Priscila Alves - priscilaescritora
O amor é uma loucura
De todas as minhas loucuras,
A única que não posso sanar
É a que me faz viver;
O amor!
Poetas e primaveras
Toda primavera para um poeta
Traz consigo um novo olhar
Sobre as flores e perfumes
Que viveu, vive e viverá!
Ressonância
Desisti de relutar você em mim.
És como a morte que assombra o doente.
Como um câncer em ressonância,
Abrigando cada centímetro de meu corpo.
E não se trata apenas de um desejo fogoso
É paixão. Uma arma contra a calmaria!
Desamada
De tanto amar sem ser amada
Ficou a menina desacreditada.
Seu olhar que outrora
Vivia a brilhar
Ofuscou-se mais depressa
Que uma flor não regada.
Morrera a menina
Que a ti amava
Por morte envenenada
De desamor. Maltratada.
Soneto da juventude!
Esta beleza é fraca
E tem seu tempo,
E morre aos poucos,
Deixa-nos loucos.
Queremos jovens
Ser para sempre,
Mas não se pode
Ir contra o tempo.
E toda primavera
Deixa saudade,
E as lembranças
São como vento;
Que vão e voltam,
Um acalento,
Da juventude
Que já passou.
E ficam as memórias
Com os seus cheiros,
As boas músicas,
Nossos sorrisos,
Muitas histórias,
Todos os discos,
Da juventude
Que não é mais!
Cantilena do querer
Quero um colo de calor,
Quero abraço de ardor,
Quero olhos só pra mim,
Quero o amor que não tem fim.
Quero ouvir só a verdade,
Mesmo que me deixe à margem
Do sufoco de querer
E não querer.
vi você abrir seu dia, sorrindo,
Deixei de observar o chão;
Perdi-me no seu sorriso, bandido,
Que roubou meu coração.