professoradavila
A vida não é um segmento linear, onde tudo segue fluindo numa direção retilínea, sem haver pausas, retornos ou alterações.
Penso que a vida cotidiana só vale a pena se estamos lutando todos os dias para alcançar algo maior do que temos hoje. Estagnação é letargia, é a morte de um futuro que nunca vai existir.
O ócio da existência de algumas pessoas me faz sentir cansada, porém, cabe a mim não deixar que minha existência não caia nesse ócio existencial. Não posso mudar o outro, mas posso mudar a mim.
Tal qual Raul, eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, sempre mudando - de vida, ou de ideia, ou de direção - do que viver dias inertes e passar o resto da vida reclamando.
Descobri há poucos anos que a verdadeira liberdade humana consiste em fazer o que se quer, sem se importar com a opinião alheia. O que quer que pensem, não é problema seu.
A vida é uma construção, dia após dia, mesmo com as distrações, a procrastinação, há de se tentar a cada nascer do sol, para que tudo se mantenha sob controle.
Professora. Um substantivo, que quero tornar uma característica pessoal. o sê-la me traz motivação, um sentimento de renovação e esperança na busca de um propósito de vida que finalmente faça sentido.
O medo faz perder os sentidos, as oportunidades, as chances de arriscar e mudar. Cabe todos os dias ganhar a batalha contra o espírito sombrio do medo, que está toda manhã em pé do lado da sua cama, clamando docemente por sua aderência, que seria justificada com uma desculpa sutil, mas não convincente. O medo é covarde. Está sempre a lhe chamar, mas nunca está do seu lado na hora de sofrer as consequências por ter-lhe dado ouvidos.
O medo me permeia, me cerca todos os dias. Medo de mudar de profissão, medo de dar errado, medo de não conseguir me sair bem, medo de estar muito velha, medo de tirar notas baixas, medo de reprovar, medo de não conseguir trabalho, medo de não ser uma profissional boa o suficiente. Medo de cansar, medo da violência, medos e medos... Acho que a única forma de tentar burlar o medo é fazendo o que deve ser feito, mesmo quando ele grita nos seus ouvidos que o fracasso sempre será uma possibilidade, ou uma realidade, talvez.