poeta
Sumir, porque meus demônios estavam me matando, pra ficar tudo bem, tive que mata-los comigo, achei que poderia suportar, mas foi mais forte que eu, é tão difícil lidar contudo sozinho, então foi mais forte que eu, chegou meu fim, não me arrependo de nada, mesmo com tantos traumas e medos, lutei, procurei de alguma forma fazer alguém sorrir, muitas vezes deixei meu mundo cair para segurar o mundo de alguém, mas tudo bem, não fiz nada esperando receber nada em troca, por muitas vezes tive que matar meus sentimentos, engolir o choro, a lua é testemunha das minhas lágrimas, e no outro dia eu tentava ficar bem.
"Todas as noites algo bom morre dentro de mim, o que um dia foi amor, hoje é vazio, caos e solidão"
Eu não leio poemas
Não vejo belezas nas flores
Não entendo trocadilhos
Nem troco os móveis de lugar
Não pinto aquarelas
Não entendo de pianos
Não bebo vinhos
Não movo montanhas
Não queria viver em sociedade
Não defino limites
Não amo demais
Tão quanto de menos, talvez
Não vejo pores do sol
Nem naceres de lua
Vivo sem bateria no celular
Tenho medo de antenas
Não dirijo carros dos outros
Não empresto meus poemas não lidos
Nem minha visão de mundo
Não alugo minha alma
Não me encanto por valores
Não queria gostar de café
Não queria ser criativo pra poemas sem sentido
Queria saber tocar contra baixo
Sempre quis ver o mundo do alto
Aprender a voar
Esquecer o gosto de remédios ruins
E voltar a sentir o mesmo gosto que senti quando te provei a primeira vez
Queremos muita coisa
Inventamos desejos novos como máquinas de escrita de jornais antigos
Desenvolvemos negações sobre momentos que não há de ser preciso
Amamos e odiamos o que compõe o mundo a nossa volta na mesma intensidade