Pollyane Viana
Então, estou aqui. Deitada em meus pensamentos. Minhas confusões. E meu melhor remédio não vem. Meu sono. Que por vezes me leva a lugares distantes. Que sempre me tira dessa realidade rotativa. Ele ainda não chegou. A inconsciência hoje é minha melhor amiga. Me leva, me orienta e me direciona a lugares sem dor. Sem sofrimento. Não me faz questionar. Quais questionamentos? Coisas simples: o que eu faço aqui? Por que estou aqui? Qual o propósito dessa existência sem sentido? Então, diante disso, ela me anestesia. Realmente, eu queria saber o por que e para quê? Sendo que nem eu mesma me encontro nesse emaranhado de sentimentos e confusões. É tudo tão confuso e dolorido que me faz sangrar perguntas sem respostas, entende? E depois dessa enxurrada de lágrimas e dor, fica apenas o espaço vazio, que nunca será preenchido. Por que, ele está ocupado por algo que não pertence a este lugar, algo que não faz parte. Sei que é confuso, estanho, louco. Mas é assim que hoje eu me sinto. Um peixe fora d'água. Uma terra sem vida, um mar turbulento. Hoje eu sou isso. E sabe de uma coisa? Tá tudo bem. A vida é inconstante. E é nessas inconstâncias que eu encontro meu caminho linear...