentir rasgada, mastigada, mas viva,
Ainda entorpece, ainda envaidece, ainda sangra...
Virando páginas escritas ou e-mails enviados,
Nesses dias refaço...
Repenso o que fui...
O que fiz...
O que vivi...
Tudo ordenado por sentimentos não muito precisos,
Cansados de tentarem me levar pra um lugar que não chega nunca,
Nem minha memória, minha lava, acha descanso em algum mar calmo,
Mar calmo também não quero, isso significaria morte do pensamento,
Mas o cansaço é tão grande!
Eu falo, eu escrevo...
Mas não é para que se comova ou me socorra,
É pra apagar qualquer limiar de mentira que possa ficar do que sinto ou senti...
É pra tentar aliviar a tensão do que ficou não resolvido...
Assim, assim...
No ar...
Para diminuir o toc-toc na cabeça, a coceira na garganta,
A mão procura novamente o papel...
Faz-me rir e ao mesmo tempo me entristecer com os seres humanos. Num piscar de olhos eles jogam na lama várias de suas declaradas convicções. Bom senso é uma delas. Eles adoram ideais de liberdade até o momento em que se sentem ameaçados. Aí a coisa muda de figura e o discurso muda quase totalmente. Claro! É a lei da sobrevivência em defesa própria! Como disse a frase de Evelyn B. Hall e que concordo até certo ponto: Eu desaprovo o que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo.
Eu, particularmente, fico pensante com certas colocações em posts do face. Acho certas atitudes desnecessárias e nada construtivas. Apenas ressalta a necessidade das pessoas de se agredirem sem que nada nisso seja eficiente ou modificador. Para muitos, no ano passado, que postaram ‘Vou tirar você do meu face, pois votou em fulano de tal’, coloco essa outra frase:
Você tem o direito de falar o que pensa
Mas não tem o direito de julgar quem não conhece
Liberdade de expressão é um direito de todos
Mas em vez de falar, então faça algo que preste
Chorão
Percebo que a tendência da ‘falta de freio’ é algo que há de se intensificar cada vez mais com o aumento diário do uso das redes sociais.
O tal ‘foda-se’, por exemplo, presente em frases ditas e escritas, nada mais é do que uma forma de expressar aquilo que muitos gostariam de fazer, mas não fazem! Já pensaram que se tudo que nós falássemos ‘foda-se’ fosse colocado em prática realmente? Ah, meus amigos, certamente estaríamos ilhados, cada um na sua ilha particular, pois uma tolerância cabível e talvez mínima seja algo dificílimo de atingir e desejo, com isso, mais uma dose de bom senso (novamente). Bom senso, amigos, apenas um pouco mais de bom senso.