Poly Sousa
É devagar
Devagar as coisas vão se ajeitando.
É bem devagar que as lágrimas vão secando e o coração acalmando. Devagar aquela ferida que tanto doía vai se cicatrizando e parando de doer tanto.
Devagar você vai prosseguindo e refazendo seus sonhos.
Devagar você vai caminhando e deixando pra trás todos os motivos que lhe fizeram chorar.
E assim bem devagar você vai descobrindo que a culpa nunca foi sua se alguém decidiu lhe ferir.
Que há pessoas que não merece sua atenção porque estão muito ocupadas alimentando o próprio ego.
Devagar você vai aprendendo a selecionar aqueles que realmente merece seus sentimentos. E quando se aprende isso, não há mais motivos para lágrimas e nem para sofrimento.
Na vida nos deparamos com todos os tipos de decepções, elas serão inevitáveis e está nas mãos de cada um decidir se deprimir ou aprender.
Chorar ou virar a página
Se prender ao passado ou aceitar as coisas boas que o vento do futuro vem trazendo.
Endurecer seu coração por causa de alguém que lhe machucou, ou continuar oferecendo o melhor de si para ver feliz aqueles que realmente importa contigo.
A vida é muito curta para cultivar mágoas, o tempo passa tão rápido para se perder tempo remoendo tristeza e derrotas.
Há um céu tão lindo para a gente contemplar, por que então perder tempo deixando os dias tão cinza?
Se estamos na luz, por que então se importar com quem insiste em ficar na escuridão de seus ressentimentos?
Fazemos nossa parte, compartilhamos alegria e felicidade. Cultivamos amizades e só permanece quem decide brilhar conosco!
A injustiça dos justiceiros
Seres humanos;
Falsos, manipuladores, egocêntricos...
Há esperança de um dia haver amor?
Usam a máscara da falsidade
Praticam a maldade
Os mais resistentes enganam os corações humildes ricos em sinceridade.
Em quem confiar quando a maior ganância é a destruição?
Desilusão, desilusão
Apenas beba o gosto amargo da desilusão.
Abra os olhos enxergue o que não fostes capaz de ver.
Eles usam máscaras para atrair o vulnerável ,
Eles usam máscaras para iludir o mais sensível.
A falsidade vem disfarçada de amizade.
Mas a máscara cai, revelando o seu interior
Falsos moralistas
Quem de vós nunca pecou?
Falsos moralistas,
Quem de vós nunca errou?
Falsos moralistas
Quem vós nunca sentiu uma dor?
E quem de vós nunca se sentiu tão só?
O egoísmo domina os corações, querem ter razão.
Toma a posição de Deus no tribunal da vida.
Julga e sentencia a morte.
Estúpidos, carrascos tirem vossas máscaras.
Revela quem és
Arrogantes, sanguinários tirem a máscara da hipocrisia.
Não tente usurpar um espaço que não é teu.
Vocês não são maiores que Deus.
Hipócritas, hipócritas
Quanto egoísmo habita em vós
Quão vaidosos e presunçosos são!
Quantos seres pequenos tão inclinados a se sentir grandes,
E por mero prazer buscam julgar, condenar e ferir seus semelhantes.
Quantos corações negros, carregados de injustiça e maldade,
Deus não habita ali, pois cada um é dono de si
O seu Eu é o seu deus!
Máscaras
A capacidade humana me surpreende, usar máscaras parece fazer parte do nosso instinto e cada um carrega consigo um motivo.
O fingimento é mais que natural e já não surpreende quando se usa a mentira para esconder segredos, a arrogância para evitar gentileza, a ilusão para enganar o coração, a insensatez para desiludir, o rancor para impedir a lágrima ou a estupidez para simplesmente machucar.
Querer mais amor é estar fora dos padrões chamado maldade, o mundo já não aceita mais a união da raça.
Amar se tornou sinônimo de fraqueza, ostentar um coração pedra é um ato de nobreza.
Cada vez nos deparamos com o caos, os valores e princípios vão sido esquecidos,
o amor sendo destruído e a humanidade revelando a insanidade em massa.
Insensato coração
Insensato coração
Que faz e faz
Sem a gente perceber
Permite me machucar
Tira minhas forças e
Me faz prostrar ao chão
Pedindo em oração
Um pouco de consolo
E perdão,
Mas é tudo em vão
Insensato coração
Que faz parecer que minha dor
Não tem solução
Estou sem razão
Para resolver essa confusão
Vejo partir aquela paixão
Deixando a saudade como recordação
E a solidão que outrora eu temia
Agora me faz companhia
Insensato coração
Deixe que o tempo ao menos
Cure essa sua dor
De amar quem não te amou
E de um modo infantil
Só te usou!
Coração partido
No silêncio da madrugada chorarei a última lágrima não merecida.
Inútil! por que choro?
Por que sinto essa dor no meu peito?
No silêncio da madrugada meu desespero buscará inutilmente por você que me fere,
Mas a quem meu coração ansiosamente implora e pede.
Tentarei entender e perguntarei
Por que?
E mesmo que eu não consiga respostas tentarei viver.
Fugirei pra longe, onde nunca mais possa te ver.
Buscarei aquele velho sonho que adormeceu
No meio de uma dolorosa confusão.
Voltarei a sorrir quando as lágrimas secarem.
E novamente em paz estarei
Cantarei aquela canção que de dor eu não cantei e
Tocarei uma doce melodia pra te esquecer.
Importa?
Degustarei o amargo sabor de seu desprezo.
Que me é empurrado a força
toda vez que eu lhe vejo
Tenho que fingir não me importar
Tenho que fingir não notar
Que propositadamente abaixa tua cabeça
com medo de me encarar
Tenho que armar minha defesa
Em algo terei que pensar...
Não vou sofrer e nem me lamentar
Qualquer ferida que se abre
Um dia pode se curar
Não temo a solidão eu posso me adaptar.
Se eu não sou importante
Por que então deveria me importar?