PoetaDeBoteco
Quando me perguntavam: -Qual é o seu "tipo"?
Eu não sabia responder.
Hoje sem pensar eu digo,
que o meu "tipo" é tipo, você.
E cada vez que o peito aperta,
a mente cria lembranças que não existiram.
A saudade me desperta
sentimentos que me seguiram.
Me seguiram dessa viagem,
onde te vi e me apaixonei.
Meu coração fez chantagem
e aos poucos me entreguei.
Para você pode ter parecido pouco,
mas atingi os meus limites.
No fim, foi coisa de louco
pois você não estava lá nos dias seguintes.
Sumiu e ficou tudo bem,
ao menos isso me pareceu.
Sinto falta desse alguém,
Que pouco (muito) me conheceu.
Podia ter dado certo,
e tudo estar tranquilo agora.
Mas em nada me sinto incompleto,
o melhor ás vezes demora.
Seu um dia eu te ver outra vez,
talvez nossos caminhos de alinhem.
Mas se destino não for cortês
fico com as memórias que me restringem.
Melhor é lembrar do sorriso teu,
do que esquecer-te eternamente.
Vou rasgar o verbo,
o coração.
Se está ou não certo,
não me importa a razão.
Fui rápida? sim.
Mas gostei de verdade.
É paixão, simples assim.
Não precisa de sanidade.
Não se assusta comigo não,
é que eu já estava esperando por ti.
De tanto dizer não,
Quando chegou o dia do sim eu senti!
Tantos outros se esforçaram,
e ganharam minha simpatia.
Mas nenhum deles conquistaram,
a minha espontânea alegria.
Eu só quis te ter por perto.
Parecia que tínhamos hora marcada.
Te encontrei no momento certo,
mas fiz parecer a hora errada.
Não foge daqui não,
até agradeço seu cuidado.
Mas eu escolhi arriscar meu coração,
se for pra ficar ao seu lado.
Enquanto olhava pela janela,
me perguntava se eu cruzaria contigo.
Um último olhar na íris mel dela,
seria meu amuleto e abrigo.
A lembrança boa pros dias ruins,
Sensação única de sorte.
Em seus sorrisos gentis,
Riscava e rabiscava meu norte.
Mais longe o carro ia,
e os olhos marejavam.
O que eu não sabia
é que os que iam um dia voltavam.
Doce reencontro,
expectativas e surpresas.
Amargo conto,
moveram-se as correntezas.
Me diga quem falou,
Sobre águas passadas serem paradas?
Seja quem for, se enganou.
águas profundas foram desenterradas.
E essa incerteza,
indisponibilidade,
me deixa ver com clareza
que sempre foi amizade.
Hoje o dia amanheceu florido,
cheio de expectativas.
O céu parece até mais colorido,
As emoções tem cores vivas.
Acho que está refletindo,
do meu sorriso a euforia.
Tudo que se está construindo,
em mim, em minha alegria.
Ainda consigo sentir,
a sensação de te ver por perto.
Mas o que tenho a transmitir,
transbordou o passado incerto.
Doce lembrança de tudo e nada,
foi o que se tornou.
E sigo nessa curta jornada,
que de vida me abundou.
Que sorriso maroto,
me levou quase de cara.
Resistir foi um esforço,
que não adiantou em nada.
Foi só sentir o teu perfume
e ver aquelas covinhas.
O pensar me consome,
tirou todas respostas minhas.
Tua leveza me encanta,
e me leva pra tua conversa boa.
Cada palavra que canta,
deixa meu peito mais à toa.
E teu sorriso me deixa maluca
viajando em cada curva lateral.
Teu olhar me deixa na sinuca,
a escolha de te ter é fatal.
Me mata de expectativa,
o te ter por inteiro de uma vez.
Me recorda meu lado impulsiva,
desperta todo tipo de insensatez.
Só quero sentir de perto,
a leveza da tua conversa.
E com o peito aberto,
te curtir de boa, sem pressa.
Te prometo o abrigo do meu abraço,
e minhas palavras melódicas para a alma.
Farei o meu melhor esforço,
para ser teu porto e calma.
Descansa nos braços meus,
meu sorriso é de graça.
só de olhar nos olhos teus,
minha íris embaça...
Talvez tenha sido a brisa,
ou os ventos da alma.
A inquietude em mim avisa:
Encontrei meu porto e calma.
Te darei meus melhores dias,
mas por favor, não me deixe nos ruins.
Dividirei todas minhas alegrias,
Suportarei contigo tuas dores e afins...
