poetanonimo

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-MAIS UMA VEZ-

Caminhava em silêncio pela cidade,
Quando passei em frente à cafeteria,
Vi aquela mulher bebendo café na última mesa.
Ela lia um livro de poesia.
Fiquei observando-a por algum tempo,
Mas logo apaziguei meu coração.
O olhar dela sempre estava longe.
Longe demais para alcançá-lo.
Atravessei a avenida, melancólico por desistir mais uma vez.
Sem notar, ela me olhou cruzando a rua,
e se perguntou porque eu sempre parecia triste, mais uma vez.

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O que será de mim, meu Deus
Se a cada esquina que entro
Mais eu me adentro em um novo amor

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Meu peito queima, mas você apaga
E quando apaga, parte sem avisar
E me deixa com as cinzas de algo
Que já tentou te amar

Inserida por poetanonimo

Meu coração foi ferido
Não por flechas ou adagas
Mas sim, por suas palavras

Inserida por poetanonimo

Eram noites frias de inverno
Você esperava o trem chegar
E eu esperava ali, até você partir
Não tinha uma razão específica
Você apenas me trazia alguma alegria

Pensamentos rodeavam minha cabeça
Fazendo-me pensar em como reagiria
Se a convidasse para beber algo
Para conversarmos sobre tristezas
Ou algo do tedioso mundo em que vivemos

Mas não, nunca tive coragem
Eu ficava ali parado, vendo você ir embora

Inserida por poetanonimo

Era rotina ver ela ali, parada na estação
Olhando para o céu estrelado e sua imensidão
Quando olho para cima, não vejo nada
Vejo apenas a mim mesmo, uma estrela solitária

Inserida por poetanonimo

Porque bebes em demasia?
Quer esquecer o passado?
Ou quer apenas sofrimento?

Quanto mais se embriaga, mais você sente
Pergunto-me se é isso que quer, então
Se procura na bebida não a alegria
Mas a necessidade de preencher o vazio
Com tristezas e sofrimentos passados
E sentir-se viva de alguma maneira fútil
Mas essa sensação é passageira
Um dia você despertará deste sono mórbido
E verá que poderias ter a mim
E eu, poderia ter você

Inserida por poetanonimo

Por que não sai da minha cabeça?
Depois de tudo que me fez passar
Por que ainda está aqui?
Você atormenta meus pensamentos
Faz-me lembrar de ti onde quer que eu esteja
Na rua, na praça, no trabalho
Questiono-me se não achou a saída
Mas como irá achá-la?
Se continuo criando barreiras
Para você não partir

Inserida por poetanonimo

Poema é tudo aquilo que não cabe dentro de si
Você está ocupando espaço demais, sabia?

Inserida por poetanonimo

Talvez o mundo seja uma melodia
Pois cada ser tem seu próprio ritmo
E a vida inteira buscamos por um
Que corresponda ao nosso próprio
No entanto, nem sempre é possível
E o ritmo que termina solitário
Toca, ou pelo menos tenta
Uma melodia confusa, desesperada
Esforça-se para conquistar um ritmo
Que não se sincroniza com o seu
E acaba fazendo parte da composição
De quem já se apaixonou em vão

Inserida por poetanonimo

Todo tempo corremos do que nos dá medo. Tento fugir de mim mesmo, mas sempre acabo deixando uma parte para trás. E ela sempre acaba me torturando, remoendo coisas do passado enquanto sangro. É disso que fujo. Fujo de algo que já fui, e vou ser.

Inserida por poetanonimo

Liberte todos os pensamentos
Que eu causei a você
Abra, porque não?
Diga tudo que está preso
Até porque, tudo que sai de dentro
Pode se tornar poesia
Faria isso por mim?
Sentiria isso por mim?
Dependendo da sua poesia
Posso falar a minha também

Inserida por poetanonimo

Estive observando você de longe
Então, busquei atitude onde não existia
E acabei encontrando caneta e papel
É quase a mesma coisa, eu acho
O único problema é que quando acabo
Nunca revelo para você o que escrevi
Apenas dobro e guardo no bolso

Inserida por poetanonimo

Para onde vão as coisas que não fomos capazes de sentir?
As palavras que não dizemos naquela manhã
Lembranças que não tivemos naquela tarde
Experiências que não vivenciamos naquela noite
Tudo isso fica dentro do nosso peito, nos sufocando
Na forma de uma linda rosa com espinhos cortantes
Quanto mais o coração bate, mais a rosa floresce
Quanto mais floresce, maior ficam os espinhos
Por isso que amar é sempre doloroso
Mas o que mais dói nisso tudo
É tentar impedir o coração de palpitar
Para não nos machucarmos mais ainda

