Priscila Medeiros
Às vezes escrevo com métrica,
Outras, não me prendo nem ao português.
Às vezes estou parada, outras, elétrica.
Às vezes mal sou eu, outras, sou três
Eu não sou palavras.
Sou história!
Sou presente e passado
Sou do lado, sou distante
Sou errante e verdade
Sou assim...
Sou de mim,
Até um ponto.
Eu não sou de ninguém!
E quando o coração aprende a amar
E amando, vive para amar apenas
E vivendo, ama pra marcar as cenas
Este amor começa a nos ensinar
É preciso relembrar o que te fez feliz, e fazê-lo novamente
É preciso reviver o tempo que foi bom, e vivê-lo intensamente
Não dá para se acomodar em meio à dor
Não dá para viver sem amor
Palavras, poemas, apelo da alma.
Escrita, que grita, agita, acalma.
Que muito expressa e pouco ajuda...
É fato, é ato de fuga e saída.
Que acode a poeta, eclode na vida,
Mas deixa a queixa, não mata e nem muda.
Eu quero ir embora!
Embora daqui
Embora de mim
Ir embora, embora não saiba para onde
Apenas não quero mais ficar
Aqui não é meu lugar
Minha alma quer sair, não sei se para um lugar físico ou metafísico.
Só quero ir embora daqui!
Escrevo o que sinto ou o que quero sentir?
Pois quando penso, escrevo
E quando escrevo, choro
Já não sabendo se tenho ou imploro
Um sentimento existir
Aqui meu tudo tem sido nada!
E o nada se repete numa constância,
Que por acaso ou circunstância,
O nada está virando tudo!
Tudo que tenho e que já passou,
Tudo o que sei e hoje imagino.
E agora ando tão cansada...
Ah! Isso também é nada!
Subestimaram meus sentimentos e por isso muitos eu deixei calados.
Subestimaram por não entenderem ou por estarem misturados?
Mas uma mistura mesmo indefinida, tem suas propriedades,
São coisas heterogêneas que perderam a autenticidade.
Eu as misturei no coração, na emoção; mas não deixei de sentir por simplesmente estar uma mistura
Afirmo que a essência é pura
...e a sensação real!
Penso tanto que nem sei
Se viveria tanto tempo
Porque de tanto pensamento
Morro de medo do que já pensei
Há o que se acha inteligente, que faz desdém de seu cônjuge; não percebendo que desdenha de suas próprias escolhas e menospreza sua história. Que ironia!
Há os imaturos que querem ter filhos para melhorar seu relacionamento com o cônjuge. Mas filhos não melhoram a vida do casal, eles mudam ela para melhor, ou pior.
O tempo poderá ser meu aliado?
Anda sempre sozinho ou pode andar ao meu lado?
Às vezes ele me incomoda, e saberá se desculpar?
Ou vai agir sempre assim, sem nada me explicar?
Somos diferente uns dos outros, e por isso, muitas vezes nos rotulam como estranhos.
Mas, sabe o que é estranho?
Estranho é não respeitar o outro!