Poeta Urbano - 150712
Maria Avarenta
Maria era uma mulher linda, mas possuía um defeito.
Era avarenta, negava-se a abrir mão de seu coração. E de sua beleza única
Perdia-se por horas a se namorar no espelho.
Homens a mil faziam fila em sua janela, com o intuito de lhe seduzir.
Mas, Maria insistia em não abrir mão de sua avareza sobre seu coração e sua beleza.
Alguns traziam dotes fartos. Outros faziam serenatas, e alguns recitavam-lhe lindas poesias.
Mas, Maria não aceitava ninguém. Era avarenta e não dividia sua beleza com ninguém.
O tempo passou, Maria foi amadurecendo.
A avareza contida em sua alma, não lhe permitia a vaidade original.
Com isso os dias passaram, e Maria a cada dia mais avarenta.
Não percebeu a velhice chegar.
Morreu de fome, pois, não conseguia sair da frente do espelho. Vivia a se namorar.
Morreu feia, Nem os vermes se interessaram pelas carnes putrefatas de seu corpo esquelético.
Maria morreu de avareza, em não permitir dividir seu amor com o próximo.
Maria morreu envolta a avareza de não querer compartilhar sua beleza com o mundo.
Morreu de avareza, por se negar ao amor.
Núbia e a Luxúria
Núbia era linda, nasceu com o dom de dominar.
Desde cedo, nos primeiros indícios de sua feminilidade.
Seduzia e encantava os machos.
Não se importava se eram jovens ou velhos.
O seu maior interesse era encantá-los.
E com isso levá-los a loucuras das terras da luxuria.
Conseguiu fortuna, e riquezas.
Tudo graças à luxuria contidas em suas belas carnes.
O tempo passou, e Núbia perdeu a beleza.
Terminou os seus dias. Milionária e solitária.
Pois nem os mais jovens permaneceram ao seu lado.
Com o passar do tempo, não bastava apenas a luxuria.
Sua beleza se foi e seus clientes também.
Milionária, solitária.
Envolvida nas histórias de sua luxúria.
Assim permaneceu até o fim de seus dias.
Núbia e suas histórias.
Domitila e a Ira
Em uma tarde de carnaval. Domitila conheceu Pedro.
Pedro homem serio, digno do amor de Domitila.
Foi amor a primeira vista.
Domitila amou Pedro por infinitas luas.
Até que chegou a tempestade e separou ambos.
Decidiram ser bons amigos. Mas veio a tempestade e levou a amizade.
Domitila foi picada pela mosca da ira.
Brigou com o Pedro.
Zangou-se seriamente com ele.
Passou a tratá-lo como os outros. Ignorava-o
Pedro insistia em reconquistá-la.
Enviava-lhe poemas infantis e bobos.
Pedro oferecia rosas românticas.
Mas, nada adiantava.
Domitila permanecia implacável em seu estado de ira.
A ira com o tempo amadureceu. Se transformou em ódio.
Do ódio veio o asco por Pedro.
Nem suportava mais ouvir falar de seu nome.
E assim o tempo passou.
Pedro morreu de amor, extasiado em meio a um último poema.
E Domitila nem uma lagrima derramou.
Passou os anos. E a mágoa besta permaneceu no seu coração.
Até o seu último dia de vida.
Onde em seu último suspiro envolto ao delírio. Disse:
Pedro meu amor. Ai vou eu...
Irineu e a Inveja
Irineu nasceu com defeito.
Nasceu invejoso.
Por conta disso morreu rápido.
Por não ter a capacidade de evoluir.
Morreu sufocado em sua maldita inveja.
José o preguiçoso
José era preguiçoso.
Fugia de tudo e de todos.
Negava-se a trabalhar.
Estudar então. Sentia-se ofendido ao ouvir esta palavra.
Possuía um único objetivo em sua vida.
Deleitar-se em sua infinita preguiça.
Chegou ao ponto de ter preguiça de respirar.
Resultado.
Morreu burro de tanta preguiça.