Deixe-me sentir o peso da sua existência
Descanse o seu corpo sobre o meu
Para que eu possa ter a sensação
Do que é existir na vida de alguém
E descobrir porque escrevo o que sinto
Talvez seja para viver a mesma coisa mais tarde
Quando você não estiver mais aqui

Se um dia isso acontecer
Leve-me junto com você, como folhas em uma brisa de inverno
Faça-me sentir o que é a liberdade
Porque o que estou experimentando, passa longe disso
É como se eu criasse raízes, e você partisse sem mim

Agora tudo o que passa pela minha cabeça
É que naquela noite chuvosa em que nos conhecemos
Não era você que precisava de mim
Era eu que precisava de você

Inserida por poetanonimo

Crescemos perguntando o sentido das coisas
Por que vivemos, por que existimos
Por que amamos, por que sofremos
Por que estamos aqui, e não ao lado de quem gostamos?
Por que precisamos amar alguém para dar sentido
À nossa própria vida sem sentido?
Por que justamente as pessoas que amamos
Já acharam um sentido para elas?
Morremos procurando por explicações
Morremos com mais perguntas que respostas
Morremos sem entender o que é sentir
Morremos sem compreender o que é amar

Inserida por poetanonimo

Não me recordo muito do que sonhei ontem
Apenas tenho a lembrança de que
Quando as luzes noturnas acenderam
E iluminaram as ruas da cidade
Saí de casa em busca de alguém
Não me lembro quem era
Apenas sei que me trazia felicidade
Então fui para o local mais alto da cidade
E vi tudo de uma outra perspectiva
Observei tudo de um horizonte diferente
E percebi que tudo ali era vazio
E as pessoas, todas superficiais
Olhei para dentro de mim
E notei que também não havia nada
Eu era apenas um casco vazio
Assim como todos os outros
E senti o quanto era perturbador
Reconhecer a própria futilidade
E o quanto eu era insignificante
Por estar procurando
O que nunca existiu
Felicidade
E alguém

Inserida por poetanonimo

Eu sei que há coisas mais importantes para escrever
Do que apenas desejar que você estivesse aqui
Mas se todas as pessoas vêm e voltam da vida de outras
Por que não pode vir até a minha e ficar para sempre?

Inserida por poetanonimo

Sei que está ao meu lado
Porém, não sinto sua presença quando fecho os olhos
E isso só aumenta a necessidade de mantê-los abertos
Para não te perder na imensidão vazia do meu universo
Esse sofrimento de saber que está próxima
Mas ao mesmo tempo distante
Faz-me em pedaços
E é muito pior quando anoitece
Pois cada um toma um caminho diferente para casa
E eu acabo não te vendo até o próximo dia
Isso se torna uma tortura sem fim
Pois se pego no sono, me afogo no vazio
Então o que me mantém acordado é a insônia
Que me acompanha quando a noite cai
E me ajuda a procurar você
Mesmo não estando aqui

Inserida por poetanonimo

Eu costumava sonhar sobre o dia em que você voltaria
Mas depois não consegui responder como eu lidaria com isso
Então desistimos de amar porque não nos importávamos
E agora você se parece com uma pintura
Onde nem tudo pode ser compreendido
Onde nem tudo pode ser expressado
Entretanto, é ainda admirada por olhos
Que já não são mais os meus

Inserida por poetanonimo

Viva para morrer pouco a pouco
Minta para viver mais um pouco

Não quero mais estar aqui
Preciso de outro lugar para ficar
Porque você disse as palavras
Que prometeu nunca falar

E isso me causa medo
Por que o líquido que bebe
Obriga você a falar a verdade
Para que essa doce ilusão se quebre
E revele minha triste realidade

Inserida por poetanonimo

É difícil imaginar um mundo escuro e vazio
Mas acredito que é nele que estás vivendo
Abracei-te e assim compreendi teu universo
Entendi o quanto é doloroso ser envolto por teus braços
E continuar a sentir-se solitário

Inserida por poetanonimo

Poderia eu te alcançar,
sem o pranto derramar?

Poderia eu sentir a brisa do mar
sem ouvi-la me chamar?

Clamavas por mim das profundezas do oceano,
abraçei-te esperando que nós dois nos afogássemos de amor

Mas apenas eu me afoguei
Você voltou à superfície em busca de ar

Inserida por poetanonimo

Ah! Meu coração hipócrita!
Que finge não amar, mas ama

E quando o luar acende em chama
de nostalgia banha a lembrança
de quando ainda estava presente

Meu desejo por ti é crescente
Minha poesia, repleta de saudade
Meu declamar, em pranto arde

Deixe-me experimentar a suavidade
contida em teus puros lábios
Diga-me que em teu peito existo

Faça-me crer que ainda vais sentir minha existência
Da maneira que sinto tua ausência

Ah! Meu coração hipócrita!
Que finge não sofrer, mas sofre

Inserida por poetanonimo