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ALFRED ADLER

Inferioridade e Compensação

A idéia de Alfred Adler sobre a inferioridade orgânica apareceu pela primeira vez em 1907, e tentava explicar por que a doença afeta as pessoas de formas diferentes. Ele sugeriu que em cada indivíduo certos órgãos são mais fracos que outros de algum modo, e isso tornaria a pessoa mais suscetível à doenças envolvendo tais órgãos mais frágeis.

Adler ampliou sua investigação sobre inferioridade orgânica para o estudo do sentimento psicológico de inferioridade. Ele criou o termo "complexo de inferioridade" e afirmava que todas as crianças são profundamente afetadas por um sentimento de inferioridade, conseqüência inevitável do tamanho da criança e de sua falta de poder.

Um forte sentimento de inferioridade, ou um complexo de inferioridade, impediria o crescimento e desenvolvimento positivos. Entretanto, sentimentos de inferioridade mais moderados podem motivar os indivíduos para realizações construtivas. Desde a mais tenra idade, a criança passa a perceber que existem outros seres humanos capazes de satisfazer completamente suas necessidades mais urgentes, melhor preparados para viver.

A criança aprende então a dar um valor excessivo ao tamanho, atributo que possibilita a pessoa abrir uma porta, ou à força, a qual habilita a transportar objetos pesados, ou ao direito de dar ordens e exigir obediência. Esses sentimentos despertam na criança um desejo de crescer, de ficar tão forte como os outros, ou mesmo mais forte ainda.

Freud enfatizou o sexo, Jung enfatizou padrões primordiais de pensamento e Adler enfatizou o interesse social e a vocação para o poder. Segundo a teoria de Adler, a sede de poder e notoriedade é o principal estímulo da atividade humana. Os complexos de inferioridade podem se traduzir em um comportamento de compensação. A pessoa tenta compensar sentimentos de inferioridade através de atitudes que o façam sobressair na sociedade.

O sentimento de inferioridade é uma conseqüência inevitável do tamanho da criança e da sua falta de poder, seja em comparação aos adultos, seja em comparação a outras crianças. O sentimento de inferioridade a as tentativas feitas para compensar tal complexo constitui uma força motivadora do comportamento humano. Busca por superioridade como compensação para sentimentos de inferioridade.

Muitas pessoas que sofrem deste complexo de inferioridade, por exemplo, se dedicam com entusiasmo às atividades físicas para compensar deficiências intelectuais; outros procuram ser famosos, compensando o sentimento diminuição e obscurantismo, e ainda há quem procura fazer-se gênio para compensar uma deficiência física, é uma constante busca por superação. Enfim, há sempre uma necessidade de compensação.
(complexo de inferioridade - Alfred Adler)

A pedra fundamental da teoria da personalidade de Adler é o conceito de passar de um sentimento de inferioridade para um sentimento de domínio. Assim, a pessoa pode até chegar ao crime, como recurso para melhorar de vida econômica, através do roubo, desfalques, assaltos, etc., para compensar sentimentos de inferioridade social. Pode ter, portanto, pela intenção e pelo resultado, uma reação positiva ou negativa.

As pessoas que inconscientemente se sentem incompetentes e inseguras, elegem um arranjo psíquico compensador. Para sobrevivência ou conforto emocional a pessoa “elege” seu papel de vida, o script de sua personagem social. Pessoas com um estilo de vida mimado, por exemplo, exigem mais dos outros, evitam responsabilidades pessoais e incriminam os outros por seus fracassos.

Alfred Adler foi o criador da chamada "Psicologia Individual". Introduziu conceitos como "sentimento de inferioridade", uma idéia ou uma série de idéias fortemente atadas por um vínculo emocional, que nos faz sentir inferiores a nossos semelhantes.

Segundo Adler, na prática o complexo de inferioridade se manifesta essencialmente através de sonhos de queda, nudez, roubo, perseguição, estupro, perda de membros do corpo, regressão a etapas anteriores, como, por exemplo, sonhar que se está de volta ao ginásio, ou outra etapa qualquer já vivenciada pela pessoa. Em suma, parece que nosso inconsciente em nossos tempos está sobrecarregado do vazio e carência, e esse espaço cada vez mais é preenchido pelo medo ou pânico.