E sabe aquelas dores que ninguém curou?
Não quero remexer...
mas dizem que o amor já cicatrizou,
essas coisas que insistes em esconder.
Se deu certo com outrem,
talvez valha a pena tentar.
eis aqui alguém,
disposta a arriscar.
Entro contigo nessa descoberta,
mas tens que prometer...
Se a cura for certa,
teu coração irei ter.
E se doer ainda mais,
então nós damos um jeito.
Mas não te deixo jamais,
pra mim és perfeito.
Você se desacredita demais,
e acho uma perda terrível.
Se eu pudesse falar-te mais,
ouvirias o quanto és incrível.
Consigo ver tantas, mais de uma qualidade,
e imaginar toda uma história.
Mas na tua busca pela verdade,
Te perdeste, e nem foi na vanglória.
Pois teu coração é humilde.
Exagerou mesmo ao se expor.
Mas não para pois um dia coincide,
tua busca com o real amor.
E esse amor vai te revelar,
que você é mais do que tenta mostrar.
Filho de um rei que reina pra amar,
e sozinho nunca vai te deixar.
"Tudo em mim, ama tudo em você...
todas suas imperfeições perfeitas."
E isso não finda mas cresce,
e desarma tuas barreiras estreitas.
Que em vão tentam conter,
teu coração quieto dentro do peito.
Não se assuste em conhecer,
esse sentimento intenso e incerto.
É instável assim mesmo.
A volta elíptca da razão.
quando perceberes estarás a esmo,
entregue à vulnerabilidade do coração.
Este é o instante,
de arriscar tudo de vez.
E na paixão incessante,
mais um dia deixar fluir a insensatez.
Afinal, insensatez mesmo é não pensar,
no que as batidas do peito estão dizendo.
Deixar de amar,
e sem o amor ir se perdendo.
E aquele sorriso maroto não descolou do meu coração.
Com toda simpatia e carisma levou uma parte de mim que ninguém conhecia.
Poucas conversas , duas ou três...
Sei que se encaixa a minha na tua mão.
Quando te vi eu sabia,
te ver eu ira querer outra vez.
Posso voltar,
e recarregar minha bateria
nesse teu jeito moleque.
Mas se for pra ficar,
na mala eu te levaria,
porque sorriso assim não se esquece.
Noutro tempo procurei
alguém pra velejar ao meu lado.
Cansei, esperei...
nada encontrei, que enfado.
Comecei então a navegar só,
eu e meus pensamentos.
Me construí do pó,
e me transformei em ideais intensos.
Descobri as alegrias,
pequenas e em cada detalhe.
Assim todos os dias,
Como em uma escultura, eram um entalhe.
Enfrentei ondas e transpus marés,
resisti intensos ventos.
Senti a bonança do revés,
que me trouxe diversos crescimentos.
Não esperei mais,
vivi e me vi mudar..
Mas todo marinheiro precisa de um cais.
Então te vi em minha vida chegar.
E completou minha estrutura,
tornou-se âncora pras marés ruins.
O porto que deixou-me segura,
farol que me lembra lar, afeto, sorriso e afins.
OVERDOSE
Estou sofrendo de overdose, overdose de você. De lembrar do seu olhar, de me preocupar com suas escolhas, de imaginar como seria diferente se você me contasse.
Se me contasse seus medos ao invés de tentar tolamente enterrá-los, se falasse das revoltas, do sentimento de traição e desamparo, de como você se desacreditou e hoje não espera que esperem algo de você.
Se não conseguir, nem precisa falar... só consente com o seu abraço. Expõe essas feridas para curar.
Fico aqui imaginando que se desse certo, não ia dar. E você deve ter procrastinado pois sabia que essa overdose ia me matar, meu altruísmo não mediria esforços por você e enleado com o afeto, nem consigo imaginar.
Sua ausência sempre presente me faz falta, como posso sentir a ausência de algo que nunca foi presente?
Espero sinceramente que não lhe ter agora seja fruto de algo intermitente, e voltarei a lhe ter logo ali... dessa vez, não medirei palavras, abraços, beijos.
Meu melhor remédio é olhar as fotos suas e saber então como está, embora elas mintam. Mas tua íris nelas, retrata a verdade que tenta esconder.
Tão inconstante felicidade, em busca de algo real, de verdade. E sabendo a resposta, ignora por mágoas que ainda não foram curadas.
Essa timeline perfeita mata um pouco da minha saudade, curiosidade, mas não me engana. E então, só aumenta a minha dose ,me trazendo a vontade chegar mais perto desse vício que é você.